"Para chegar até aqui… até este instante em que finalmente posso chamar de lar, foi um caminho cruel e árduo. Sofri, sangrei, chorei. Fui abusada, humilhada, expulsa de lugares onde sonhei ser amada. Passei fome, enfrentei noites frias, suportei o veneno de um ex tóxico que quase destruiu tudo o que restava de mim. Nunca, jamais, imaginei que sobreviveria para contar minha história. Mas sobrevivi. E agora, eu vou dividi-la com vocês.
Porque cada cicatriz tem uma voz. E a minha não é de derrota — é de renascimento. Sou Helena Aguilera… e este é o triunfo do amor."
O fim que deu origem ao começo.
— Esposa? — a voz grave de Alaric ecoa pela casa assim que a porta se fecha atrás dele.
— Helenaaa! — Fátima grita logo depois, em seu timbre alegre, carregado de energia, como se cada dia fosse uma festa.
Esse é o som que anuncia o fim do meu dia e o começo do que realmente importa. Sorrio sozinha, já sabendo que em instantes terei meus dois amores ao meu lado.
— Estou aqui, meus amores! — respondo, erguendo a voz.
Ouço passos apressados pelo corredor. Fátima chega primeiro, sempre correndo como se quisesse voar. Ela se atira nos meus braços e me envolve num abraço apertado, tão forte que chego a perder o ar. Suas mãozinhas acariciam minha barriga redonda, como se conversasse com o irmãozinho. Logo em seguida, Alaric aparece, e a diferença está no beijo demorado e carinhoso que deposita sobre a minha barriga, antes mesmo de beijar meus lábios.
— Quantas vezes você já assistiu a esse vídeo hoje? — ele pergunta com aquele sorriso divertido, apontando para a televisão onde nosso casamento ainda passa, em looping.
— Umas oito, talvez nove. — confesso, rindo.
— Eu disse! — Fátima entrega, balançando a cabeça com falsa indignação. — Ela sempre chora, papai.
— É que estou sensível por causa da gravidez, meu amor. — explico, beijando a testa dela. — Mas é um choro bom, juro.
Alaric sacode a cabeça, divertido, e estende a mão para a filha.
— Vamos, princesa. Hora do banho.
Ele segue essa rotina todos os dias: chega do trabalho, dá banho na filha, escolhe a roupa, penteia seus cabelos. Depois jantamos juntos, e ele conta uma história até ela dormir. Eu poderia fazer tudo isso, claro, mas ver a forma como ele se dedica a ela, com uma paciência quase sobrenatural, me enche de orgulho. É o retrato do pai e marido que eu sonhei, e que a vida me deu.
Enquanto eles sobem para o quarto, fico alguns instantes sozinha na sala. O silêncio é preenchido apenas pelo som do vídeo, e uma sensação de gratidão me envolve. Por vezes, penso que talvez não mereça tanto. Que, depois de tudo o que passei, este seja um presente além do que ousei pedir.
Pouco depois, Alaric volta. Ele tem o cabelo levemente molhado de gotinhas do banho de Fátima, a camisa já mais solta, e aquele olhar que sempre me desarma.
— Meus bebês estão com fome? — pergunta, com o sorriso que aquece meu coração.
— Sempre estamos com fome. — respondo, rindo, enquanto acaricio minha barriga.
Ele se senta entre minhas pernas, repousa a cabeça no meu colo e encosta os lábios na pele esticada pelo barrigão.
— Oi, príncipe do papai. Sentiu minha falta hoje? — fala em tom baixo, como se realmente esperasse resposta. — Papai também morreu de saudade.
Fernando — ou Austin, como ele insiste em chamá-lo carinhosamente — parece entender. Chuta forte, arrancando gargalhadas de Alaric.
— Viu? Ele reconhece minha voz! — ele diz, empolgado, os olhos brilhando como de uma criança. — Papai ama muito você, a mamãe e a irmã Fátima.
Seguro o rosto dele entre minhas mãos e roubo-lhe um beijo intenso, cheio de ternura.
— Papaaaai! — escutamos Fátima berrar do banheiro, impaciente.
— Vou tirar ela do banho antes que inunde o quarto. — ele ri contra meus lábios.
— Vai lá.
Quando ele sobe, fico ali, rindo sozinha como uma boba apaixonada. Meu coração transborda.
Mais tarde, jantamos juntos. A mesa farta, as risadas de Fátima contando suas aventuras na escola, o olhar cúmplice de Alaric cruzando o meu — tudo parece cena de um filme. Depois que a pequena é colocada na cama, com direito a história e beijo de boa-noite, eu aproveito para tomar banho.
Ao voltar para o quarto, encontro Alaric me esperando, encostado nos travesseiros, sem camisa, o peito largo iluminado pela luz suave do abajur. Ele sorri com malícia.
— Pode me agarrar agora, sou todo seu. — sussurra ao meu ouvido, mordiscando de leve minha orelha quando me deito ao lado dele.
— Esse fogo nunca acaba? — provoco, rindo.
— Com você? Nunca. — responde, apertando minha cintura. — Além do mais, a médica disse que sexo ajuda no parto normal. Estou apenas cumprindo ordens.
Dou um tapinha em seu peito, fingindo repreensão.
— Ajudando, é? Nem vergonha você tem.
— Nenhuma. — ele ri, antes de me puxar para si. — Agora deixa eu te relaxar…
Sua voz rouca arrepia cada centímetro do meu corpo. Com delicadeza, ele desliza minha camisola, seus lábios passeiam pelos meus seios, descem pela minha barriga, depositando beijos cheios de carinho. Quando se acomoda entre minhas pernas, sinto a devoção com que me toca, e cedo completamente.
Depois, deitamos de ladinho, a posição mais confortável com esse barrigão. Amo quando ele acaricia minha barriga enquanto fazemos amor. É como se o amor que sentimos um pelo outro se multiplicasse dentro de mim, transformando-se em algo sagrado.
Fecho os olhos e penso: Ele me venera. Ele me ama com intensidade. Ele me faz sentir a mulher mais especial do mundo.
E eu também o amo. Amo de um jeito que transborda, que não cabe em palavras.
Essa é a nossa vida. Essa é a nossa rotina. Essa é a nossa felicidade.
Muitos diriam que é apenas mais um jantar em família, apenas mais uma noite de amor. Para mim, é um milagre repetido todos os dias.
Porque, no fundo, sei de onde viemos. Sei das lágrimas, das perdas, das dores. Sei que poderíamos não estar aqui. E é justamente por isso que cada detalhe importa. O riso de Fátima, o beijo de Alaric, o chute de Austin. Tudo é milagre. Tudo é triunfo.
E, ao adormecer nos braços dele, apenas agradeço em silêncio. 🙏
Palavras da Autora
Espero por vocês em cada capítulo, como quem espera por amigos queridos entrando em minha casa para compartilhar histórias, sorrisos e lágrimas. ✨📖
Cada comentário será para mim como um abraço apertado, cada curtida será como uma flor entregue com carinho. 🌹
Vou abrir um sorriso imenso a cada vez que sentir a presença de vocês do outro lado da tela, vou agradecer de coração cada presente, cada voto, cada gesto de apoio que me fizerem chegar mais longe.
Sei que escrever é como lançar sementes ao vento… mas é o olhar de vocês que as faz florescer. 🌸
Por isso, cada leitura será celebrada, cada mensagem será guardada, cada seguidor será lembrado com gratidão. 🙏
Estarei aqui, vibrando com vocês a cada página virada, ansiosa por descobrir como minhas palavras tocam suas almas.
E se escolherem caminhar comigo, prometo entregar não apenas histórias, mas pedaços do meu coração. ❤️
Sigam-me também no Instagram: @sila.reis_ — lá posso sorrir ainda mais perto de vocês, compartilhar um pouco dos bastidores e agradecer como merecem.
Com todo meu amor,
Beijos carinhosos,
Sila Reis 💌
✨ Próximo Capítulo…
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Atualizado até capítulo 32
Comments
bete 💗
demais um amor sem palavras uma linda família ansiosa arrasou ❤️❤️❤️❤️❤️
2025-10-02
2
Marcia Mota
❤️🥰Só em você sendo tão atenciosa com seus leitores, dá vontade de retribuir, com todo nosso amor e carinho!/Rose//Rose//Heart//Heart/
2025-10-02
2
Fátima Ribeiro
Amando iniciar esta história ✨️✨️✨️✨️✨️
2025-10-06
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