Triunfo do Amor - A História de Helena
Quer me ver chorar? 😂 Basta colocar o vídeo do meu casamento. 🎥💍
Mas não se engane: não é um choro de tristeza, não. É aquele choro que mistura riso, emoção e um tanto de incredulidade por perceber que o sonho que parecia tão distante se tornou real.
Sabe quando a gente se pega lembrando de cada detalhe – do vestido, do olhar nervoso no altar, da música tocando baixinho e das trapalhadas engraçadas dos padrinhos? Pois é, eu não consigo assistir sem rir alto e, logo depois, me desmanchar em lágrimas de felicidade. Porque aquele dia não foi apenas uma festa bonita; foi o marco de uma vida inteira que eu sempre desejei e que, finalmente, se tornou minha. ✨💖
Eu não me canso de assistir. Todas as vezes que aperto o play, já sei que vou precisar de uma pilha de lenços ao meu lado. Minhas lágrimas não são de tristeza, mas de uma emoção tão forte que chega a doer no peito. Cada cena daquele dia me invade como uma onda, me arrastando para lembranças que não se apagam, como se fossem eternas.
No vídeo, a música começa suave, a câmera passeia pelo corredor enfeitado com flores brancas e velas tremulantes. Eu apareço caminhando, com o vestido arrastando no chão, e Alaric me espera no altar com aquele sorriso que parecia segurar o mundo inteiro. Sempre que vejo essa cena, sinto novamente o coração disparar como se fosse a primeira vez. É mágico. É nosso.
Não tivemos lua de mel. Muitos poderiam dizer que perdemos um momento único, mas para mim, nada ficou faltando. A verdade é que a vida nos puxou de volta para a rotina, e, de alguma forma, foi exatamente isso que nos manteve no chão, ligados à realidade. Alaric estava atolado de trabalho depois de meses afastado por causa do acidente que sofri. Fátima, nossa menina, estava em período de aulas, e nem cogitamos tirá-la de sua rotina. Além disso, minhas consultas médicas de quinze em quinze dias me lembravam a cada instante do milagre que crescia dentro de mim: nosso filho.
Ah, o Fernando… ou melhor, Fernando Austin, como decidimos chamá-lo. Nosso príncipe. Nosso sonho de carne e osso. 👶💙
Nunca vou esquecer o dia em que recebemos a notícia. O médico sorriu, disse “é um menino”, e eu virei o rosto para ver a reação do meu marido. Alaric parecia um menino grande. Seus olhos se encheram de lágrimas, ele pulou, riu, gritou, me abraçou como se tivesse ganhado o universo inteiro. Aquele momento foi um dos mais belos da minha vida.
Depois do casamento, a vida deu voltas rápidas. Compramos uma casa. Não vendi meu antigo apartamento, porque carrego nele muitas memórias, mas agora temos um lar de verdade. Um jardim que floresce em cada canto, uma piscina que reflete o céu, um quintal enorme, perfeito para nossas crianças correrem. Sempre digo que nossa casa parece um shopping: cheia de espaços, luzes e detalhes que fazem a vida ter mais sabor.
Fátima decorou o próprio quarto do jeitinho que sempre quis, repleto de cores, posters e detalhes que refletem sua alma alegre. O quartinho de Austin foi decidido a seis mãos. Não deixamos que Fátima ficasse de fora. Ela participou de cada escolha, porque fazemos questão que ela saiba: este bebê não é só meu e do Alaric, é dela também. Somos uma família.
Com a gravidez avançada, nossa rotina mudou ainda mais. Temos ajuda em casa: cozinheira, arrumadeira, jardineiro. Nunca imaginei viver assim. A cada dia que acordo e vejo Alaric dormindo ao meu lado, percebo que a vida foi generosa comigo, mesmo depois de tanto sofrimento.
Meu marido continua sendo o mesmo homem perfeito. Alaric é um ser humano admirável em tudo. No trabalho, em casa, como pai, como marido. Ele me olha como se eu fosse o maior tesouro do mundo, e isso me faz acreditar no impossível. Sempre me considerei uma mulher romântica, mas jamais acreditei que duas pessoas pudessem se completar tanto. Hoje eu acredito. Hoje eu vivo.
Às vezes, penso que nossa história já estava escrita em algum lugar, nas estrelas ou no coração de Deus. Nós tínhamos que nos encontrar. Alaric é minha outra metade. Não consigo imaginar o amanhã sem ele. Não existe futuro que não tenha o rosto dele sorrindo para mim.
Voltei ao restaurante depois que recuperei a memória, mas precisei parar quando a barriga cresceu. Catarina, que tanto me atormentou, hoje vive um romance bonito com um dos gerentes. E eu? Eu planejo voltar. Já avisei a Alaric que, assim que Austin nascer e tiver idade suficiente, quero estar de novo no restaurante, ver a vida pulsar naquele lugar. Ele sempre responde com um sorriso doce: “Tudo é seu, amor. A decisão é sua.”
Minha relação com meu pai também floresceu. Depois de anos afastados, vivemos agora um amor maduro, intenso, cheio de verdade. Ele e Rita são um espetáculo à parte: um casal que me inspira. Susana, por outro lado, ainda tenta se aproximar para pedir dinheiro, mas eu a recuso sempre. Não quero nenhum elo com quem não soube me amar.
Ontem foi aniversário de Raul. Ele nasceu no mesmo dia que o pai. Alaric sofre em silêncio, tenta esconder, mas eu conheço cada nuance do seu olhar. A dor está lá, mesmo que disfarçada. No começo, confesso que sentia raiva de Raul. Ele quase destruiu a minha vida e a da minha filha. Mas o tempo, esse escultor paciente, apagou a raiva e deixou apenas a tristeza. Raul poderia ter feito escolhas diferentes. Poderia estar vivo. Poderia estar rindo conosco. Mas não está.
Acompanhei Alaric ao cemitério ontem. Segurei sua mão durante todo o tempo. Raul era sangue dele, e Alaric o criou como a um filho. É natural que sofra. E eu sofro junto.
Quando penso em tudo o que vivemos, em cada lágrima, em cada vitória, percebo que fomos moldados pelo fogo, pela dor e pela esperança. Somos sobreviventes de nossas próprias histórias, e, ao mesmo tempo, construtores de um amanhã que ninguém poderá nos tirar.
É por isso que choro quando vejo o vídeo do casamento. Não choro apenas pela beleza do vestido, pela música ou pelo sorriso de Alaric no altar. Choro porque sei tudo o que está por trás daquela cena. Sei da luta, da perda, da quase morte, da superação. Sei do amor que nasceu no meio da escuridão.
Hoje, ao escrever estas linhas, sinto Fernando chutar dentro de mim, e sorrio. Ele é a prova viva de que a vida sempre encontra um jeito de florescer.
“Tudo posso naquele que me fortalece.” Essa é a frase que escolhi como tatuagem invisível no coração.
Essa é a nossa história. Essa sou eu. Essa é a Helena que vocês vão conhecer.
E se as lágrimas caem agora, é apenas porque descobri que o amor verdadeiro existe. E ele tem nome: Alaric. 💖
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Irene Saez Lage
Começando a ler e gostando pois estou sentindo que tem emoção rolando
2025-10-04
1
Roseli Santos
recebi a notificação vim ver já amei o prólogo vai ser linda história de Helena
2025-10-03
1
Marcia Mota
❤️❤️To sentindo que vem uma estória maravilhosa por aqui!!🎉🎉🎉🎉
2025-10-02
2