Capítulo 2 – Primeiras Regras e Primeiros Choques

O sol ainda não havia surgido no horizonte, mas a clareira estava acordada. Jin Hae-Sung caminhava lentamente entre os membros da matilha, observando cada alfa e cada ômega em sua rotina matinal. O aroma da floresta misturava-se com o cheiro característico de sangue e suor — uma lembrança constante de que a força era a lei neste território.

Do-Hyun estava próximo, sentado em um tronco, observando em silêncio. Os músculos ainda tensos da noite anterior indicavam que a submissão forçada pelo ômega ainda ecoava em cada fibra de seu corpo. Ele se sentia irritado consigo mesmo por não conseguir conter o efeito que Hae-Sung tinha sobre ele, mas também uma parte dele sentia curiosidade e um estranho calor interno que ele não queria admitir.

Hae-Sung se aproximou, passos firmes, olhos âmbar fixos no alfa.

“Hoje você começa a aprender as regras da matilha”, disse, a voz baixa e autoritária. “E não há espaço para arrogância aqui. Tudo que você fizer deve passar pelo meu comando.”

Do-Hyun ergueu o queixo, o orgulho ferido pulsando.

“E se eu não quiser?”

Hae-Sung sorriu, lento, calculista.

“Então aprenderá da pior forma possível que a desobediência tem um preço. Mas… acredito que não será necessário.”

Ele estendeu a mão, indicando que o alfa deveria seguir. Relutante, Do-Hyun levantou-se, sentindo o corpo pesado pela tensão acumulada da noite anterior. Cada passo ao lado de Hae-Sung era um lembrete de que ele não tinha controle, mas ainda assim, uma chama de desafio queimava nos olhos castanhos escuros do alfa.

A primeira tarefa do dia era simples em aparência, mas carregada de simbolismo: força, resistência e obediência. Hae-Sung levou Do-Hyun a uma série de troncos e pedras pesadas.

“Levante. Agora. Cada movimento deve ser preciso. Cada músculo, obediente ao meu comando.”

Do-Hyun respirou fundo, os músculos tensos enquanto erguia o primeiro tronco. O peso era imenso, mas a presença do ômega atrás dele, cada olhar crítico e cada gesto calculado, fazia com que seu corpo respondesse automaticamente à autoridade. Hae-Sung caminhava ao redor dele, corrigindo postura, ajustando mãos, guiando cada movimento.

“Mais rápido”, ordenou. “Sem hesitação. Sinta o controle que você não tem e aprenda a se mover sob minha direção.”

A voz firme de Hae-Sung fazia com que cada respiração de Do-Hyun se tornasse mais pesada. Não era apenas treino físico — era treinamento mental e emocional, e o alfa sentia cada comando como um toque que queimava, provocava, dominava.

“Olhe para mim”, disse Hae-Sung, aproximando-se do rosto do alfa, segurando o queixo dele. “Não há vergonha em obedecer. Apenas reconhecimento daquilo que é inevitável.”

Do-Hyun engoliu em seco, lutando contra o efeito que cada toque, cada olhar, cada comando provocava em seu corpo. O orgulho gritava por resistência, mas o corpo respondia a cada instrução, cada gesto dominador. Ele sentiu um arrepio profundo quando Hae-Sung passou a mão pela lateral do pescoço dele, tocando a pele nua levemente, provocando desejo e submissão ao mesmo tempo.

Após horas de treino, Do-Hyun começou a sentir o peso da obediência. Hae-Sung o forçava a respeitar limites, obedecer comandos e aceitar orientação, cada movimento acompanhado de olhares penetrantes, palavras baixas e toques estratégicos. Mesmo exausto, o alfa não podia negar a tensão crescente entre eles — uma mistura de raiva, resistência e atração que só Hae-Sung sabia explorar.

“Você está aprendendo, mas ainda há muito para dominar”, disse Hae-Sung, a voz carregada de promessa. “Resistência é natural, mas lembre-se: aqui, cada reação sua é minha para guiar.”

Enquanto a manhã avançava e o sol começava a aquecer a clareira, Do-Hyun olhava para o ômega com uma mistura de frustração e fascínio. Ele ainda lutava para manter controle sobre si mesmo, mas já podia sentir a semente da submissão sendo plantada, lenta e irresistível. Hae-Sung havia feito mais do que instruir — havia deixado claro que o alfa grande e orgulhoso, por mais que quisesse negar, não escaparia do seu domínio.

A matilha inteira observava em silêncio, sabendo que aquele dia marcaria o início de algo profundo. Entre comandos, suor e olhares que queimavam, o alfa mais resistente começava a perceber: obedecer a Hae-Sung não era apenas inevitável… era dolorosamente prazeroso.

🐺🌙

O sol já estava alto, refletindo nas folhas úmidas da floresta, mas a clareira permanecia silenciosa, exceto pelo som da respiração pesada de Do-Hyun e pelo comando firme de Hae-Sung. O alfa grande e orgulhoso estava exausto, cada músculo ardendo com o esforço físico, mas a mente dele estava ainda mais sob o controle do ômega.

Hae-Sung observava cada movimento, cada gesto involuntário, cada sinal de fadiga. Ele se aproximou lentamente, deixando seu cheiro penetrar nos sentidos do alfa, fazendo o corpo dele reagir automaticamente. O toque do ômega era calculado: pressionava, deslizava, provocava, mas sempre mantendo o controle absoluto.

“Você respira rápido… percebeu como seu corpo responde à minha presença?” murmurou Hae-Sung, aproximando-se do pescoço do alfa. Sua mão desceu pelas costas largas de Do-Hyun, explorando os músculos tensos. “Cada fibra sua está sob meu comando, mesmo que você tente resistir.”

Do-Hyun endureceu, lutando contra o calor que percorria seu corpo. Ele queria recuar, mas cada toque, cada comando, cada olhar penetrante do ômega o mantinha parado. O orgulho gritava para resistir, mas o corpo traía suas intenções.

“Agora, ajoelhe-se”, ordenou Hae-Sung, a voz baixa, firme e hipnotizante. Do-Hyun hesitou por um instante, mas a pressão nos ombros e a intensidade do olhar do ômega não permitiam desobediência. Com movimentos lentos, ele se ajoelhou, sentindo a tensão percorrer sua espinha.

Hae-Sung se aproximou ainda mais, sentando-se sobre um tronco próximo e deixando o alfa completamente visível. Seus dedos deslizaram pelo peito do alfa, provocando arrepios que ele tentava disfarçar. Cada toque era um lembrete silencioso de quem estava no comando, e Do-Hyun sentiu um calor profundo subir pelo corpo, misturando frustração e desejo.

“Veja, Do-Hyun… resistência é inútil”, sussurrou Hae-Sung, baixando a voz até quase roçar a orelha do alfa. “O prazer vem quando você aceita meu controle. Aceita que eu decido o que é melhor para você.”

O alfa respirou fundo, tentando manter postura firme, mas a tensão nos músculos denunciava o contrário. Ele podia sentir cada toque, cada sussurro, cada comando de Hae-Sung penetrando mais fundo do que qualquer força física.

“Você sente, não sente? Cada comando meu, cada toque… cada movimento seu é meu agora”, murmurou o ômega, deslizando a mão pelo ombro e descendo para a lateral do tronco, traçando linhas imaginárias sobre o corpo do alfa, provocando arrepios involuntários.

Do-Hyun lutava para manter controle, mas a sensação era intensa demais. Cada toque de Hae-Sung parecia ler seus pensamentos, antecipar suas reações, guiar cada músculo do corpo sem que ele pudesse impedir. A resistência tornava-se prazer, a tensão tornava-se excitação, e a submissão se infiltrava lentamente na mente do alfa.

“Você ainda pensa que pode resistir?”, perguntou Hae-Sung, aproximando o rosto do ouvido de Do-Hyun, a respiração quente roçando sua pele. “Olhe para mim e admita… que obedecer pode ser mais intenso do que lutar.”

Do-Hyun engoliu em seco, a voz falhando: “Eu… eu não…” Mas seu corpo não mentia. Os músculos ainda tensos tremiam, os arrepios percorriam a pele, e o calor no peito indicava que o alfa estava aprendendo a se render, mesmo sem querer admitir.

Hae-Sung sorriu levemente, satisfeito com a reação. Ele passou os dedos pelo pescoço e pelos ombros de Do-Hyun, sentindo cada resposta involuntária. Então, com movimentos suaves mas firmes, guiou o alfa para encostar-se novamente ao tronco, aproximando-se ainda mais, deixando claro que o domínio físico e emocional estava completo.

“Isso… assim está melhor”, murmurou o ômega, a voz carregada de comando e promessa. Cada toque era calculado para provocar, cada sussurro reforçava a hierarquia, e Do-Hyun sentia que não havia escapatória, que cada reação de seu corpo agora pertencia ao ômega.

O alfa grande e resistente, por mais que quisesse negar, começou a sentir prazer na entrega, no toque, no comando. O orgulho ainda lutava, mas cada comando de Hae-Sung penetrava mais fundo, criando um vínculo invisível, mas inquebrável.

Enquanto o sol iluminava a clareira, Hae-Sung deixou que Do-Hyun permanecesse ajoelhado, respirando pesadamente, músculos tensos e mente confusa. Ele sabia que esse era apenas o início do treinamento, da exploração da submissão e da construção do desejo, mas o alfa já começava a entender que obedecer poderia ser mais intenso do que resistir.

E assim, a manhã terminava com um silêncio carregado de tensão, suor e olhares que diziam mais do que palavras poderiam expressar — a dinâmica entre o ômega e o alfa estava estabelecida, e nenhum dos dois voltaria a ser o mesmo depois daquele dia.

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