CAPÍTULO 2

Capítulo 2 – Preparativos do Casamento**

O sábado se aproximava rapidamente, e Helena estava decidida a fazer daquele dia algo memorável, mas não nos padrões delicados e açucarados que muitas noivas costumavam escolher. Ela queria algo que refletisse a força de Nikolai, o homem que seria seu marido, e, ao mesmo tempo, sua própria essência: elegante, misteriosa e indomável.

Ela caminhava pelo grande salão da mansão, agora parcialmente transformado em um espaço que misturava a sobriedade e o luxo. Cada decisão era meticulosa, cada detalhe ponderado. Quando escolheu as flores, não optou pelas tradicionais rosas vermelhas ou tons pastéis que qualquer florista sugeriria. Escolheu rosas negras do Saara — raras, exóticas, de uma beleza quase sobrenatural. Cada flor parecia carregar consigo um poder silencioso, uma intensidade que combinava com Nikolai.

Mas Helena também não esqueceu de si mesma. Adicionou toques de branco delicado, lembrando a pureza que ainda vivia dentro dela, a suavidade que equilibrava o lado sombrio da decoração. O contraste entre o preto profundo das rosas e o branco das velas, das toalhas e dos detalhes finos criava uma harmonia inesperada, que surpreendeu todos os convidados e até a equipe de organização.

Enquanto caminhava pelo espaço, verificando cada arranjo, cada acessório, Helena sentiu uma curiosidade silenciosa sobre o que Nikolai acharia. Por alguma razão que ela não compreendia completamente, desejava agradá-lo, mesmo sem nunca ter recebido um gesto de aprovação direta dele. Talvez fosse a admiração que crescera silenciosa desde o primeiro olhar; talvez fosse apenas o instinto de quem aprende cedo que agradar o inimigo pode ser também um ato de sobrevivência.

Os lustres de cristal lançavam luz suave sobre o salão, refletindo nas pétalas negras e nos elementos brancos, criando uma atmosfera ao mesmo tempo luxuosa e carregada de mistério. Cada detalhe parecia ter sido pensado para impressionar, mas também para declarar, sem palavras, que Helena não era apenas uma noiva, mas alguém com personalidade própria.

Os móveis foram dispostos de forma a valorizar o espaço, e cada elemento de decoração — candelabros, vasos e pequenos ornamentos — era escolhido para transmitir um equilíbrio entre a imponência e a delicadeza. Alguns convidados começaram a chegar cedo, e murmuravam entre si, impressionados. “Nunca vi algo assim antes”, diziam. “Elegante, mas sombrio.” Helena sorria levemente, satisfeita com o efeito, mas mantendo a compostura de sempre: controlada, impenetrável, mas cheia de intenção.

Ao final do dia, o salão estava pronto. As rosas negras destacavam-se em meio à brancura dos detalhes, criando uma cena quase cinematográfica. Helena olhou ao redor, contemplando o resultado. Sentiu um aperto no peito, uma mistura de ansiedade e excitação. Sábados passavam, e o casamento se aproximava, mas naquele momento, ao ver tudo pronto, percebeu que havia colocado algo de si em cada escolha.

Ela não entendia exatamente o motivo pelo qual desejava agradar Nikolai, mas sabia que cada detalhe que escolheu não apenas refletia sua própria personalidade, mas também falava silenciosamente ao homem que a observava com olhos sempre atentos, calculistas e misteriosos. Pela primeira vez, Helena sentiu que, de algum modo, estava fazendo parte de algo que era somente seu, apesar das circunstâncias que os haviam unido.

Quando Nikolai entrou para inspecionar o salão, como sempre fazia, Helena sentiu seu corpo reagir de forma quase automática — uma mistura de tensão, expectativa e curiosidade. Ele parou, os olhos escuros percorrendo o espaço, e por um instante ficou imóvel, contemplando cada arranjo. Não disse uma palavra, mas o olhar dele carregava aprovação silenciosa, e isso fez o coração de Helena bater mais rápido. Ela percebeu que, talvez, sem saber, tivesse conseguido transmitir exatamente o que queria: força, beleza, personalidade e respeito silencioso.

Nikolai aproximou-se dela, mantendo a distância habitual, mas o olhar era diferente — menos frio, mais atento. Não havia toque, não havia palavras, mas havia um reconhecimento mudo. Helena sorriu levemente, sem perder a compostura. Sabia que o casamento que se aproximava não era apenas uma formalidade, mas o início de algo maior, algo que ambos ainda precisariam compreender.

O dia passou rapidamente, entre ajustes finais, verificações de arranjos e detalhes de última hora. Cada decisão tomada por Helena era uma declaração silenciosa de quem ela era: não apenas uma noiva, mas uma mulher capaz de tomar as rédeas de sua própria história, mesmo diante de um homem tão poderoso e misterioso quanto Nikolai Volkov.

À noite, quando o salão estava finalmente pronto e todos os preparativos concluídos, Helena sentou-se por um instante, respirando fundo, observando o contraste das rosas negras com os elementos brancos e refletindo sobre o que estava por vir. O casamento seria apenas um passo formal, mas cada detalhe escolhido era um reflexo de sua personalidade, e, de algum modo, um convite silencioso para que Nikolai a conhecesse de verdade, não apenas como a boneca que havia sido prometida, mas como a mulher que ela se tornara.

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Comments

Joicy

Joicy

aí gente cadê as conversas dos dois ?
Quero saber oq eles estão sentindo

2025-08-22

0

MEDUSA

MEDUSA

uhuuuuuu 😍🤑😍🤑😍😍😍😍🤑

2025-08-20

0

Mavia Dantas

Mavia Dantas

.

2025-08-16

0

Ver todos

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