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Lice

O Sol já envadia o ambiente pela janela pequena do quarto. Allany estava virada para o outro lado, ela havia ficado na conchinha menor. Ela sempre foi muito atenciosa e protetora, mas desta vez eu a protegia.

Vou até ela que estava um pouco afastada e a abraço.  Já eram 4 da manhã e ela precisava ir com a moto de seu pai.

— Mhnnm.. – Se desexpreguiça

— Amor acorda,  seu pai precisa da moto.

— A moto! – Com um movimento se senta na cama e assim fica, me fazendo dar uma risada.

— Calma,  acho que ainda é cedo. – Ela estava apenas embrulhada com os lençóis,  nua por baixo.

Me olha com cara de sono e assustada ao mesmo tempo pelo susto que a dei.

— Você se arrepende de alguma coisa?

— O que, como assim? - Pergunto

— Bom, nos filmes quando sempre tem uma mais apaixonada,  a outra costuma dizer que foi um erro, e sair do quarto. Mas a casa é sua então deve ser por isso. – Coça a cabeça.

— Ei ei,  nada disso. Não me arrependo de nada. – Puxo seu braço para se deitar.

— Ótimo.  – Se deita soltando todo ar que segurava.

— Então quer dizer que está apaixonada...? – Digo brincando com as unhas em seu busto.

— Eu disse uma, não disse qual-  Da uma risadinha e vira o rosto.

— Então só pode ser eu..– Digo.

— É...– Pisca várias vezes seguida enquanto gagueja.

—  Eu realmente nunca sei o que siguinifica essa sua reação. – Rio.

Com as mãos cobre o rosto e solta ar como se assoprasse uma vela. Coloco uma mecha de cabelo em sua orelha e a olho com o rosto apoiados nas mãos.

— E Bernardo,  o que ele vai achar disso?– Pergunto

— Eu não sei, ele ia pirar, ou propor um menage. – Rimos juntas.

— Você aceitaria o menage? – Me olha incrédula.

— Que pergunta é essa?–  Levanta a cabeça com o pescoço.

— É brincadeira Ally, eu nunca diviria você. – Passo o dedo em seu nariz.

Passa as mãos sobre o rosto mas dessa vez expressa agonia.

— Eu tenho que ir. — Diz e se levanta, exibindo seu corpo nu pelo meu quarto, MEU QUARTO!

— Ally, calma eu não falei sério. – Procura suas roupas no chão.

— Eu sei, eu só tô com medo agora, é muito complicado.

Me levanto e vou até ela.

— Eu estou com você,  ainda sou sua amiga, vai dar tudo certo.

Seu corpo nu na minha frente e tão perto me fez sentir prazer apenas vendo.

Passo as mãos pela sua cintura e desco para sua bunda carnuda. Subo para suas costas como se a fizesse uma massagem.

Seguro seu rosto e olho para seus lábios,  deixando um beijo em cada lado,  e por último em sua boca.

— Por que me provoca assim..

Deixo beijos e mordidas no seu pescoço. Mas ainda sim consegue escapar de meus braços para se vestir.

— Eu tenho mesmo que ir agora.  – Diz após ver a hora no relógio que estava no criado mudo.

— Tudo bem, te vejo lá?

— Concerteza. — Beija minha bochecha  e volta a se vestir.

Quando vai abri a porta, com um grito a interrompo.

— Allany não! - Mas ela abre a porta e da de cara com minha mãe, que por um acaso eu devo ter esquecido de avisar que Allany dormiria aqui, ou que viria pra cá.

—Allany? - Pergunta exibindo uma reação de mega surpeendida.

— Há.. é, oi senhora, senhora..Célia. Tudo bom? - Dá um sorriso amarelo enquanto procuro um lugar pra enfiar a cara.

—  Tudo, mas Lice não avisou que dormiria aqui. Fiquei surpresa em vê-la.

— Há, é uma historia bem engraçada aliás, é que, quer saber, a Lice vai lê dizer por que eu preciso ir. Thau Lice beijo! - Diz a útima frase em gritos por já estar distante suficiente.

Minha mãe olha para ela e logo após se vira e me olha, leventando os braços em sinal de desentedimento com as palmas das mãos viradas pra cima.

— Mãe, não começa. - Começo a andar em direção a cozinha.

— Ela dormiu aqui?

—  Mãe! O que tem? Somos amigas.

—  Que nem era amiga da Mehgue?. - Paro e a olho.

— A Allany não é a Mehgue. A senhora nunca pode confundir as duas, nunca, por favor.

— Só me diga, que vocês são apenas amigas.

— Somos isso. Eu preciso ir me arrumar.

Como esperado, poucos segundos depois do ocorrido cai uma mensagem de Ítalo. Dizia " Talvez se você abrir a porta eu já esteja te esperando". Rio ao ler sua mensagem, mas não a respondi pela agonia e pressa do momento.

Desço até a cozinha para tomar café. Hoje o tempo me permitia pois acordei bem mais cedo do que o esperado.

Estavamos todos juntos, menos meu irmão Igor. Ele fora dormir na casa de um amigo, o que será meu argumento principal caso esse assunto seja descultido.

— Filha, sua amiga dormiu aqui não é. Não vejo problema, apenas avise sua mãe, sabe como ela fica como quando você  não avisa as coisas.  - Meu pai diz.

— Desculpe, foi meio inesperado. Quando vocês chegaram ela estava banhando e depois foi dormir, não tive tempo de avisar.

— Mas aconteceu alguma coisa pra ela aparecer assim do nada? - Minha mãe pergunta curiosa.

—  Não, agente só tinha discultido daí ela apareceu com lanches pra se desculpar, e pedi pra ela ficar, já estava tarde.

—  É bom ter amigos assim, que valorizam a nossa amizade.  - Meu pai diz enquanto mastiga um pedaço de bolo.

— Er. - Um sorriso tosco escapa de meus lábios e meus pensamentos vão a Ally. O que ainda não sei por que a chamo dessa forma idiota.

Nossa relação sempre foi bruta. Claro que ofereçiamos carinhos e demosntrações de afeto, mas quanto a esse requisito de apelido, vim me apegar mais depois que nos beijamos, como se agora ela fosse[...] minha.

Olho o celular a procura de mensagens e me deparo com a hora.

— Ah Meu Deus! 6:27. Ítalo vai me matar! - Pego minha mochila e saio correndo rumo a parada.

Já podia se ver o ônibus na medida que corrida. Apressei o passo e cheguei no mesmo parar que ele.

— Ia perdendo em mocinha. - O motorisa brinca.

—  E você nem pra ajudar cara. - Subo as escadas e me sento ao lado de ítalo.

—  Fiquei preucupado.

— Desculpa eu me destrai .- Me acomodo no banco e fecho os olhos até chegarmos.

Quando chegamos desço e não encontros meus amigos no mesmo banco de sempre. Procuro com o olhar, e os vejo num lugar bem distante da escola, quase que no fim da praça. Vou me aproximando e percebo que ainda não me viram. Eles estão brigando.

Me atrevo a chegar mais perto talvez para escutar algo. Sei que é errado, mas parece algo sério.

—Eu não acredito que você fez isso Allany. - Ber passa as mãos sobre o rosto e se vira de costas.

— Eu não fiz nada Ber, isso não é o que pareçe, quantas vezes tenho que dizer!

— E como pode me explicar isso no seu pescoço Allany!?- Gesticula.

— Mas por favor que seja da forma menos burra possível.

— Isso é uma coçeira!

Merda! O pescoço de Allany, eu o marquei. Como pude ser tão desprevinida assim. Agora ela deve estar me odiando. O que eu fiz..

Decido me entrometer. Faço uma falsa chegada.

— Gente? A campa bateu, ta tudo bem?

— Não Lice, mas já acabamos por aqui! - Ber diz enquato olha para Ally e começa a andar.

Eu não sabia o que dizer. Ela se senta no banco de madeira que tem alí perto e fica apenas sentada, em silencio olhando para baixo.

— Lice eu...

—  Eu não sei o que fazer. - Sussura.

—  O que você quer fazer?  -  Pego em seu ombro e permaneço com a mão lá até receber uma resposta.

Ela me olha, e seus olhos estão baixos, tristes. Percebi o quanto ela o ama naquele momento.

— Eu não quero perder você Lice...

— Não vai, eu juro. Podemos passar por isso, podemos passar por tudo. - Coloco uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

— Me desculpa por te meter nisso, nessa situação. Mas sabemos que o vilão nunca fica com a garota. - Acaricia meu queixo rapidamente com o polegar.

— Eu prometo me comportar. - Pego sua mão e a beijo.

—  Eu posso pedir uma última coisa?

Ela não precisou me dizer o que , eu já sabia, e apenas fiz. Segurei seu rosto com os dedos no pescoço e a beijei. Nosso beijo foi calmo,doce e cheio de segundas intenções. Suas mãos livres apertaram minha coxa com força. Sua língua se enrrosacava na minha desesperadamente. Ela deve estar tão molhada agora..

Mordo seu lábio por uma última vez, enquato a beijo por uma útima vez.

— Vem Vamos pra sala, está tarde.

—Só um minuto. - Faz o número um com o dedo e respira fundo. Rimos.

Começamos a caminhar até chegarmos na entrada e nos esbarramos com Ítalo.

—  Ítalo?

— Lice? - Pronunciamos os nomes ao mesmo tempo, o que nos fez rir.

—  Nossa. - Ele ri.

— Ítalo essa é minha amiga Allany. - Apresento.

— Prazer. - Apertam as mãos.

—  Eu já ia voltando pra sala, e você o que faz aqui.

—  Eu faço o mesmo que você. Tava de bobeira só.

— Ok então vamos.

—  Eu vou indo na frente. - Ally diz e sai.

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