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Chego em casa e  retiro tudo que meu corpo carregava, despejando por cima da cama.

— Que merda eu fiz? Aposto que ela nunca mais vai querer olhar na minha cara.

Entro no banheiro e me despído. Os lábios macios de Lice aparecem em minha mente, e me pergunto até onde poderia ter ido se Antonio não estivesse ali. Talvez ela não me permitiria, ou ela não me negaria.

Seus lábios anciavam pelos meus tanto quanto os meus pelo os dela. Mas e se ela não tivesse nem notado que era eu alí  a possuindo. Afinal estavamos de olhos fechado. Mas claro que há dirença, impossivel ela não perceber.

O que deveria ser um banho relaxante transformou-se numa ducha de pensamentos mal resolvidos.

Ouço o som de notificação do meu celular e por extinto hesito em checar . Encaro o telefone jogado em cima da cama, enquanto estou parada enrolada numa toalha em meio ao quarto. Começo a roer a unha do dedo indicador e em um gesto pego o celular.

Best Lice ONLINE

18:20    Oi...

18:25    Nem acredito no que aconteceu.

^^^ Me desculpa rs, acho que me empolguei^^^

^^^um pouco de mais...   18:27^^^

18:28    Isso não  pode se repetir Allany

^^^  Está brava?  18:30^^^

18:30  Não sei o que sinto, nos falamos amanhã.

^^^Boa noite Lice   18:32^^^

oFF

Bom , foi pior do que eu imaginei, agora siguifica que ela não gosta de mim, simples. Acho que preciso conviver com isso. Eu tenho um namorado, talvez isso de alguma forma tenha a incomodado. Lice sempre foi sincera, e atrevida, mas ela nunca juntava essas duas qualidades na mesma ocasião.

Antonio também estava presente, isso pode ter assustado ela, por  ele resolver abrir o bico, mas isso eu não vou deixar acontecer. A verdade é que é dificil acreditar, que ela apenas não tenha gostado.

Lice

Ouço batidas na porta e caminho para abri-la.

— Filha a Vizinha trouxe uma coisa pra você, vai la ver o que é. - Minha mãe diz

—  Pra mim? Céus.

Minha casa era grande, mas não se compara ao tamanho da curiosidade que estou com isso agora.

Chego no comodo da sala e vejo um garoto sentado no sofá.

—Boa noite. - Aceno para todos os estranhos que estão na sala. ( Minha vizinha e o filho dela)

— Minha filha, eu comprei essa sandáliazinha linda, mas eu não vou poder usa-la. Estou com um problema na coluna e saltos não são adequados, dizendo o meu médico.

—  Queria saber se Minha filha quer. Você é assim novinha, acho que gosta dessas coisas não é?

— Há claro, como eu poderia recusar.- Respondo quando minha mãe faz um barulho com a garganta.

Olho bem a sandália e me sento ao seu lado para experimentar o calçado. De recanto pude notar os olhares que seu filho me passava.

—  Ficou ótimo. - Ele diz assim que me levanto e dou três passos com ela. - Minha bochechas devem estar vermelhas agora, não sei lidar com elogios.

—Valeu.

— Que coisa de valeu Lice, como se diz para a moça.- Reviro os olhos.

— Muito obrigado dona Sônia, eu vou usar bastante. - Não vou não. Quem usa tamanco hoje em dia.

Ambos se levantam depois de muito agredecimentos de minha parte, e seu filho resolve me dar um aperto de mão.

—  Me chamo Ítalo. - Um metro e oitenta de muita beleza eu confesso.

— Sou Lice. - Dou um sorriso.

—  Eu vim morar aqui recentemente, sabe me dizer onde fica essa escola. - Me mostrou o nome da escola por uma foto no celular.

—  Não era mais fácil dizer o nome ? - Rio

— Talvez, mas e aí?

— Sei sim eu estudo lá, tem um ônibus que você pode pegar, de manhã eu vou pra parada, pode ir comigo se quiser.

—  Eu adoraria, me passa seu número. - O olho com desdém e hesito por uns segundo, analisando melhor onde estava me metendo.

— Relaxa. - Olha pra mim antes que eu pudesse responder.

Digo meu número e no mesmo instante recebo uma mensagem de confirmação. Saio da conversa dele e vejo Allany online. Desligo o celular e vou dormir, amanhã é outro dia.

Amanheceu e o som do alarme ecoa pelo quarto como se fosse uma caixa de som gigante.

— Waarg. - Murmuro

O som continua vindo do celuar ao lado, que está em cima do criado mudo. O som da porta se abre com força, e daí me lembro que esqueci de trancar.

— Dá pra desligar essa coisa ambulante, ou meus timpanos vão explodir ! - Meu irmão abre a porta e reclama. O quarto dele era ao lado, e incrivel que pareça, pareciamos estar no mesmo comodo.

— Bom dia Lice. - Digo a mim mesmo.

Após finalizar minhas Higienes, decido passar um pouco de maquiagem, o que não é de costume. Passo um pouco de pó, base, corretivo, blush, e um liptint de leve.

— Meu Deus, pra que isso. - Me olho no espelho.

Quando decido remover tudo, meu celular apita e uma mensagem de Ítalo aparece na tela.

6:05    Opa Bom dia Bela, que horas saímos?

^^^Bom dia, as 6 e 20 ok   6:06^^^

6:06   Beleza.

Desligo o celular e vou para a cozinha. Checo a tela do celular novamente e  percebo que Allany ainda não havia mandado nada, o que me é estranho pois sempre me perguntava se eu iria para escola.

— Eu tenho um anúncio a fazer. - Meu irmão abre o bico e apenas observo com uma xicará de café entre os lábio.

—Eu quero mudar de quarto, a Lice faz muito barulho e eu não consigo me concenterar. - Faz um gesto com as mãos.

— Filho já falamos sobre isso, o outro quarto é apenas para hospédes.

—  Mãe, ninguém hoje em dia guarda um quarto pra isso. Pai!.

—  Ouviu sua mãe filho.

—  Ta vendo, não precisei abri nem a boca, bobão. - Digo

—  Não acabou. -  Faz um sinal de que está de olho em mim e vai para escola.

— Então filha, vai pra escola com Ítalo? - Minha mãe pergunta com as mão apoiadas no queixo.

— Ítalo? - Meu pai pergunta.

—Sim o filho da vizinha, ele vai estudar com Lice, eles vão juntos agora.

—Eu só vou acompanhar ele até a parada mãe, não somos nada, só vizinhos.

—Muito bem Filha, esses moleques de hoje em dia só pensa em comer. - Diz irritado.

— Marcos! - Minha mãe exclama, e eu seguro o riso.

— Em comer besteira, é isso, isso estraga os dentes. - Tenta mudar de assunto.

— Até mais gente. - Me despeço.

Saio pela porta, e quando viro meu rosto para ver o caminho, ítalo está lá.

— Bem pontual.

— Eu sou homem, é de se esperar. - Diz, e posso jurar que era pra ser uma piada.

— Por favor diz que era pra ser engraçado, por que ta dificil segurar o riso.

Conversamos bastante pelo decorrer do caminho até chegarmos no destino. Vi olhares cairem sobre nós e me senti um pouco incomodada. Percebi que Ítalo se afastou mais quando notou meu desconforto.

— Obrigado. - Digo e ele apenas acente.

Subimos no Ônibus, sentamos separados pela quantidades de cadeiras oucupadas, o que agradeci muito.

Quando desci vi Allany no mesmo banco com seu namorado. A olhei e posso jurar que seu olhar estava sobre mim focadamente,mas era em ítalo.

— Iai. - Digo e ela retribui.

— Oi.

— Lice eu vou ficar com um colegas alí, agente se fala. - Ítalo me informa e eu concordo com a cabeça.

— Tá de namoradinho novo Lice. - Bernardo diz com um sorriso de ponta a ponta.

— Não ele é só um amigo. - Me sento ao lado de Allany.

—Tudo bem? - Sussurro no ouvido de Allany e sinto sua pele extremecer junto aos fios de cabelo do seu braço. O que me fez abrir um pequeno sorriso.

— Ta com frio amor? - Bernardo pergunta a ela.

— Não, não. Eu só[...] na verdade sim, é frio. Ta  muito gelado aqui né. - Abraça os braços como se estivesse se aquecendo.

—Quer meu casaco?

— Não amor, vamo já entrar.

Pego o celular e envio uma mensagem a ela.

6:59   Isso vai ser divertido

Vejo ela abrir e ler a mensagem, mas logo guarda o celular sem me dar um resposta. A campa bate para a entrada dos alunos.

— Amor pode ir indo na frente , eu vou no comércio com  Lice comprar um absorvente, ta. - Ela diz e eu fico confusa.

— Tudo bem. - Ele diz e sai.

Nos levantamos e começamos a andar sem rumo, eu apenas a seguia. Até que ela senta no mesmo banco de pedra de ontem. Ele era bem escondido, por trás de uma quadra.

— Olha me desculpa por ontem, eu não quero que agente fique num clima estranho.

—Clima estranho? Allany está tudo bem. Apesar de você se arrepiar inteira quando te toco.

— Eu posso conviver com isso. - Ela ri e baixa a cabeça ao mesmo tempo.

— Será que pode? - Chego um pouco mais perto.

Ve-la assim tão sensivél ao meu toque me faz querer satisfaze-la. Tão linda, algo que não só agora notei. Mas agora que já sei o sabor e  a sensação que é beijar sua boca, acho que estou prestes a me viciar.

Com o dedo indicador levanto seu queixo. Ela me olha como se visse a lua cheia por uma primeira vez.

— Tão linda. - Sussuro.

Ela se levanta e joga o cabelo pra trás.

— Lice eu... - Se encosta numa parede ainda de pé e se esquiva pondo as mão no joelho com a coluna reta.

— Eu sei, dá medo, mas, segurar parece tão inúltiu... - Me aproximo dela encostando nossos corpos mais que o normal.

Ela arfa levemente ao sentir-me tão perto que automaticamente me puxa mais para si, segurando minha cintura com tanta força que me faz umidecer o lábio.

Com uma mão segura minha nuca e me puxa para sua boca. E eu a beijo, mas a beijo com vontade. Sua mão desce para minha bunda a apertando com muita força.

Ela decse o beijo para meu pescoço, e me surprendo com esse ato, até que ela me faz gemer com uma mordida lá mesmo.

—Annr...  - Ela me olha e seus olhos estavam escuros desta vez.

Com o polegar sente meu labio inferior, deixando uma mordida alí.

—Ainda não foi o suficiente. - Ela sussurra.

Pego sua mão e vou descendo pela minha barriga, até chegar no cós da minha calça. Ela fecha os olho esperando o que vem por vir.

—Como pode, essa doce Allany dizer que gosta de homem, em? - Falo em seu ouvido

Seguro seu pescoço  e com minha unha escorrego o polegar alí.

—Eu ainda vou Te enlouqecer Allany, me aguarde. - Ela me olha, e sua visão percorre meu corpo enquanto me afasto.

— Vou sair pra você se recompor, te vejo na aula.

Ela não diz uma só palavra, apenas me olha, e olha novamente. Queria saber o que ela está fazendo comigo em sua mente. Apesar de querer muito que ela me tocasse, eu amava provocar Allany.

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