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Allany
Amanhceu, e nada mais se torna tão rude quanto ouvir pessoas te chamarem em meio ao sono. É como um baude água quente.
— Allany vamos, acorde, ou vai perde o ônibus. - Meu pai diz enquanto quebrava o gelo para levar junto a uma garrafa térmica para o trabalho.
Ele tinha esse costume, pois trabalhava fora o dia inteiro e assim não precisaria comprar água gelada. Me levanto da cama e vou rumo ao meu guarda roupa apenas para pegar a farda que já estava separada. Pelo menos isso me dou o trabalho de fazer já que sou meio preguiçosa.
Já são 6 e 15, e me faltam apenas 15 minutos para me arrumar por completo, e não perder o ônibus escolar. Faço tudo que preciso mas não consigo tempo para tomar um café.
Sempre a mesma rotina. Agora estou saindo de casa e de longe consigo avistar meu namorado Bernardo. Moravamos um quarteirão de distância um do outro, bastava apenas atravessar a rua. Nos abraçamos friamente de minha parte e logo nos soltamos. Ele me olha pra me dar um beijo mas viro o rosto.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não, eu só[...] não to afim de conversar hoje. - Após ouvir minha resposta, apenas acente com a cabeça, me dando um pouco de espaço.
Eu amo o Ber, mas eu não sei o exatamente o que quero. Ele me traiu no inicio do relacionamento, e eu o perdoei pois não tinhamos nada sério. Mas de alguma forma isso me afeta profundamente atualmente. Como se eu tivesse sido tola em perdoa-lo.
O buzão chega e embarcamos nele, sentamos nos bancos dos fundos. Apoio minha cabeça sobre a jenela e sinto o rosto de Ber se escorar em meus ombros. - Esse dia vai ser longo.
Assim que chegamos tento me lavantar, mas me auto impeço por Ber estar dormindo alí. Reviro os olhos e dou dois toques eu seu braço para desperta-lo, e obtenho sucesso.
Saímos do veículo grande e com o olhar fechado procuro Lice. Minha amiga desde o primeiro ano do ensio médio. Seu ônibus costumava chegar sempre ápos o meu, mas sempre me permitia checar pelas vezes que aconteceu de antes chegar.
Começamos a andar rumo a uma praça que existia na frente da escola. Lá os alunos esperavam até abrirem-se os portões e o tocar do alarme soar. Em um banco sentamos.
— Seus pais brigaram com você foi? - Ber sempre tentava advinhar o por que das minhas mudanças emocionais.
— Bernardo eu só quero ficar em paz, por favor.
Vejo o outro onibus chegar e me animo, mas não deixo transparecer. O olho atentamente até que ela desca, e assim que ela desce sinto meu coroção acelerar. Elas estava linda, mesmo com aquela farda verde de todos os dia, e bascamente o mesmo penteado. Para mim ela estava deslumbrante.
Ela apenas se aproxima, e seus grandes olhos claros se fixaram em mim.
— Chegou mais cedo hoje. - Digo algo por instinto, e ela rir por saber que resolvir falar para evitar o silencio.
— Pois é, esse motorista louco passou mais cedo, quase que eu perdo ele. - Fala enquato tira a mochila das costas e põe sobre as pernas no mesmo passo que senta ao meu lado.
Rio e começo a mecher no celular. Até que Ber passa as mão por cima dos meus ombros, o que não se passa desrcebido por Lice.
— Woo que fofo. - Diz mas não nos olha, apenas diz com o rosto vidrado no telefone.
Bernador rir de orgulho e eu a olho. E apesar de serem os braços de Ber que estão ali, escoro minha cabeça sobre os ombros baixos de Lice, fazendo com que ela ponhe uma das coxe dentre a minha. Sinto meu corpo arder e as batidas de meu coração aceleram. Coloco uma mão sobre a coxa que está ali e a ofereço carinho.
Um sorriso nasce em seus lábios.
— Gosta né. - Ela diz e meu rosto a encara naturamente. E assim dou um sorriso satisfeito de resposta.
A campa bate e nos levantamos. Ouso a peguntar.
— Mas iai, como ficou com o Antônio?
—Ele beija muito molhado sabe, eu achei estranho.
— E tem como beijar seco? - Pergunto sorrateiramente.
— Você sabe que tem. - Ela diz enquanto anda.
— Eu não sei de nada. - Digo com um sorriso bobo.
Estamos em uma fila, posicionados no pátio. Sempre as segundas a diretoria nos reuniam dessa forma para o hino nacional. Ela estava atrás de mim, e Ber tinha ido ao banheiro.
Em um movimento pego em sua mão e a puxo segurando em seguida na sua cintura para colocala a minha frente.
— Melhor, não gosto de ficar na frente.
— Gostei. - Diz enquanto me encara surpresa.
— Iai doidinha. - Antonio chega e a comprimenta com um abraço.
— Ai ai. - Suspiro em palavras pelo incomodo que tive. Sinto uma das mão de Lice me baterem e me afasto um pouco.
Eles começam a conversar intimamente, e para minha felicidade Ber chega.
— Nossa, estava fazendo o banheiro é?
— A mulher que fica vigindo lá não queria me deixar entrar até cantarem o Hino, que idiota.- Diz indiguinado.
— Elas não devem ter o que fazer.
— Está melhor? - Pergunta pondo uma mão em meu o ombro.
— Essa pergunta só pode ser feita uma vez no dia Ber, e você ultrapassou os limites dela.
— Me dá sua garrafa pra eu encher quando agente for voltar pra sala.
Abro a mochila e entrego, logo começamos a entoar o Hino.
Tivemos no total de 6 aulas hoje. Ber teve que ir ao dentista no meio do turno integral e um dos professores faltou, nos deixando assim sem duas aulas finais.
— Acho que vou embora já. - Digo a Lice assim que saimos da sala.
Minha casa era distante da escola, mas não tanto quanto a de Lice. Ela realmente nessessitava do onibus para inda e vinda da escola. E quando acontecia exessões como estas, os alunos que ultilizavam o transporte precisavam esperar até o horario normal de saída para sairem todos juntos.
— Há não,você vai me deixar sozinha com ele? - Se refere a Antonio, que era da nossa sala, e amigo, mas agora para ela, era um amigo com benefícios.
— Como se não quisesse né.
— Eu não quero!
— Então diz a ele Lice.
— Acho melhor só evitar, homens não são burros, só insistentes.
— Tá bom, eu fico. - Reviro os olhos e dá um pulinho.
Estamos sentados. Eu, Lice e Antonio. Eles estão em um banco de pedra um de frente para o outro, e eu estou deitada nas pernas de Lice, mas quando percebo o clima foguento dos dois me afasto.
— Ou Ou, nem um com liçensa Lice? Caramba.
Ela ri e esconde o rosto com as próprias mão.
— Allany para. - Ela sussurra.
Me levanto e fico de frente para os dois. Agora eles estão bem mais proximos. Pego meu celular e começo a por uma musica no fone ainda de pé. Até que por cima do celular os vejo iniciarem um beijo macio, leve, de novela.
Continuo os olhando e encarando por uns cinco segundo.
— A Allany olhando. - Antonio diz e vira o rosto.
— Ela não se importa. - Lice diz, e seus olhos verdes pentram minha alma vazia.
— Se for pra fazer na minha frente me deixa participar logo. - Me aproximo dos dois, ficando em sua altura, e ambos realmente se chegam a mim também.
Três bocas se encostam, e apenas uma me da prazer. Continuo o beijo e coloco a mão na nuca de Lice. Entrelaçando meus dedos pelos seus cabelos soltos, viro mais meu rosto em sua direção, fazendo que Antonio se retira-se da equação.
O beijo continua, mas pela falta de ar finalizo, e com uma leve mordida puxo seu lábio e ela arfa, tão baixo, que só eu pude ouvi-la.
Antonio nos encara, e assim que o silêncio se torna desconfortável[...]
— Nossa, foi lindo. - Antonio diz e eu engulo seco.
— Eu já vou. - Olho para lice que esconde os lábios entre dentes e pego minha bolsa que estava atrás de si.
— Tchau. - Digo e sem resposta saio.
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Atualizado até capítulo 21
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