Meu Milionário Irresistível
Desde pequena, eu e a Martina éramos as princesas da família Rossi, meu pai, o poderoso Giovanni Rossi nos dava tudo, inclusive foi dele que herdei a paixão pelas pistas, com a minha mãe sempre foi tudo planejado, arrumadinho, com etiqueta e cerimônia, como ela cresceu sem família, sofreu abuso, abandono, queria recompensar seus desejos nos dando o melhor, ela é mãe, sabia o que fazia, mas ainda não entendia que não podia livrar os filhos do mundo.
As regras para meninas da máfia já foram pior, claro que vai de cada família, os nossos levam a sério nossas vontades, mesmo que nos sufoquem com a excessiva proteção, a gente sabia que casar obrigada nunca era um ponto. Martina se casou, ela era sim uma rainha, mas eu nunca quis aquela coroa invisível que pesava nos ombros. Eu queria a adrenalina, o som do motor, o vento cortando o rosto.
Foi aos quinze que me apaixonei de verdade pelo que meu pai sempre amou: motos e velocidade. Enquanto as outras meninas sonhavam com vestidos e bailes, eu estava no galpão, sujando as mãos e aprendendo a domar a fera sobre duas rodas.
Hoje, no treino, sentia o cheiro do óleo queimado misturado ao sol quente da tarde. Meu pai, de braços cruzados, observava cada curva, cada arrancada. Ao lado dele, meus amigos da pista não poupavam elogios.
— Helena é a melhor que a gente tem — disse Leo, o mais velho do grupo, sorrindo com orgulho.
— Ágil, esperta, e a melhor piloto de fuga que conheço — completou Carla, a única mulher que dividia a paixão comigo.
Eu só sorri, puxei o capacete e acelerei de novo, sentindo o motor rugir como se fosse parte de mim. Porque no meio daquela velocidade louca, eu era livre, e ninguém, nem mesmo o peso de ser uma Rossi, podia me prender.
Na volta para casa tentei mais uma vez, meu pai estava do meu lado, mas tínhamos algo maior, Julia Rossi, minha mãe superprotetora, cuidadosa e careta, aquela especialista em achar que a gente ia morrer se pisasse na rua.
— Pai, sabe que te amo né, fiquei muito feliz em te ver ali, ainda bem que você acredita no meu sonho. — falei cruzando os braços e bufando enquanto meu soldado voltava para casa com minha moto.
— Todos acreditamos bambina, mas não podemos simplesmente ignorar os riscos. — ele respondeu.
— Mas pai, pensa bem, agora que a Mah casou, está grávida, tudo aparentemente em ordem e nossa mãe mais distraída, você podia me ajudar a convencer ela. — implorei juntando as mãos sobre o peito em um sinal de prece.
— Sua mãe tem medo, é normal, e ela nunca se distrai, ser uma filha da máfia é complicado, mas sempre te trago, sabe disso. — meu pai reclamou, como se fosse injusto da minha parte reclamar da minha mãe.
— Eu sei pai, é que vai ter um evento esta semana, queria muito vir, posso convidar a Martina, viemos juntas, Gael não nega nada para ela. — falei já arquitetando um plano sórdido.
— Minha filha linda, se acalma, logo vamos ajustar tudo, com a segurança e o que mais precisar você será mais livre, vou conversar com a sua mãe, prometo. — falou meu pai e comemorei, ia conseguir, aquele evento seria histórico.
Meu pai, Giovanni, não conseguiu segurar a risada quando comecei a montar meu “plano infalível” para convencer a mamãe Julia a me deixar correr mais.
— Você está armando uma revolução, hein, Helena? — ele brincou, com aquele sorriso largo que eu conheço desde sempre. — Sua mãe não vai facilitar as coisas tão fácil assim.
— Só preciso que você entre na jogada, pai. Sua influência pode fazer toda a diferença — disse, confiante, mesmo sabendo que não seria simples.
Quando chegamos em casa, a villa Rossi me recebeu com aquele cheiro de tradição que sempre me pareceu um lar. Subi correndo as escadas, cheia da minha energia inquieta, e encontrei a Martina no quarto, sentada na cama e acariciando a barriga que já mostrava o novo começo na família.
— Martina, você acha que a mamãe vai ceder? — perguntei, sentando do lado dela.
Ela sorriu, com uma ternura que só uma irmã perfeita sabe ter.
— Sobre correr? Mamãe é forte, você sabe disso. Mas ela também quer que você seja feliz. Vai ter um jeito de vocês encontrarem um equilíbrio.
— Eu só quero correr, ser livre — desabafei, olhando para as minhas mãos, meio insegura.
— Vai ser, de um jeito ou de outro. Mas às vezes a liberdade vem quando a gente aprende a usar as regras a nosso favor — disse Martina, me puxando para um abraço que me deixou mais leve.
Estávamos juntas ainda quando o celular dela tocou, ela segurou o celular no ombro enquanto ajeitava a mala para a nova fase da gravidez, sim, menos de três meses e ela já ganhou muita coisa.
Eu escutava ela do outro lado da porta, distraída, até que uma frase me fez parar.
— Gael? Fazer um jantar amanhã à noite — ela dizia, a voz descontraída. — E vai convidar a Helena também?
Fiz uma careta sem querer. Jantar com Gael? Por quê?
Ela desligou e me olhou. — Gael quer fazer uma janta, e mandou te convidar, ah e antes que diga não, Matheo vai estar lá.
Meu coração deu um pulo. Matheo Delgado. O homem lindo, sexy, e com aquele ar impossível de ignorar.
De repente, o jantar parecia muito mais interessante do que eu tinha imaginado.
— Acho que vou sim — murmurei, quase para mim mesma. — não tenho nada marcado.
— Ah Helena, corta essa, o cara arrastou um bonde por você, não vai me dizer que não viu. — Martina cruzou os braços reclamando.
— Eu não, não gosto deste tipo possessivo, sou mais um espirito livre como eu. — respondi já imaginando que aqueles braços fortes podiam facilmente me segurar enquanto fazíamos sexo sobre a minha moto.
Espantei os pensamentos, ele já deveria ter transado com metade da Espanha, enquanto eu, nem sai do maldito beijo ainda.
Às vezes, uma saída inesperada é tudo que a gente precisa para começar algo novo.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Ivanilda Santos
Autora, eu fiz um comentário na história da Martina sobre a história da Helena e quero corrigir. Eu entendi errado 🤣, eu li delegado kkk mas é Mateo Delgado. Desculpa aí tá?🤣🤣🤣
2025-08-10
2
bete 💗
interessante ❤️❤️❤️❤️❤️
2025-08-15
0
Valeska Santana
saudades dessa família
2025-08-09
1