Meu Ex Padrasto.

Meu Ex Padrasto.

Capítulo 1.

Para aqueles que não curtem romance proibido não leiam e nem comenta nada..não estou pedindo a ninguém para ler ou obrigando...Obrigada e beijos💋

     Boa leitura aqueles que gostam!!

......................................................

......................................................

Meu nome é Maria. Tenho 18 anos e acabei de enterrar a única pessoa que deveria ter me amado de verdade: minha mãe.

Mas o problema é que ela nunca me amou do jeito que eu precisava. Sempre fui um erro nos olhos dela, uma decepção ambulante.

Cresci dentro de uma casa grande, fria e silenciosa. A única coisa viva ali eram as plantas do jardim e as cobranças que me sufocavam.

Agora ela se foi. E quem sobrou comigo... é ele. Jones. O homem que um dia foi meu padrasto.

A gente nunca se entendeu.

Mas ultimamente, tem algo no jeito que ele me olha que me faz esquecer disso.

 Jones Sampaio

Sou Jones. Tenho 35 anos e um histórico de decisões ruins.

Me casei com Renata Duarte por impulso, talvez por orgulho, talvez por carência. Nunca amei aquela mulher de verdade. Ela era feita de aparência, status e veneno.

Mas a filha dela… Maria…

Eu evitei por anos me aproximar. Ela era uma adolescente fechada, silenciosa, e a mãe dela odiava quando eu tentava ser gentil.

Agora Renata se foi. E Maria está aqui. Sozinha.

Com olhos que parecem gritar por ajuda.

E eu… estou começando a escutar esse grito de um jeito que talvez eu não devesse.

 Emanuelle

Eu sou Emanuelle, mas todo mundo me chama de Manu. Tenho 18 anos e sou a melhor amiga da Maria desde que a gente se entendeu por gente.

Ela sempre foi diferente — calada, intensa, com uma tristeza que nem ela entendia.

Quando a mãe dela morreu, eu jurei que ia ficar por perto, porque eu sabia que o Jones ia ficar também.

Mas agora eu tô observando os dois. E tem alguma coisa errada ali. Ou certa demais, sei lá.

O problema é que quando duas pessoas quebradas se aproximam… elas podem se consertar.

Ou se destruir por completo.

.....................................................

 Jones..

O cemitério já estava quase vazio.

Os pés afundavam levemente na grama molhada enquanto os últimos parentes distantes se despediam com abraços que mais pareciam compromissos sociais do que afeto verdadeiro. Choro ensaiado. Palavras automáticas. "Meus sentimentos", "Qualquer coisa, é só chamar", "Ela era uma mulher incrível"… Incrível pra quem?

Renata era uma mulher dura. Fria. Bela, sim. Mas seu coração era um quarto trancado, onde ninguém entrava. Nem eu. Nem a própria filha.

Maria estava em silêncio o tempo todo. De pé, com os braços cruzados, o olhar distante. Usava um vestido preto simples, preso na cintura, os cachos caindo sobre os ombros como se estivessem cansados também. Ela não chorou. Não uma lágrima. Mas os olhos… estavam molhados de uma forma que só quem carrega a dor calada consegue entender.

Me aproximei devagar. Não por medo. Mas porque ela sempre pareceu um campo minado: um passo errado, e tudo explode.

Ela me viu, mas não disse nada.

— Podemos ir — falei baixo, quase num sussurro.

Ela assentiu. Pegou a pequena bolsa e me seguiu até o carro sem olhar pra trás.

O caminho até a casa foi calado. O rádio desligado. O barulho do mundo parecia alto demais. E o perfume dela no banco do carona... doce e amargo, como se misturasse infância e revolta.

Estacionei na garagem da casa onde morei por seis anos com Renata — e que agora parecia um mausoléu vivo.

Maria desceu sem esperar por mim.

Quando abri a porta da frente, ela já estava na sala, encarando o porta-retratos na estante.

Renata, sorrindo. Uma foto antiga. De quando ainda fingíamos ser felizes.

— Pode subir e descansar. Eu resolvo o resto aqui embaixo — disse, tirando o paletó e largando-o sobre a poltrona.

Maria virou o rosto pra mim. Pela primeira vez em dias, ela realmente olhou. E algo naquele olhar me prendeu.

— Por que você ainda está aqui?

A pergunta veio firme. Não era acusação. Nem curiosidade. Era dor. Um tipo de dor que eu conhecia bem.

— Porque eu prometi a mim mesmo que não deixaria você sozinha — respondi.

Ela soltou uma risada fraca, debochada. E então, por um segundo, o silêncio se fez confortável.

— Ela nunca te amou — disse.

— Eu sei — respondi sem hesitar.

— E eu… acho que também nunca amei ela — completou, desviando o olhar.

Não soube o que dizer. Talvez porque no fundo, eu sentia o mesmo.

Ela caminhou devagar até o sofá e se sentou. As pernas cruzadas, os olhos vidrados na lareira apagada. Parecia tão pequena naquele espaço gigante. Uma casa cheia de luxo… vazia de tudo que importa.

— Você vai embora amanhã? — ela perguntou.

— Não. Eu fico. Pelo menos até você estar bem.

— E se eu nunca ficar?

Essa frase me acertou como uma confissão. E o pior: parte de mim… queria que ela não ficasse bem.

Queria ter um motivo pra continuar ali.

Mas eu sou adulto. Tenho 35 anos. Ela tem 18. É filha da mulher que foi minha esposa.

Não posso pensar assim.

E mesmo assim, eu pensei.

Mais populares

Comments

Caroline Oliveira

Caroline Oliveira

Parece que vou gostar mas como gosto de ler livros já concluídos vou deixar salvo pra ler depois

2025-07-19

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!