Sem escapatória.

Melissa Dunbar, depois de confrontar Nicholas e revelar a dura verdade, pegou o bebê nos braços, sentindo o choro incessante que parecia ecoar sua própria angústia. Com rapidez, ela se trancou no quarto para se disfarçar — trocou de roupa, escondeu o rosto sob um capuz e óculos escuros, preparando-se para desaparecer sem deixar rastros. Tudo estava cuidadosamente planejado: passagens compradas, documentos falsificados e uma mala pronta para a viagem. Seu destino era o Japão, onde um homem poderoso e influente a aguardava para receber o bebê, a “peste” que não parava de chorar, e garantir sua proteção, embora o custo desse segredo fosse alto demais para Melissa suportar.

Melissa chegou apressada ao aeroporto, o bebê ainda chorando em seus braços, mas ao se aproximar da entrada percebeu que algo estava errado — faixas amarelas e agentes do FBI bloqueavam todas as saídas, cercando o terminal com um rigor que não deixava dúvidas: uma operação estava em andamento. O coração dela disparou, a sensação de que o plano cuidadosamente arquitetado estava desmoronando a atingiu como uma onda gelada. Agora, escapar não seria tão simples quanto imaginara, e o homem poderoso que a esperava no Japão podia estar mais longe do que nunca.

Melissa sentiu o desespero tomar conta quando viu o bloqueio do FBI, seu plano ruindo diante dos olhos. Com passos apressados, ela entrou no aeroporto e se dirigiu ao banheiro mais próximo, o choro do bebê ecoando em seus ouvidos como um peso insuportável. Sabendo que não poderia prosseguir daquele jeito, num momento de desespero extremo, ela tomou uma decisão cruel: cuidadosamente, colocou o bebê dentro da lixeira do banheiro, esperando que alguém o encontrasse e o salvasse. Sem olhar para trás, Melissa saiu rapidamente, misturando-se à multidão confusa do terminal, tentando apagar seu rastro enquanto o som distante de sirenes se aproximava.Melissa saiu do banheiro com o coração pesado, mas sabia que não podia hesitar. Com passos firmes, ela voltou para a área de embarque, ajustando o capuz e preparando-se para usar sua nova identidade — Milena Stastack. O bilhete para o voo ao Japão estava em suas mãos, pronto para levá-la longe dali. Enquanto o caos causado pelo bloqueio do FBI se espalhava pelo terminal, ela manteve o foco, determinada a embarcar antes que tudo desmoronasse completamente. Cada segundo contava, e Milena Stastack precisava desaparecer rápido demais para que alguém pudesse alcançá-la.Quando Melissa estava prestes a passar pelo portão de embarque, uma voz rouca e firme a fez congelar no lugar: — Domínik...

Seu coração disparou, o pânico tomou conta. Não podia ser ele, não agora, não aqui. Como ele a havia encontrado? Maldito. Ela sentiu o ar faltar, sabendo que, mais uma vez, seu passado a alcançava exatamente quando ela tentava escapar.Melissa virou-se rapidamente, buscando entre a multidão uma rota de fuga, apertando o capuz sobre o rosto e desviando o olhar, tentando se misturar aos passageiros apressados. Mas não importava o quanto tentasse desaparecer, Domínik a encontrou. De repente, uma mão firme agarrou seu braço com força, fazendo-a quase perder o equilíbrio. Seu olhar encontrou o dele, implacável e cheio de uma determinação que não permitia escapatória. — Não adianta tentar fugir, Melissa — ele sussurrou, como se já soubesse que essa caçada estava longe de acabar.

Domínik não perdeu tempo: com um gesto rápido, puxou algemas do bolso e prendeu firme os pulsos de Melissa, que tentou resistir, mas seu esforço era em vão diante daquela força implacável. Sem dar chance para protestos, ele a conduziu até a viatura estacionada próxima, abriu o porta-malas e, sem rodeios, a empurrou para dentro com força, fechando a tampa logo em seguida. No escuro apertado daquele compartimento, Melissa sentiu o peso da derrota, sabendo que aquela fuga tinha acabado — pelo menos por enquanto.No silêncio abafado do porta-malas, Melissa prendeu a respiração, as algemas pesando em seus pulsos enquanto uma onda de raiva fervia dentro dela. Mentalmente, ela amaldiçoou Domínik com cada fibra do seu ser — maldito homem que a caçava implacavelmente, que destruía qualquer tentativa de liberdade que ela ousasse ter. "Você vai se arrepender disso," ela pensou com firmeza, prometendo para si mesma que aquela derrota seria apenas o começo de uma guerra que ela jurava vencer.