No Limite:Entre o Amor e a Dor.
Sally chorava convulsivamente, o peito apertado pela dor mais profunda que já sentira, enquanto olhava nos olhos de Dominik, buscando qualquer sinal de esperança. "Dominik, eles... eles arrancaram o Mike dos meus braços! Meu bebê, tão pequeno, tão indefeso... Eu senti as mãos deles puxando ele de mim, e não consegui fazer nada, só gritar e implorar, mas não adiantou. Meu coração está despedaçado, não sei como vou aguentar isso. Precisamos encontrá-lo, preciso do meu filho de volta, agora, antes que algo pior aconteça!"
Dominik apertou Sally contra o peito, a voz firme apesar da angústia que sentia. "Eu prometo, Sally, vou encontrar o Mike, e também o Nicholas — ninguém vai tirar eles da nossa vida sem que eu lute até o fim. Não importa onde estejam ou o que estejam passando, eu não vou descansar até trazer nossos meninos de volta para casa, juntos, seguros. Estamos nessa juntos, e eu não vou deixar você enfrentar isso sozinha."
Sally caiu no choro, soluçando de desespero, enquanto Marta a envolvia num abraço apertado, tentando transmitir alguma força naquele momento sombrio. Entre lágrimas e suspiros trêmulos, Marta sussurrou com convicção: "Domínik vai encontrá-los, Sally. Ele não vai desistir, nunca. Nós vamos passar por isso juntas, e logo, logo vocês vão estar todos reunidos novamente." O calor daquele abraço era o único consolo que Sally conseguia sentir em meio à tempestade de medo e dor que consumia seu coração.
Enquanto se aconchegava no abraço de Marta, a mente de Sally se encheu de uma angústia ainda maior ao lembrar de Nicholas. Ela sabia que ele havia saído desesperado para procurar o Mike, e agora, pensar que também havia sido levado a fazia sentir uma dor insuportável. “Coitadinho do meu Nicholas… ele só queria proteger o irmão, e agora está perdido, como o Mike,” ela pensava, o coração apertado pela culpa e pelo medo de nunca mais vê-los. A imagem dos dois desaparecidos, inocentes e vulneráveis, martelava sua mente, tornando o desespero quase insuportável.
As lágrimas escorriam sem controle pelo rosto de Sally, cada soluço uma prova do medo que apertava seu peito. Ela não conseguia parar de imaginar o que Mike e Nicholas poderiam estar passando — se estavam com fome, assustados, machucados ou sozinhos naquele momento cruel. A dor de não saber, de ficar presa naquela angústia torturante, fazia seu corpo tremer enquanto ela se entregava ao choro, desesperada por um milagre que os trouxesse de volta em segurança.
O desespero de Sally crescia a cada segundo, como uma tempestade que se avoluma sem controle dentro dela. O coração batia acelerado, o peito doía como se fosse ser arrancado, e a sensação de impotência a consumia por completo. Ela se sentia perdida, sufocada pela angústia de não saber onde estavam Mike e Nicholas, e a cada novo soluço, a esperança parecia se afastar um pouco mais. O medo cravava suas garras profundas, deixando-a cada vez mais desesperada, como se o mundo inteiro desabasse ao seu redor.
O doutor Lee se aproximou com cautela, segurando um frasco de calmantes na mão, tentando acalmar Sally que já mal conseguia controlar a respiração. Ele falou com voz suave, mas firme: “Sally, tome isso, vai ajudar a acalmar um pouco.” Mesmo ao engolir a medicação, era evidente que o desespero dela não diminuía — seus olhos continuavam marejados, a voz trêmula e cheia de dor. “Meus filhinhos... onde eles estão? O que estão sentindo agora?”, ela sussurrava entre lágrimas, presa naquela angústia sufocante que nenhum remédio parecia conseguir tocar.No meio daquele turbilhão de emoções, Sally buscou um fio de esperança e tentou se apegar ao que ainda podia tocar: os irmãos gêmeos de Mike, Luke e Jack. Com a voz trêmula, quase um sussurro, ela pediu ao doutor Lee: “Por favor... me deixa ver o Luke e o Jack, só por um instante. Preciso sentir que eles estão bem, que ainda tenho algo para segurar, para tentar me acalmar um pouco.” Era um pedido desesperado, um pequeno refúgio naquele caos imenso, uma tentativa de encontrar forças para seguir lutando por Mike e Nicholas.O doutor Lee assentiu com gentileza e conduziu Sally pelo corredor silencioso até o berçário. Lá, em uma das incubadoras, estavam Luke e Jack, os gêmeos tão frágeis e pequenos, envoltos em um sono tranquilo que contrastava com o caos na mente de Sally. Ela os observou por alguns segundos, sentindo uma pontada de alívio ao ver seus rostinhos calmos, respirando suavemente. “Eles estão bem, Sally. Dormindo e seguros,” disse o doutor com um leve sorriso, tentando trazer um pouco de conforto para aquele momento tão difícil.
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Atualizado até capítulo 91
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