Rubí: Onde o Vermelho É Luxo e o Luxo É Pecado
Capitulo 01—
A manhã surgira tímida no campus da Universidade de São Paulo, com o céu acinzentado cobrindo as copas douradas das árvores. Era como se o universo anunciasse que algo silenciosamente poderoso estava por acontecer. No meio daquela paisagem quase melancólica, Rubi surgia como um cometa: cabelos loiros ondulados perfeitamente arrumados, blazer azul marinho sobre um vestido justo, saltos que ecoavam com elegância. Ela não passava despercebida. Nunca.
Maribel, sentada no banco em frente à biblioteca de arquitetura, avistou a amiga e abriu um sorriso puro, carregado de empolgação.
Maribel: — Bom dia, Rubi!
Rubi: — Bom dia, minha florzinha! — respondeu com voz suave, embora seus olhos claros não deixassem escapar o leve desconforto que sentia diante da felicidade da amiga. — Você está radiante hoje… Até parece que ganhou na loteria.
Maribel (rindo nervosa): — Quase isso… Eu conheci alguém.
Os olhos de Rubi brilharam com interesse.
Rubi: — Alguém? Quem? Onde? Como? Vai, me conta tudo agora!
Maribel: — Pela internet! Ele se chama Heitor, é arquiteto, tem o próprio escritório… e é filho do dono de uma das maiores incorporadoras de São Paulo.
Rubi congelou por um segundo.
Heitor. Arquiteto. Rico. Influente. Um nome que soava como destino.
Rubi (com sorriso forçado): — Nossa, amiga… Que sorte a sua! E ele já sabe… sobre a prótese?
Maribel (baixando os olhos): — Não… Ainda não. Queria contar pessoalmente, quando nos encontrarmos hoje.
Rubi (segurando a mão dela com falsa ternura): — Vai dar tudo certo. Vai ser… inesquecível.
(💭…principalmente pra mim.💭)
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Mais tarde, na casa de Maribel
O relógio marcava 19h35. Na sala, a mãe de Maribel ajustava o vestido da filha: um modelo azul claro, delicado e romântico. Ela havia optado por um modelo longo, que escondesse discretamente a prótese na perna. A maquiagem era leve. A ansiedade, imensa.
No topo da escada, Rubi surgia triunfante com um vestido vermelho justo ao corpo, decote profundo e perfume que deixava rastros no ar. O cabelo estava impecável. Como sempre. Ela desceu com passos calculadamente suaves, mas firmes — como se estivesse entrando em cena.
Maribel (sem esconder o incômodo): — Rubi… esse vestido… você não acha que está um pouco demais?
Rubi (sorrindo com ar inocente): — Ai, amiga! Eu só vim te apoiar. Não é como se fosse um encontro pra mim.
(💭Mas quem disse que ele vai ser seu?💭)
A campainha tocou às 20h em ponto.
Rubi (descendo as escadas, imponente): — Eu atendo!
Ela foi até a porta. Ao abrir, deu de cara com Heitor: alto, impecável, terno sob medida, barba bem feita e olhos de tempestade. Ele ficou paralisado por um instante, encarando aquela mulher de beleza hipnótica.
Heitor sentiu o ar faltar.
Rubi (sorridente): — Você só pode ser o famoso Heitor…
Heitor (ainda impactado): — Sim… Sou eu. E… você é?
Rubi (descendo um degrau a mais, com charme): — Rubi. Melhor amiga da Maribel. Ela já está vindo, me acompanha até a sala?
Heitor (hipnotizado): — Claro…
(💭Que mulher é essa?💭), ele pensou.
(💭Pelo olhar dele… o jogo já começou.💭), pensou Rubi.
Maribel surgiu logo depois, um pouco trêmula, mas sorridente. Ao ver Rubi ao lado de Heitor, seu coração acelerou.
Maribel (apertando a mão dele): — Oi… você veio!
Heitor (educado): — Claro. É um prazer finalmente te conhecer.
Rubi: — Bem… vou servir um vinho enquanto vocês conversam.
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Na sala de estar
Rubi voltou com duas taças. O momento parecia calmo demais. Ela então se aproximou de Maribel com um sorriso doce e, ao estender a taça…
Rubi (fingindo tropeçar): — Ai! Que desastre…
O vinho tinto caiu direto no colo de Maribel.
Maribel (sem graça): — Rubi! Meu vestido…
Rubi (ofegante): — Me desculpa, amiga! Eu sou tão atrapalhada…
Heitor: — Deixa que eu ajudo.
Ele se abaixou e pegou um pano para limpar o vinho. Foi então que o tecido da saia se moveu levemente… revelando o início da prótese.
Heitor (confuso): — Você… não me contou sobre isso.
Maribel (gaguejando): — Eu… eu ia contar. Só não sabia como…
Rubi (de canto, observando):
(💭E o vinho da inveja foi servido.💭)
Ele parecia digerir tudo ao mesmo tempo — o estranho “acidente” de Rubi, e, sobretudo, a descoberta inesperada sobre Maribel.
Meses depois…
Maribel e Heitor estavam noivos. A ferida da revelação cicatrizara, mas deixara marcas. Heitor dizia amá-la, mas algo entre eles nunca mais foi igual. E Rubi sabia disso. Ela se fazia presente. Sempre.
Noivos em jantares. Rubi se oferecendo para ajudar nos preparativos. Sorrisos cruzados. Toques quase imperceptíveis.
Heitor (olhando Rubi disfarçadamente):
(💭Essa mulher me tira o fôlego. E isso… me assusta.💭)
Rubi (retribuindo com um olhar sutil):
(💭Você ainda está lutando contra mim, mas não por muito tempo.💭)
Maribel, mesmo apaixonada, começou a sentir o incômodo da presença constante da amiga.
Mas Rubi era encantadora demais… até para desconfiar.
No silêncio do seu quarto, Rubi olhou-se no espelho.
Rubi (para si mesma): — Ele está quase… E quando estiver pronto, não será no altar que ela o terá.
(💭Será comigo. Em outro continente.💭)
E o plano já estava em curso.
🌹 Dossiê de Personagens – Novela Rubi
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👠 Rubi
• Nome completo: Rubi
• Idade: 23 anos
• Profissão: Estudante de Design de Interiores na Universidade de São Paulo
• Origem: Filha de costureira humilde, criada com poucos recursos e muitas ambições
• Aparência: Loira, cabelos ondulados, pele impecável, olhar penetrante e expressão confiante (imagem referencial recebida)
• Personalidade: Ambiciosa, manipuladora, estratégica e intensa.
• Ponto fraco: A sede por poder e reconhecimento — nunca acha que tem o suficiente.
• Segredos: Tem um caso com o noivo de sua melhor amiga. Planeja fugir para a Espanha com ele no dia do casamento.
• Relacionamentos:
• Melhor amiga (falsamente): Maribel
• Amante: Heitor
• Aliado e cúmplice: Loreto
• Relação conturbada: Cristina (irmã), Dona Rosário (mãe)
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Atualizado até capítulo 35
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