A primeira vacilação

Capítulo 2 –

O casamento se aproximava. Maribel, sonhadora como sempre, fazia questão de envolver Rubi em todos os detalhes. Era sua melhor amiga. Sua confidente. Sua sombra iluminada. Mal sabia ela que a sombra estava se transformando em eclipse.

Heitor, em uma tentativa de surpreender Maribel, decidiu presenteá-la com um vestido novo para a festa de noivado.

Ele ligou para Rubi no meio da tarde.

Heitor (ao telefone): — Rubi, preciso de ajuda. Quero comprar um vestido especial para a Maribel. Você conhece o gosto dela melhor do que ninguém…

Rubi (com voz sedosa): — Claro, Heitor. Vai ser um prazer. Me encontra no shopping às quatro?

Heitor: — Estarei lá.

No provador – shopping Jardins

Rubi surgiu com um vestido justo preto, salto agulha e um batom cor de vinho. Estava irresistível. Na loja, separou três opções para Maribel.

Rubi: — Essas aqui são delicadas… Mas essa última… é ousada. Você acha que a Maribel tem coragem de usar algo assim?

Heitor (olhando o vestido mais justo): — Acho que não. Mas gosto do corte…

Rubi (encarando-o com um sorriso insinuante): — Quer ver como ele veste num corpo parecido? Eu posso provar.

Ele hesitou. Ela não.

Entrou no provador e, discretamente, deixou a cortina levemente aberta. Heitor, distraído olhando o celular, foi capturado por um reflexo no espelho lateral. Paralisou.

Heitor (pensamento):

(Ela sabe o que está fazendo… E está fazendo por mim…)

Rubi virou-se com delicadeza, como se não soubesse estar sendo observada, deixando o vestido escorregar por seu corpo lentamente.

Heitor desviou o olhar… depois voltou.

O desejo crescia como fogo mal contido.

Rubi saiu do provador, os cabelos soltos, a respiração sutilmente acelerada.

Rubi (encarando-o): — E então… Aprovado?

Heitor (com a voz rouca): — Está… perfeito.

No salão de Loreto – Vila Madalena

No dia seguinte, Rubi foi ao salão do seu amigo mais fiel: Loreto, cabeleireiro e fofoqueiro de elite.

Loreto: — Menina, você veio iluminar meu salão hoje, hein? O que tá tramando agora?

Rubi (rindo): — Nada demais, só quero estar perfeita pro noivado da minha melhor amiga…

Loreto (arqueando a sobrancelha): — Ah. A Maribel… Aquela doce florzinha. E o noivo dela… Um pão.

Rubi: — Aliás, me fala mais sobre ele. Quero impressioná-lo com uma surpresa no noivado.

Loreto (animado): — Heitor? Fácil. Ele adora uísque single malt, ouve jazz no fim de semana, joga tênis, faz trilhas e AMA comida tailandesa. Azul-marinho é a cor preferida dele, sabia? E vive indo na boate Lust, no Itaim. Todo sábado ele tá lá com os amigos de infância, se afogando em tequila e pecados.

Rubi (com sorriso triunfante): — Pecados… Hm. Adorei.

Algumas semanas depois – Balada Lust

Era sábado. O som pulsava na boate Lust. A luz baixa, as pessoas dançando. Rubi surgiu como uma miragem: vestido dourado, costas nuas, salto matador. Heitor a viu primeiro de longe… depois bem perto.

Heitor (bêbado, surpreso): — Rubi? O que você tá fazendo aqui?

Rubi (com sorriso sedutor): — Saudade da pista, ué. Você vem sempre?

Heitor (rindo, com os olhos em chamas): — Sempre. Mas nunca esbarrei em você… com essa roupa.

Rubi (aproximando-se, roçando o dedo no colarinho dele): — É porque agora… você começou a me ver diferente.

Ele a puxou para dançar. As mãos escorregaram pela cintura, os olhos grudados. O álcool, o perfume, o corpo. Tudo era excesso.

Rubi sussurrou no ouvido dele: — Vem comigo?

Ele não respondeu. Apenas a seguiu.

Motel – Suíte Diamante

O ambiente era escuro e perfumado. Lençóis brancos, espelho no teto, taça de vinho esquecida na mesa.

Rubi tirou o salto devagar, como num ritual.

Heitor a encarava em silêncio, perdido.

Rubi (caminhando até ele, suave): — Não precisa falar nada.

A química era bruta. O beijo foi urgente, os corpos se buscaram com fome. Os lençóis se desfizeram com facilidade. Ela montava o próprio destino ali, entre sussurros e promessas que jamais seriam cumpridas.

Foi intenso. Foi proibido. Foi o começo do fim.

Manhã Seguinte – Suíte Diamante

O sol invadia o quarto em listras douradas. O lençol amassado denunciava a noite que fora tudo, menos tranquila. Heitor despertou primeiro, o peito nu suando leve, o olhar perdido entre a culpa e o vício.

Rubi, com o corpo coberto até a metade, dormia de lado, os cabelos caídos sobre o travesseiro como seda derramada. Os lábios entreabertos, a respiração tranquila, o perfume dela — ainda impregnado nos lençóis — fazia o quarto parecer um altar profano.

Heitor (pensamento, aflito):

(O que eu fiz? A Maribel… Isso não pode estar acontecendo. Mas meu corpo… meu corpo ainda queima por ela.)

Rubi (sem abrir os olhos, com a voz rouca e doce): — Bom dia, arquiteto… Está fugindo de mim ou de você?

Heitor (tentando se recompor): — Isso… Isso foi um erro. A gente passou do limite. Eu… não devia ter feito isso.

Rubi (estica-se lentamente, roçando os dedos nas costas dele): — Não fala como se fosse um criminoso, Heitor… Você não me forçou, e eu não implorei. Aconteceu. E foi… delicioso.

Heitor (olhando para ela, confuso, encantado, perturbado): — A Maribel… ela é boa demais. Ela confia em mim. Em nós.

Rubi (levantando-se devagar, deixando o lençol escorregar até a curva da cintura): — E ela continuará confiando. Porque eu não sou burra, Heitor. Não vou contar. E você também não.

Heitor (engolindo seco, fascinado pela imagem à sua frente): — Isso… não pode acontecer de novo.

Rubi (caminha até ele, se senta no colo, só de calcinha): — Claro que não. A não ser… que aconteça.

(sussurrando no ouvido dele) — Você ainda me quer, arquiteto? Porque eu… já estou te querendo de novo.

Ele não resistiu.

Manhã Seguinte – Suíte Diamante

O sol invadia o quarto em listras douradas. O lençol amassado denunciava a noite que fora tudo, menos tranquila. Heitor despertou primeiro, o peito nu suando leve, o olhar perdido entre a culpa e o vício.

Rubi, com o corpo coberto até a metade, dormia de lado, os cabelos caídos sobre o travesseiro como seda derramada. Os lábios entreabertos, a respiração tranquila, o perfume dela — ainda impregnado nos lençóis — fazia o quarto parecer um altar profano.

Heitor (pensamento, aflito):

(O que eu fiz? A Maribel… Isso não pode estar acontecendo. Mas meu corpo… meu corpo ainda queima por ela.)

Rubi (sem abrir os olhos, com a voz rouca e doce): — Bom dia, arquiteto… Está fugindo de mim ou de você?

Heitor (tentando se recompor): — Isso… Isso foi um erro. A gente passou do limite. Eu… não devia ter feito isso.

Rubi (estica-se lentamente, roçando os dedos nas costas dele): — Não fala como se fosse um criminoso, Heitor… Você não me forçou, e eu não implorei. Aconteceu. E foi… delicioso.

Heitor (olhando para ela, confuso, encantado, perturbado): — A Maribel… ela é boa demais. Ela confia em mim. Em nós.

Rubi (levantando-se devagar, deixando o lençol escorregar até a curva da cintura): — E ela continuará confiando. Porque eu não sou burra, Heitor. Não vou contar. E você também não.

Heitor (engolindo seco, fascinado pela imagem à sua frente): — Isso… não pode acontecer de novo.

Rubi (caminha até ele, se senta no colo, só de calcinha): — Claro que não. A não ser… que aconteça.

(sussurrando no ouvido dele) — Você ainda me quer, arquiteto? Porque eu… já estou te querendo de novo.

Ele não resistiu.

Encontro 2 – Escritório de Heitor

Duas semanas depois.

Era quase noite. A cidade começava a brilhar pelas janelas do 20º andar do edifício onde ficava o escritório de Heitor. Rubi chegou sem avisar — salto fino, vestido preto com fenda até a coxa e batom vermelho como sangue fresco.

Heitor (surpreso): — Rubi? O que você tá fazendo aqui?

Rubi (sentando-se sobre a mesa de mármore): — Te devolvendo uma maquete que ficou na minha casa depois daquela noite… lembra?

Ela tirou a caixa da bolsa. Mas dentro havia apenas uma garrafinha de uísque, dois copos e um bilhete: “Para repetir o erro, com gosto.”

Heitor (sorrindo apesar de si mesmo): — Você é impossível.

Rubi (cruzando as pernas lentamente): — E você é previsível. Tranca a porta, Heitor. Eu vim pra ser tua distração de fim de expediente.

Ele hesitou por meio segundo.

Depois, trancou a porta.

Foram beijos vorazes contra a parede de vidro com vista para a cidade, mãos impacientes, desejos engavetados explodindo como se o tempo fosse limitado. Os papéis voaram da mesa. A gravata foi arrancada. O mundo inteiro ficou em silêncio — exceto os dois.

Encontro 3 – Noivo e amante

Era a véspera da reunião final do casamento. Maribel estava em casa, preparando lembrancinhas. Rubi estava… em um hotel, no centro da cidade, com Heitor.

Ela vestia apenas um robe de seda cor champanhe e uma taça de vinho branco na mão. Sentada sobre o carpete felpudo, esperava ele sair do banho.

Heitor (saindo do banheiro, de toalha): — Isso não faz sentido, Rubi…

Rubi (olhando-o de cima a baixo): — A única coisa que não faz sentido é como você resistiu tanto tempo.

(pausa, se levantando e caminhando até ele) — Eu posso ser tua amante em silêncio. Te dar o que ela nunca vai conseguir. Ousadia. Fome. Desejo. Posse.

Heitor: — E o que você quer com isso?

Rubi (encostando os lábios no pescoço dele): — Tudo. Mas por enquanto, só você… nu… e embaixo de mim.

A partir dessa noite, Rubi se tornou mais do que um erro. Ela era um vício. E Heitor… já não era mais dono de si.

Enquanto Maribel sonhava com o véu e o buquê, Rubi preparava o salto que destruiria o altar.

💍 Heitor Monteiro

• Nome completo: Heitor Ferraz

• Idade: 30 anos

• Profissão: Arquiteto renomado, dono de um escritório próprio

• Origem: Filho de família rica e influente em São Paulo

• Aparência: Moreno, barba bem feita, olhar intenso e presença elegante

• Personalidade: Carinhoso e íntegro à primeira vista, mas ao se envolver com Rubi, torna-se obsessivo, possessivo e emocionalmente volátil

• Ponto fraco: O desejo incontrolável por Rubi

• Segredos: Mantém um relacionamento com Maribel enquanto trai com Rubi e organiza uma fuga para a Espanha

• Relacionamentos:

• Noiva: Maribel

• Amante: Rubi

• Motorista e confidente: Caetano

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