"A Realidade de um Sonho "

"A Realidade de um Sonho "

Capítulo 1: A Promessa da Madrugada

O despertador tocou, um ruído estridente que parecia profanar a melodia suave que ainda ecoava em seus ouvidos. Anne abriu os olhos, mas a imagem que preenchia sua mente era a dele: o sorriso, o olhar que a fazia sentir como se fosse a única mulher no universo. O coração estava acelerado, batendo um ritmo de saudade e incredulidade, uma sinfonia particular que só ela conseguia ouvir.

Era como se o ar do quarto ainda estivesse impregnado com a fragrância dele, uma mistura de carinho e algo indomável, um perfume que desafiava a lógica, mas que seus sentidos ansiavam. Tentou esticar a mão, como se pudesse tocá-lo, mas encontrou apenas o vazio do lençol frio, uma realidade que a atingiu como uma onda gelada. A frustração a dominou. Ela queria voltar a dormir, queria desesperadamente ter a continuação do sonho, mergulhar novamente naquele universo onde ele era tão real, tão louco por ela.

Porque ele não apenas a olhava com devoção. Ele a acariciava, seus dedos traçando caminhos suaves em sua pele clara, e falava palavras tão agradáveis, tão cheias de promessas não ditas, que a alma dela parecia vibrar em sintonia. A simples companhia dele a fazia muito bem, preenchendo um vazio que ela nem sabia que existia. Era uma paz, uma alegria, uma sensação de pertencimento que transcenderam o sono, deixando uma marca profunda em sua vigília.

E quando finalmente a consciência da manhã se impôs, e o calor da lembrança começou a se afastar, um pensamento cristalino e potente se formou em sua mente: aquilo não era apenas um sonho. Era um sinal. Um sinal do universo, sussurrando que em algum lugar, alguém assim existia, e talvez, estivesse esperando por ela. Ele era Israel Nery, ou Rael, como ela já o chamava em sua mente, mesmo sem saber seu nome completo.

Anne se levantou da cama, não com a pressa habitual da rotina de uma estudante, mas com uma calma recém-descoberta. Não havia necessidade de correr, de procurar desesperadamente por algo que o destino já estava costurando. Se era um sinal, então o universo faria sua parte. Tudo o que ela precisava fazer era estar aberta, estar presente, e confiar que, no momento certo, os caminhos deles se cruzariam.

Enquanto preparava seu café, um sorriso pequeno e esperançoso brincava em seus lábios. O mundo lá fora parecia ter ganhado um novo brilho, uma expectativa sutil. Normalmente, sua manhã era uma corrida contra o tempo, uma sequência automática de tarefas. Mas hoje, cada movimento era mais consciente. A música na rádio parecia ter uma letra mais significativa, o cheiro do café estava mais intenso, e a luz do sol que entrava pela janela de seu apartamento em Sorocaba parecia mais dourada.

No caminho para a universidade, ela se viu prestando atenção aos detalhes que antes passavam despercebidos. As cores vibrantes dos grafites nos muros da cidade, o som distante da feira livre, o burburinho das pessoas nas calçadas. Seus olhos castanhos escuros, antes focados apenas no seu destino, agora passeavam pelos rostos, observando com uma curiosidade gentil. Cada homem que passava, ela notava um traço – o corte de cabelo, a forma de andar, um sorriso rápido. Não era uma busca ansiosa, mas uma observação serena, como se soubesse que, quando fosse a hora, ela simplesmente saberia.

Ela se pegou imaginando a vida dele. O que Rael faria? Onde ele estaria agora, neste mesmo instante? Sendo um CEO na cidade a trabalho, sua rotina deveria ser bem diferente da dela. Era possível que ele também estivesse sentindo uma conexão inexplicável, um pressentimento? A ideia de que ele poderia estar a uma fila de distância, ou cruzando a mesma rua, ou até mesmo no mesmo café que ela, trouxe um calor reconfortante ao seu peito. Seus cabelos castanhos, com um leve ondulado, balançavam suavemente enquanto ela caminhava, absorta em seus pensamentos.

Após as primeiras horas de aula, que se arrastaram um pouco mais que o normal com sua mente divagando, ela lembrou-se que precisava resolver algo urgente no cartório, algo que havia adiado por dias. Respirou fundo. Era uma tarefa burocrática e chata, mas hoje, talvez, não fosse apenas isso. Poderia ser um cenário, um palco preparado.

Ela pegou sua bolsa e saiu da universidade, caminhando pelas ruas movimentadas de Sorocaba com uma leveza diferente. O sol do meio-dia brilhava, e o ar quente da cidade parecia carregar uma promessa silenciosa. Ao se aproximar do prédio do cartório, com a fila já visível do lado de fora, uma pontada de ansiedade misturada com excitação vibrou em seu peito. Seria ali? Seria agora?

A burocracia do cartório, surpreendentemente, foi mais rápida do que o esperado. Ela saiu do prédio, a cabeça leve, ainda sentindo a estranha euforia do sonho. Olhou ao redor para chamar um táxi, e para sua sorte, um deles acabava de parar alguns metros à frente, deixando um passageiro. Caminhou apressadamente, erguendo a mão.

No exato momento em que ela se preparava para abrir a porta traseira, uma voz masculina, suave e profunda, soou ao seu lado.

"Moça, desculpe, mas eu já pedi este táxi."

Anne se virou, e o mundo pareceu desacelerar. Ali estava ele. Não era uma cópia exata do sonho, a imagem onírica tendia a ser mais etérea, mas a essência... ah, a essência era inegável. Ele tinha os cabelos lisos, um pouco compridos, caindo de forma natural, e uma barba por fazer elegante que moldava o rosto. Os olhos, embora agora percebesse que eram castanhos claros, tinham a mesma profundidade e o mesmo brilho que a haviam capturado no sonho. E o sorriso que se abria lentamente, era o mesmo que a havia encantado horas antes. Era Rael.

Por um breve instante, ela esqueceu a frase que ele havia dito. O táxi, a rua movimentada, o sol forte – tudo desapareceu. Apenas os dois, no meio de Sorocaba, sob a mesma luz, com a mesma centelha de reconhecimento faíscando entre eles. A voz dele, tão gentil, era música aos seus ouvidos, e quando ele fez um pequeno gesto com as mãos, ela notou como eram fortes, com dedos longos e bem desenhados.

Ela sentiu o coração disparar novamente, mas desta vez, não era pela saudade do sonho, mas pela realidade que se desdobrava diante dela. "Ah... desculpe", ela conseguiu murmurar, a voz um pouco embargada pela surpresa. "Eu... eu achei que estava livre."

Ele riu, um som grave e agradável, exatamente como no sonho. "Sem problemas. Acontece. Você vai para onde? Talvez possamos rachar a corrida se for no mesmo sentido?"

Um nó se formou na garganta dela. Era a chance, o universo estava entregando! Mas a razão se impôs à emoção. "Ah, muito obrigada pela gentileza", ela respondeu, tentando parecer casual, enquanto por dentro sentia uma pontada de frustração. "Mas eu estou indo para o caminho oposto. Não daria certo."

Ele assentiu, um pequeno desapontamento passando por seus olhos antes de dar um sorriso compreensivo. "Que pena. Bom, sem problemas então. Bom dia para você."

"Para você também!", ela respondeu, sentindo o peso de cada sílaba. Ele acenou brevemente e entrou no táxi, que arrancou, misturando-se rapidamente ao tráfego de Sorocaba.

Anne ficou ali parada, por um instante, sentindo um vazio inesperado. Uma sensação triste apertou o peito por não querer perder a sua companhia, por ter deixado ir, ainda que por um motivo lógico, a primeira manifestação real do seu sonho. O "sinal do universo" havia aparecido, sim, mas havia escapado tão rápido quanto veio. Ela respirou fundo, tentando afastar a pontada de desilusão. "É o universo testando minha fé", pensou, ou talvez, apenas adiando o inevitável. Ela só esperava que não demorasse muito para o próximo "sinal" aparecer.

Sem opção, ela chamou outro táxi, com a mente ainda a mil. O rosto dele, os olhos castanhos, a voz gentil, a forma como ele sorriu – tudo se repetia em sua memória, como um filme em looping. A conversa de poucos segundos tinha sido superficial, mas para ela, carregava o peso de um encontro predeterminado. Cada detalhe que ela notou nele só reforçava a convicção de que ele era a pessoa do sonho, o homem que o universo lhe prometera.

Enquanto o táxi seguia, as ruas de Sorocaba pareciam um borrão. Ela não conseguia se concentrar nos estudos, nas mensagens do celular, em nada além daquele encontro fugaz. Era como se, de repente, o mundo estivesse dividido em "antes dele" e "depois dele". Aquele pequeno vislumbre havia reacendido a chama da expectativa de uma forma avassaladora. Agora, mais do que nunca, ela se sentia imersa na espera, a cada instante se perguntando quando e como o universo daria o próximo passo para uni-los.

Dias se arrastaram, cheios de uma expectativa velada. Cada dia era uma caça silenciosa por mais um "sinal", mas a rotina teimava em não apresentar mais táxis disputados. Naquela sexta-feira, Anne decidiu que precisava de um respiro, uma dose de música e distração. Combinou com as amigas de ir a um bar de música ao vivo, um dos seus preferidos em Sorocaba, conhecido pelo jazz e blues que preenchiam o ambiente.

O lugar estava lotado, o ar denso com a energia da música e as conversas animadas. Ela se espremeu pela multidão, precisando ir ao banheiro. Após se aliviar, abriu a porta para voltar ao salão, e no mesmo instante, alguém fazia o movimento contrário para entrar.

Eles se chocaram. Não foi um impacto forte, apenas o suficiente para que ela perdesse o equilíbrio por um segundo. Um braço forte a amparou pela cintura, impedindo-a de cair. Seus olhos se ergueram, e no meio da penumbra do corredor iluminado apenas pela luz tênue do bar, ela viu: os olhos castanhos claros, os cabelos lisos um pouco mais desgrenhados, a barba por fazer... era ele. Era Rael.

O coração, que já estava acostumado a acelerar por ele, deu um salto ainda maior. Um sorriso surpreso e inebriante surgiu nos lábios dele, e a voz gentil, inconfundível, preencheu o pequeno espaço entre eles, mesmo em meio ao som abafado da música.

"De novo?", ele disse, a surpresa genuína misturada com um divertido reconhecimento. Ele soltou a cintura dela, mas os olhos não a abandonavam. "Eu... eu acho que a gente precisa conversar", ele continuou, a voz suave, mas com uma convicção que arrepiou a pele dela. "Porque, sabe, acho que é coisa do destino te encontrar de novo assim."

Aquelas palavras. "Coisa do destino." O ar se tornou rarefeito, o barulho da banda distante. O riso nervoso e feliz escapou dela, uma mistura de surpresa, alívio e a doce confirmação de que sua intuição não a enganava. Seu coração dançava no peito. "Eu... eu concordo", ela conseguiu responder, a voz um sussurro embargado pela emoção, os olhos fixos nos dele, uma vertigem agradável tomando conta de si.

Ele sorriu de volta, um sorriso que prometia mais do que mil palavras. "Que bom que você concorda", ele disse, inclinando a cabeça na direção oposta ao banheiro. "Vamos sair desse engarrafamento. Tem uma mesa ali perto do palco que acabou de vagar."

Ele gesticulou, e ela, sem pensar duas vezes, seguiu-o, sentindo o calor da mão dele em suas costas, guiando-a suavemente pela multidão. Cada passo era uma confirmação, cada nota da música ao vivo no bar de Sorocaba parecia uma trilha sonora perfeitamente orquestrada para aquele momento.

Eles se acomodaram em uma pequena mesa redonda, estrategicamente posicionada para que pudessem conversar sem gritar por cima da música, mas ainda sentir a energia do lugar. O garçom se aproximou, e eles pediram bebidas. O silêncio, por um instante, foi preenchido pela expectativa mútua.

"Então...", Rael começou, os olhos castanhos claros brilhando com um misto de curiosidade e diversão. "É a segunda vez que a gente se esbarra de um jeito... peculiar."

Anne riu, um riso leve e descontraído. "Peculiar é um bom jeito de colocar. Eu sou Anne, a desastrada do táxi e da porta do banheiro."

Ele sorriu, o charme transbordando. "Prazer, Anne. Eu sou o Israel Nery, mas pode me chamar de Rael. O cara que roubou seu táxi e te salvou de uma queda. E, para ser justo, acho que essa última foi um pouco minha culpa. Desculpe." A voz dele era exatamente como no sonho, cheia de uma gentileza que a envolvia.

"Rael...", ela repetiu, saboreando o nome. "Não, tudo bem. E, na verdade, eu até que agradeci pelo primeiro 'roubo'. Se não fosse por isso, talvez não tivesse tido essa segunda chance." Ela o olhou, a coragem vindo do "sinal" que ela sentia. "E você estava certo. É... é meio coisa do destino."

Rael inclinou a cabeça, os olhos fixos nos dela. "Eu senti algo parecido. Aquele dia no táxi, depois que você foi embora, fiquei pensando... 'aquela moça era diferente'. E hoje, te encontrar aqui... em um lugar tão aleatório para o nosso tipo de 'reencontro'..." Ele fez uma pausa, o sorriso se aprofundando. "Você acredita nessas coisas?"

Anne hesitou por um segundo, decidindo o quanto revelaria do seu mundo interior. Mas algo na forma como ele a olhava, com uma honestidade tão transparente, a fez sentir que podia. "Eu... eu tenho meus motivos para acreditar", ela disse, a voz mais baixa, quase um segredo. "Digamos que foi mais do que apenas uma coincidência para mim."

O garçom trouxe as bebidas, e o breve intervalo permitiu que ela respirasse. Rael a olhava, esperando, com uma curiosidade genuína, não invasiva.

"Quer dizer que... você também teve um pressentimento?", ele perguntou, a voz abaixada para que a música não atrapalhasse. "Ou talvez... um sonho?" Ele piscou, um brilho de desafio divertido nos olhos.

Anne sentiu o rosto corar, mas um sorriso largo se abriu. "Exatamente. Um sonho. E ele era tão real... que eu passei os últimos dias esperando por um novo sinal."

Rael piscou, absorvendo a informação. A surpresa em seu rosto deu lugar a uma expressão de profunda contemplação, quase um choque. Ele parecia estar processando algo grande, algo que o atingia no fundo. "Um sonho?", ele repetiu, a voz mais baixa, quase incrédula, mas com um brilho de fascínio nos olhos. "É... inacreditável. Porque... eu também tive um sonho. Não exatamente de você, mas... de uma sensação. Uma sensação de que algo importante estava prestes a acontecer, e que eu encontraria alguém que... mudaria tudo."

Os olhos de Anne se arregalaram. Era mais do que ela esperava. A confirmação de que ele também sentia algo, de uma forma tão profunda, era avassaladora. "Sério?", ela mal conseguiu perguntar, a voz quase inaudível por causa da emoção e da música.

Rael assentiu, sério agora, a diversão sumindo para dar lugar a uma intensidade que ela reconheceu do seu próprio sonho. "Sim. É estranho, eu sei. Mas desde o dia que a gente quase pegou o mesmo táxi, essa sensação se intensificou. Como se eu tivesse deixado escapar algo muito importante e agora o universo estava me dando outra chance." Ele fez um gesto com a mão forte, como se estivesse tentando capturar a intangibilidade daquela ideia. "Eu não sou de acreditar nessas coisas, mas com você... com a gente... é diferente."

Eles se perderam na conversa, o tempo derretendo sob a luz suave do bar e o ritmo contagiante da banda. Descobriram interesses em comum em lugares inesperados: ambos adoravam jazz, tinham uma paixão por livros antigos, e dividiam um senso de humor peculiar. Rael, o CEO que estava em Sorocaba a trabalho, falava sobre os desafios de sua área, e Anne sobre suas paixões como estudante. Cada palavra trocada, cada risada compartilhada, aprofundava a sensação de que não estavam apenas se conhecendo, mas se reencontrando. Rael a ouvia com uma atenção genuína, seus olhos castanhos claros fixos nela, e quando ele falava, ela se via completamente absorvida, exatamente como acontecia no sonho, onde a companhia dele a fazia tão bem. Aquele era o homem do sonho, se materializando, não só em aparência, mas em essência, em conexão, em alma.

As horas voaram sem que percebessem. Quando a banda anunciou a última música, eles se olharam, surpresos que a noite já havia chegado ao fim. O bar começava a esvaziar, e o ar da madrugada em Sorocaba já se mostrava mais fresco do lado de fora.

"Bem...", Rael começou, um sorriso um pouco hesitante, mas cheio de expectativa. "Parece que o universo deu o seu recado, e a gente não tem mais desculpa para não... continuar conversando." Ele estendeu a mão, não para um aperto formal, mas para pegar a dela, as mãos fortes se encaixando perfeitamente.

Anne sentiu um calor agradável irradiar pelo braço. "É, parece que não", ela respondeu, o coração batendo um ritmo feliz. "Foi... foi incrível, Rael."

"Foi mais que incrível, Anne", ele corrigiu, o polegar dele acariciando levemente as costas da mão dela. "Foi... um presente. Eu queria muito que isso não parasse por aqui." Ele tirou o celular do bolso com a mão livre. "Você me dá seu número? Para que o destino não precise trabalhar tanto na próxima vez?"

Um sorriso enorme se abriu no rosto dela. Era exatamente o que ela esperava, o que ela precisava. "Claro que dou!" Ela pegou o celular dele, discou o próprio número e o salvou. "E você me chama, por favor."

"Pode ter certeza que sim", ele prometeu, os olhos fixos nos dela, a intensidade daquele olhar do sonho mais presente do que nunca. "Na verdade, que tal amanhã à tarde? Um café, ou talvez um sorvete... algo menos caótico que um bar de jazz."

"Adoraria!", ela respondeu, a voz transbordando de alegria. "Qualquer coisa com você, Rael."

Ele a acompanhou até onde as amigas dela esperavam, trocando um último olhar significativo antes de se despedirem com a promessa tácita de um futuro.

O táxi de volta para casa parecia flutuar pelas ruas adormecidas de Sorocaba. Anne recostou a cabeça no banco, um sorriso bobo, mas genuíno, colado ao rosto. Não conseguia parar de pensar nele. A cada minuto daquela noite no bar, a cada palavra trocada, a sensação do sonho original só se intensificava, se misturando com a deliciosa realidade. Ele não apenas era charmoso, com os olhos castanhos claros e a voz gentil, mas ele a entendia, ou pelo menos, estava aberto a entender a loucura daquela conexão.

As mãos fortes dele, a forma como ele a amparou, o sorriso que desarmava, as palavras sobre o destino... tudo se repetia em sua mente, um eco doce e constante. Aquele homem do sonho, que parecia tão distante e irreal ao acordar, agora tinha nome, voz, e um encontro marcado para o dia seguinte. A tristeza de mais cedo, por ter "perdido" a chance no táxi, havia se transformado em uma gratidão imensa por aquele desvio, que a levou a um reencontro ainda mais mágico.

Ela chegou em casa, os pés no chão, mas a cabeça nas nuvens. O sonho não era mais apenas um sonho. Era o prefácio, o primeiro capítulo de uma história que, ela sentia com cada fibra do seu ser, estava apenas começando a ser escrita pelo universo. Adormeceu com o telefone firmemente segurado na mão, esperando ansiosamente a mensagem de bom dia de Rael.

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