NOVO INIMIGO: PASSADO.
...Ryuk...
Me encontrava ainda andando pela vila, passava em meio a uma feira onde vendia todo tipo de coisas.
As pessoas me olhavam e juntavam as mãos em sinal de respeito. O tempo continuava frio, mas era fato que o sol logo se colocaria no horizonte fazendo-se assim a noite. Minha mente era perturbada, ou seja, bombardeada por memórias recentes do meu encontro com o Junior Hayato. Por algum motivo ele tinha chamado minha atenção.
Olhei para o céu e logo para frente com preguiça.
De longe uma imagem se vez diante de meus olhos, era o cultivador demoníaco que preenchia meus pensamentos.
Seria destino ou coincidência? Ou só o universo rindo da minha cara?
Corri e me escondi atrás de uma barraca de legumes para que ele não me visse, e no mesmo instante avistei uma criança que me observava.
Ela olhou para Junior e sorriu de modo maligno.
- Não ouse. - Ameacei e percebi que ela estava pronta para avisar Hayato, então a puxei pelas vestes e segurei sua boca. - Shiiii, quieto.
Continuei a olhar o que estava ocorrendo. O mesmo andava ao lado de um jovem, pelas suas vestes ele era do clã imortal. Seus cabelos avermelhados que chegavam em sua cintura, ele tinha um corpo atlético e forte. Seus olhos eram negros o que se destacava sobre sua aparência. Roupas arroxeadas presas em um cinto negro que tinha um emblema de nosso Deus chamado "Caos".
Muitos pensamentos rodeavam minha cabeça. Quem era aquele? Hayato parecia apreensivo perto dele, mas minha intuição dizia que havia algo mais. Talvez ele estivesse devendo dinheiro. Eu devia investigar.
Hayato caminhou seguindo por uma trilha que levava à floresta. Aquilo era suspeito. Eu precisava saber o que estava por acontecer. Era tudo por um bem maior. Ou talvez eu só fosse curioso mesmo.
- Haaaa! - Gritou uma mulher ao avistar a criança em meus braços. - Molestador! - Berrou ela, fazendo-me soltar a criança e correr para a trilha, sendo agredido por cidadãos. Um tomate voou, seguido por uma cenoura e, incrivelmente um nabo acertou em minha nuca. Eles eram bons de mira!
- É tudo por um bem maior!- gritei tentando evitar os legumes voadores. Se isso não fosse tão ridículo, poderia até ser um dia normal.
...{...}...
Comecei a segui-los lentamente, tentando não fazer barulho nas folhas secas e nos galhos das árvores. A caminhada não demorou muito, pois logo chegaram a uma casinha mal cuidada. Ela era feita de madeira velha e suas janelas estavam cobertas com tábuas bem pregadas. Rapidamente me posicionei em uma das janelas e encostei meu ouvido para tentar ouvir.
- O que você quer? - perguntou o moreno arrogantemente. - Você sabe que é proibido encontros entre os clãs.
A janela estava bloqueada com algumas madeiras, mas por uma pequena brecha consegui vê-los.
- Eu sei uma coisa sobre você - disse o ruivo, colocando a mão em sua própria cintura. - Você é mais poderoso que os outros, e esse é o motivo de você não mostrar suas asas. - Ele afirmou, e ouvi um resmungo vindo do Junior demoníaco. - Você é um demônio, mas também é um anjo, não é? - disse o ruivo com um sorriso convencido.
- O que você quer de mim? - perguntou Hayato, provavelmente com medo da resposta.
O jovem imortal deu um sorriso, se divertindo ao ver a ansiedade de Hayato tentando resolver a situação.
- Nossa, me sinto ofendido, passarinho. Por que eu iria querer alguma coisa? - Questionou ele com a mão no peito em forma de drama.
- Se você não quisesse algo, não estaria me tirando a paz - rebateu Hayato, virando de costas e cruzando os braços. - Vamos, diga logo.
- Tem razão... Você não sabe, mas eu te observo há muito tempo e quero algo em troca do meu silêncio - falou ele, se aproximando lentamente, a sombra de seu corpo crescendo e cobrindo Hayato, a ameaça velada em seus olhos brilhando com uma malícia sombria.
O ambiente parecia congelar, o vento parou de soprar por um segundo.
- Lá vem, diga logo! - Disse ele impaciente, os olhos faiscando com uma luz perturbadora.
O Ruivo esticou sua mão puxando o Jovem em um piscar de olhos pela cintura e beijando seu pescoço em seguida. Seus lábios se curvaram em um sorriso sinistro enquanto sussurrava:
- Eu quero você. - O tom de sua voz estava impregnado de malícia, fazendo Hayato arregalar os olhos repletos de espanto, seu corpo tenso como um arco pronto para disparar. O mesmo saltou para longe assustado.
- Do que está falando, somos homens. - Falou, dando passos para trás, mas sentindo-se como se estivesse encurralado em um beco sem saída.
- Isso não importa, eu quero você. - Disse, avançando novamente, seus dedos se fechando com uma pressão incômoda em torno da cintura de Hayato, enquanto sua expressão se transformava em uma máscara de desejo distorcido.
Hayato não hesitou desta vez, lançando um soco que encontrou o rosto do ruivo com um som abafado. O impacto fez o ruivo cambalear para trás, mas seu sorriso não diminuiu, apenas se alargou, revelando dentes brancos como marfim.
- Se encostar em mim de novo, eu te mato! - Falou Hayato com ira na voz, sua respiração rápida e ofegante enquanto recuava, buscando desesperadamente uma rota de fuga.
O ruivo continuou a caminhar em sua direção, seus passos lentos e calculados, como se estivesse brincando com uma presa antes de dar o golpe final. Assustado com a ousadia do ruivo, Hayato começou a se afastar, mas antes que pudesse perceber, foi prensado contra a parede, seu corpo imobilizado pela força do ruivo que segurou seus pulsos.
- Me matar? - Disse ele com deboche, seus olhos brilhando com uma luz insana. - Passarinho não se engane, eu sei que não pode usar seus poderes sem supervisão. - Sua voz assumiu um tom sibilante. - Imagine, Hayato o mestiço, matando o novo líder do clãn Nie (imortal) a sangue frio. - Ele gargalhou. - O que Zhao vai pensar? imagine o olhar de decepção de seu tio. - Falou e Hayato pareceu apavorado com a ideia. - Mas como eu não quero violar ninguém, vou te dar oito dias para você pensar, senão vou contar para todos.
Com um movimento rápido, ele se afastou, deslizando até a porta a qual ele abriu.
- Isso é uma ameaça? - Perguntou Hayato com a voz trêmula, os olhos fixos na figura do ruivo abrindo suas asas.
- Um aviso, uma ameaça, uma escolha, chame como quiser. - A voz do ruivo ecoou, uma risada baixa e cortante. - Aliás, meu nome é Luke. - Ele lançou um último olhar sobre o ombro antes de desaparecer completamente.
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...Hayato...
— Maldição, como fui tão descuidado? — Perguntei para mim mesmo, temendo o que viria a seguir. Se meu tio soubesse que fui descoberto, ficaria desesperado tentando cobrir os rastros, o famoso jogar a sujeira para debaixo do tapete. Era melhor que eu resolvesse antes do mesmo ter dor de cabeça.
Mas como? Como poderia resolver sem causar mais dano?
Saí da casa aborrecido, acho que no caminho chutei três árvores, talvez mais. Eu estava furioso comigo mesmo e com minha estupidez. Todo esse tempo ele esteve me observando e eu não percebi, como podia ser possível alguém trabalhar tão bem como stalker?
À medida que eu adentrava mais na floresta, o ambiente ao meu redor começava a se transformar, com as árvores se tornando mais densas e a luz do sol filtrada por um dossel de folhas verdes.
Caminhei por trilhas cobertas de musgo, até alcançar o meu refúgio secreto, um penhasco isolado que eu considerava meu santuário pessoal.
O penhasco se erguia sobre um desfiladeiro profundo, oferecendo uma vista panorâmica de um vale coberto por uma névoa suave e cintilante. O som tranquilo dos riachos que serpenteavam abaixo misturava-se com o canto distante de pássaros exóticos, criando uma melodia serena que parecia acolher minha chegada.
Era neste lugar que eu encontrava a verdadeira liberdade, longe dos deveres e das expectativas que pairavam sobre mim.
Na borda do penhasco havia uma árvore, uma macieira repleta de frutos, o que fazia o local parecer especial. Me aproximando da borda, observei o céu. Já iria escurecer.
Ao longe, o pôr do sol se mostrou belíssimo com a cor alaranjada predominante. Ao olhar para o chão, sentindo que meus pés esbarram em algo, percebi que havia um pequeno pássaro caído.
Com cuidado, o apanhei, notando que o animal estava morto.
Rapidamente, levantei um de minhas mãos pegando um galho, e com a outra segurei o pássaro firmemente, dizendo:
— Há algo que move a todos com a mesma força vital, e ela se chama vida, agora transporto a vida desse galho a você. — No mesmo segundo, o pássaro abriu os olhos, dando um assobio.
O animal velozmente saltou de minha mão, passando assim a voar. Ao olhar para o galho, percebi que ele estava seco e quebradiço.
Tudo existia um preço.
Fazia semanas que minhas asas estavam reclusas, por insistência do meu tio. "É melhor assim", ele dizia. Mas a saudade de voar era como um grito preso na garganta que eu não podia mais conter. Então, decidi deixar minhas asas à mostra. Era como se estivesse liberando um peso.
Preparado para me lançar do penhasco, pronto para sentir o vento em minhas penas, fui interrompido por um som de galhos se partindo.
- Quem está aí? - Gritei, virando-me na direção da mata com o melhor olhar ameaçador que consegui reunir. - Se não sair...- Comecei, quando uma névoa negra começou a me rodear.
Foi então que ele saiu de trás de uma árvore, emergindo lentamente como se estivesse se desculpando por quebrar a cena dramática que eu estava tentando criar.
Reconheci imediatamente aqueles olhos que me olhavam com admiração. Era o filho da chefia dos celestiais.
- Ryuk certo?- perguntei, tentando manter uma expressão séria, mas era difícil quando ele parecia tão desajeitado ali parado. - O que você está fazendo aqui?- Minha curiosidade estava misturada com uma leve apreensão.
Ele coçou a cabeça, um gesto que poderia ser interpretado como um sinal de nervosismo ou talvez apenas uma coceira inoportuna.
- Sim, sou eu. - disse ele, desviando o olhar. - Eu te vi na vila e fiquei curioso, então te segui.
Uma única pergunta martelava minha mente, e eu tinha que saber a resposta.
- Não me diga que você ouviu a conversa? - Perguntei, sentindo como se estivesse prestes a ser soterrado por uma avalanche de problemas.
Ele assentiu, e uma onda de pânico se apoderou de mim.
- Sim, ouvi. Mas isso não importa mais, principalmente porque estou vendo suas asas. - Disse ele, apontando para trás de mim com um sorriso travesso.
Meu tio iria fazer espetinho de mim, pensei, lamentando o fato de que minha vida estava prestes a se tornar muito mais complicada.
- Por favor, não conte a ninguém! - implorei, com os olhos arregalados e a voz suplicante. Eu poderia até mesmo considerar um assassinato, se fosse necessário, mas ele era filho do líder, e isso só complicaria ainda mais as coisas.
Ele se aproximou com passos lentos, e eu me preparei para o pior.
- Eu não vou contar se...
Me aborreci avançando e o segurando pelas vestes.
- Se o que?! - Gritei irritado lembrando de Luke. - Quer um beijo também?
Ele arregalou os olhos assustados e notei um leve rubor em suas bochechas.
- Não.. err... eu quero ser seu amigo.
Fiquei surpreso e então comecei a rir descontroladamente.
- O quê? Você está falando sério?- perguntei, ainda processando a ideia.
Ele assentiu com seriedade, e senti como se estivesse sendo analisado por ele.
- Ok, vamos ser amigos... e fazer pulseirinhas combinando. - sugeri, tentando manter a leveza da situação. - Qual é a sua cor favorita?- Olhei para suas vestes brancas e concluí: - Definitivamente branco.
HELLO PESSOAS QUE NÃO DÃO SINAL DE VIDA😔 ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO, deixe nos comentários se querem que eu continue escrevendo essa novela, até.
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Espécies dos Seres Aviários de Celestia— Os principais clãs.
Anjo.
Caracterizado por duas asas brancas repletas de penas com função retrátil. As asas são armazenadas em pequenos compartimentos nas costas, utilizando um sistema avançado de polias e músculos para retração e extensão eficiente. São conhecidos por sua alta resistência física, capacidade de voo rápido e ágil, e natureza benevolente e pacífica.
Demônio.
Caracterizado por asas em formato de morcego, extremamente afiadas nas pontas e também retráteis. As asas dos demônios são armazenadas em compartimentos nas costas, usando um sistema similar de polias e músculos para retração e extensão. Os demônios possuem uma personalidade dominante e são geralmente mais explosivos. Sua presença é marcada por uma aura de intimidação e poder bruto, refletindo sua natureza assertiva e muitas vezes conflituosa.
Imortal
Caracterizado por asas avermelhadas com um tom de café nas pontas das penas. As asas também são retráteis, mas os imortais raramente as escondem. Possuem uma personalidade geralmente tranquila, mas podem facilmente entrar em conflito. A presença dos imortais exala uma sensação de força serena e duradoura, refletindo sua sabedoria acumulada ao longo do tempo.
híbridos:
Não há informações catalogadas sobre eles.
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Outras Raças Aviarias:
Existem muitas outras raças dos seres aviários em Celestia. No entanto, após uma grande guerra, a maioria dos clãs perdeu sua força e acabou se espalhando. As espécies sobreviventes se esconderam, pois não tinham membros suficientes para manter uma presença forte e visível. Essas raças aguardam nas sombras, reconstruindo lentamente suas comunidades e esperando o momento certo para emergir novamente.
° Os humanos de Celestia são conhecidos como os "Viajantes dos Céus", são uma presença enigmática no reino dos aviários. Ninguém sabe ao certo como eles chegaram lá, portanto não tinham poderes, mas ao longo do tempo, eles se estabeleceram e começaram a conviver pacificamente com as diversas das raças aviárias.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Loka por Yaoi 🏳️🌈🏳️🌈
Eu tô amando!!!!😍😍😍
Quero mais!!!!!!
2021-04-10
3
Loka por Yaoi 🏳️🌈🏳️🌈
Tem eu também!!!
2021-04-10
2
Loka por Yaoi 🏳️🌈🏳️🌈
Oi.....
2021-04-10
2