Primeiro dia de aula.

Olá pessoal, obrigada mais uma vez por estarem acompanhando esta obra.

Pessoal me perdoe pelos erros de ortografia.

...Hayato...

Já haviam se passado duas horas desde que eu tinha chegado na sala de aula, e senti um clima estranho. Todos estavam me encarando, era como se os olhares queimassem minha pele. Caracterizar como estranho era pouco, pareciam zumbis ou feras, prontos para perseguir a presa, e eu era a presa.

— Quem é ele? — Sussurrou uma das garotas para a outra, que se encontravam no fundo da classe.

— Não sei, eu nunca o vi na cidade, mas ele é bonitinho, não acha? — Falou a outra com um sorriso peculiar, enquanto balançava a caneta de um lado para o outro em sua mão.

Olhei para trás e elas se calaram, começando a falar sobre rock.

Fingi ignorá-las, mas a sensação de ser observado persistia. As conversas sussurradas continuavam, e me peguei desejando voltar para Celestia, onde, pelo menos, as ameaças eram mais diretas e menos... juvenis.

Trinnnn!

O sino do intervalo toca, fazendo-me quase saltar da cadeira onde estava sentado. Mesmo sendo quase humano, minha audição ainda é extremamente sensível, e provavelmente levaria um tempo para me acostumar.

— Depois do intervalo, vocês continuarão com o professor de História — afirmou a professora alegremente, guardando suas coisas e saindo da sala, acenando na despedida.

Logo, as moças começaram a sair da sala, rindo e se abraçando, enquanto os rapazes conversavam sobre o que fariam quando a aula acabasse.

Minha escola em Celestia não era muito diferente dessa.

Permaneci sentado, ainda processando tudo que aprendi na matéria. Se eu quisesse me passar por humano, teria que obter uma boa nota, e minha memória fotográfica seria útil para isso. Abri o livro de Geografia e comecei a folheá-lo, mas logo parei ao sentir que estava sendo observado novamente.

Olhei para a esquerda e avistei um grupo de garotos me encarando e rindo. Um deles se levantou e veio até mim. Ele tinha cabelos ruivos que caíam em ondas desordenadas sobre a testa e olhos verdes, quase como esmeraldas. Seu rosto era bem definido, com maçãs do rosto marcadas e uma expressão confiante que realçava seu charme. O mesmo parou na minha frente, me observando de cima a baixo com uma mistura de curiosidade e desdém.

— O que você quer? — Perguntei, de forma seca, começando a ficar irritado com a situação.

— Eu estava te observando, mas provavelmente você já sabe disso. Qual é o seu nome? — Perguntou ele, com uma leve hesitação na voz. Uma pergunta rodeou minha cabeça: por que eu estava me sentindo intimidado por um humano?

— Eu já me apresentei na sala quando entrei — respondi, guardando meu material na mochila para evitar encará-lo diretamente.

— Hayato? — Ele pareceu pensar por um momento. — Esse nome é familiar para mim... traz muitas lembranças. — Murmurou, mas ainda assim alto o suficiente para eu ouvir. — Você é bem solitário, não é? — Acrescentou, passando a mão pelos meus cabelos.

— E o que te importa?! — Respondi, com raiva, afastando sua mão. — Apenas me deixe em paz!

Ele sorriu.

— Olha como você fala comigo. Eu posso tirar você de circulação em segundos — ameaçou ele, com um tom desafiador. Ignorei e me levantei, indo em direção à porta, já irritado com tanta ladainha.

— Eu ainda não acabei! — Ele agarrou meu ombro, provocando ainda mais a minha fúria interior. Quando me virei, dei um soco em seu rosto, fazendo-o perder o equilíbrio e cair no chão.

Por Elah...

— Agora você me paga! — Berrou ele, e essa foi a minha deixa para sair correndo, até mesmo abandonando minha bolsa no caminho.

Olhei para trás e vi que ele estava se levantando e vindo atrás de mim, com uma determinação assustadora.

— Eita! — Gritei enquanto corria pelos corredores, esquivando-me de alunos que estavam tão surpresos quanto eu.

Deslizava pelo chão como se estivesse em um campo de gelo e, para completar, tropecei várias vezes, batendo em mochilas e pegando apoio nas paredes.

Enquanto corria, avistei um homem com uma fantasia de cavalo parado em um canto do corredor. Com um impulso de desespero, escorreguei em direção a ele, puxei a cabeça da fantasia de cavalo e, com um movimento rápido, lancei-a na direção do ruivo que corria atrás de mim.

A cabeça da fantasia atingiu o ruivo em cheio, e ele parou por um momento, perplexo e confuso, com o rosto coberto pela cabeça de cavalo.

Aproveitando a distração, corri mais rápido, deslizando pelo corredor com a sensação de estar em um livro de comédia.

Eu até imaginava a trilha sonora ecoando um "Muuu" da fantasia de cavalo.

Durante a fuga, percebi que estava ficando sem opções, então subi as escadas que levavam ao quinto andar. O problema é que a escada lotada. Tentei me espremer entre eles, fazendo um verdadeiro contorcionismo enquanto eles olhavam para mim com expressões confusas.

Olhei para trás para ver se ele ainda me perseguia e, mesmo não vendo ninguém, continuei correndo. No mesmo instante, olhei para a frente e percebi que estava indo direto em direção a uma pessoa. Tentei frear, mas já era tarde.

Colidi com um garoto e caímos no chão.

— Desculpe! — Exclamei, levantando-me rapidamente e estendendo a mão para ajudá-lo. Quando nossas mãos se encontraram, senti uma estranha sensação de déjà vu, acompanhada de uma corrente elétrica que percorreu nossos corpos. Ao focar minha visão, percebi que era o Yukió, e meu coração se encheu de raiva.

— Ah, é você... Então bem feito. — disse, soltando sua mão com um movimento brusco.

— Hayato! — Berrou o ruivo, agora bem próximo da escada. — Agora você está acabado!

— Por Elah! — Exclamei, voltando a correr pelo extenso corredor. Avistando a escada que levava ao térreo, sabia que era minha única saída. Corri pelas escadas e abri uma porta cinza que me levou a um espaço ao ar livre.

Lá fora, o local estava iluminado pela luz do sol, com grades próximas da beirada e um pequeno bebedor ao lado. Aproveitei o momento para recuperar o fôlego, enquanto tentava pensar no próximo passo para escapar dessa situação.

— Você realmente achou que eu não ia te pegar? — Perguntou ele, batendo levemente com o dedo indicador na parede, como se estivesse formulando um plano detalhado. — Você me dá um murro na cara e ainda acha que vai escapar? De jeito nenhum.

— Ah, então a brincadeira de pega-pega acabou? — debochei. — Pronto, agora está comigo! — Acrescentei com um tom sarcástico, tentando desviar a atenção dele para minha provocação.

Ele caminhou com passos largos e decisivos em minha direção, agarrando a gravata do uniforme com uma expressão de raiva contida. O peso da situação era palpável; a vontade de enfrentá-lo diretamente era grande, mas me contive. Eu sabia que agir com violência apenas alimentaria a situação.

— Luke, solte ele agora! — Ordenou Yukió, quebrando o silêncio com uma autoridade firme.

— Cai fora, nerd, não tem nada para ver aqui! — Retrucou o ruivo, voltando a atenção para mim com um olhar desafiador.

— Não falarei de novo. — respondeu Yukió, com um sorriso arrogante. — Quer mesmo me desafiar, mauricinho?

O ar ficou pesado com a tensão, e eu ouvi claramente os dentes do ruivo rangerem, o ódio estampado em seu rosto.

— Que saco, isso ainda não acabou! — Ele explodiu, soltando-me com uma agressividade que me fez cair no chão. Depois, avançou em direção a Yukió, lançando-lhe um olhar gélido e cheio de desprezo. Yukió, no entanto, manteve a compostura e ignorou, como se já estivesse acostumado com esse tipo de coisa.

Ele olhou para mim e pude ver claramente a preocupação em seus olhos. Parecia ser outra pessoa.

— V... Você está bem? — Gaguejou, antes de se aproximar e me estender a mão.

— Já passei por coisas piores — respondi, segurando suas mãos enquanto ele me puxava para cima.

No mesmo instante, a eletricidade percorreu nossas mãos novamente. Ele me olhou de um jeito que eu não consegui entender, aqueles olhos azuis parecendo penetrar minha alma.

— Er... Temos que voltar para a classe.

Seu olhar ainda estava fixo no meu, como se estivesse chocado.

— Algum problema? — Perguntei, tentando entender o que estava acontecendo.

— Não! — Exclamou ele, soltando minha mão e virando as costas com brusquidão, indo em direção à saída. — Não é nada.

Apressei o passo para acompanhá-lo, ignorando a situação estranha.

— É melhor não se envolver com ele. Luke é filho do diretor, e ele pode te destruir em segundos — falou, limpando a garganta com um barulho constrangido.

— Ok, mas por que está me dizendo isso agora? — Questionei, curioso. — Não somos amigos.

Ele revirou os olhos, claramente irritado.

— Esquece, apenas me deixe em paz — disse, acelerando o passo e desaparecendo de vista.

No restante do dia, ele não apareceu nas outras aulas.

O tempo passou e, finalmente, o sinal tocou. Levantei-me rapidamente e saí da sala, com a preocupação de que o humano ruivo pudesse me seguir.

À distância, avistei minha mãe no carro, passando batom. Quando me viu, começou a buzinar incessantemente.

— Yatinhoooo! — Ela me chamou com um grande sorriso no rosto. Fui até ela e entrei no carro, fechando a cara.

— Como foi a aula, querido? — Perguntou ela, ainda sorridente.

Eu evitei a pergunta, dando um rápido comando para irmos para casa. Não estava com ânimo para conversar sobre o que havia acontecido.

......................

Claro! Aqui está o trecho ajustado para intensificar o momento e os sentimentos do personagem:

 

Ao chegar em casa, jantamos enquanto assistíamos a um filme estranho. Nele, um homem e uma mulher se amavam, mas a família deles não permitia o contato entre eles. O final foi triste, com ambos morrendo no desenlace dramático.

Minha mãe estava roncando no sofá, com uma vasilha repleta de pipocas na mão, parecendo exausta.

O filme trouxe à tona memórias que eu preferia manter enterradas, e uma sensação de sufoco começou a tomar conta de mim. Eu precisava sair, respirar, encontrar algum alívio.

Caminhei em direção ao meu quarto, abrindo a janela com um gesto decidido.

— Como diz o ditado, pássaros não foram feitos para ficar em gaiolas! — Murmurei para mim mesmo, antes de me lançar do décimo sexto andar.

Continua...

oiee amores 😉 só isso por hoje, espero que estejam gostando, deixem nos comentários o que acharam e não esqueçam de curtir.

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Comments

merly everganden

merly everganden

tentando entender o por que do "kkkkkk"

2023-05-10

4

merly everganden

merly everganden

viciados, viciados tararatararatarara🎶🎶🎶🎶🎶🎶🎶

2023-05-10

1

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