11 de novembro de 1500
Vlad Darko
O país estava em guerra. Uma guerra que parecia não ter fim.
E como começou? Bom, para entender, precisamos voltar muito no tempo.
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Era uma noite fria. A neve caía silenciosamente, cobrindo as ruas. O sangue sobre ela… era quase hipnotizante.
Os vampiros tinham um acordo com os humanos: nada de sangue humano, em troca, paz.
Nos contentamos com o sangue de animais e de pessoas que morreram por causas naturais.
Sem matança. Sem guerra.
Mas os humanos quebraram sua promessa.
Nos atacaram durante o dia, quando estávamos vulneráveis.
Sem honra. Sem piedade.
Perdi minha família naquele dia.
Minha irmã chorava. Minha mãe gritava meu nome.
E eu… eu não consegui salvá-los.
Eu não queria isso. Eu nunca quis...
— A gente tem que fazer alguma coisa, estão matando todos nós — disse Vlad, com os punhos cerrados.
— MATEM TODOS! NÃO QUERO UM SANGUE-SUGA VIVO!
— VAMOS ATACAR ESSES MONSTROS IMUNDOS!
E então… a guerra começou.
Mortes. Fugidos. Fome.
Eles estavam em vantagem.
Mas quando a noite chegou… nós ficamos mais fortes.
Viramos o jogo.
Meses se passaram. Eles recuavam, voltavam, atacavam, morriam.
Eu me tornei mais forte. O mais forte entre os nossos.
Os humanos, desesperados, fizeram pactos com demônios.
Mas os demônios se voltaram contra eles.
O caos dominou tudo.
Anos depois, a guerra finalmente terminou.
Nenhum humano ousava me enfrentar.
Mas o acordo estava rompido.
Agora, vampiros querem vingança.
E humanos ainda caçam o que não compreendem.
Atualmente
Vlad Darko
Isolado. Entediado. Inquieto.
O castelo é grande demais para um só ser.
Escutei um barulho no portão. Fui verificar.
Deixei-a entrar propositalmente.
A observei à distância, em forma de corvo.
Sua pele clara e delicada…
Quase não consegui me controlar.
Queria tocá-la.
Queria mordê-la.
Cabelos ruivos. Olhos castanhos.
Ela era linda como uma rosa negra.
Os olhos brilhavam como um dia ensolarado. E isso me queimava por dentro.
Ela era séria, comprometida, mas o jeito dela… me fazia rir genuinamente.
Ela não é qualquer uma.
Não é qualquer uma que me deixa assim.
Ela me deixa louco.
Eu não podia perder a chance de prendê-la a mim.
Ela ousou me enfrentar…
E por isso sofrerá as consequências da própria coragem.
Garotinha boba… seus pais nunca te ensinaram que não se brinca com monstros?
Zara Garland
Assim que o vi, percebi: eu não teria chance alguma.
Mas não podia recuar agora.
Seus olhos penetraram os meus como se estivessem devorando minha alma.
Cabelos negros, longos, quase dois metros de altura.
Exalava elegância e… eu odeio admitir… beleza.
Mas eu o odeio. Odeio todos da raça dele.
Meus pais foram mortos por demônios.
Ainda pretendo encontrá-los e me vingar.
Mas não agora.
Agora, tenho que seguir as ordens do meu chefe — só assim ele me ajudará.
Subi as escadas.
O castelo cheirava a madeira e tinta fresca.
Aroma estranho… mas reconfortante.
Pelas paredes, pinturas antigas e fascinantes.
Deparei-me com um quarto enorme, porta entreaberta.
Cama de casal elegante, escrivaninha com velas acesas, rosas negras em um vaso.
Prateleiras. Pelúcias… peculiares.
Em cima da cama, um cartão:
“Se achou esse quarto, pode ficar nele por enquanto.”
— Bom… parece que vou dormir aqui hoje — sussurrei, incerta.
Deitei. Me virei. Tentei fechar os olhos.
Mas a ansiedade e o medo do meu chefe me reprovar me mantinham.
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Atualizado até capítulo 63
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