A No dia em que Darius viu Helena nos braços de outro homem, algo dentro dele se partiu. A dor o consumiu de forma avassaladora e, naquele momento de vulnerabilidade, Samantha aproveitou-se da situação. Apareceu na empresa como quem não queria nada, fingindo preocupação e empatia, mas seu plano era claro: conquistar o homem que sempre desejou, não importando os meios.
O que ela não esperava era que Helena, movida por um impulso de desespero, fosse até a empresa e testemunhasse a cena. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver o homem que amava nos braços da mulher que sempre tentou separá-los. Orgulhosa como sempre, não aceitou explicações. Para ela, o que viu falava mais alto do que qualquer palavra.
Mas o que Samantha não previu foi que aquele beijo, por Mais que ferisse, não seria o bastante para apagar Helena do coração de Darius. Ele tentou seguir em frente. Tentou esquecer. Tentou se convencer de que era o certo a fazer. Mas o Helena estava mais viva do que nunca no seu coração.
Tomado por um sentimento que misturava saudade e desconfiança, Darius passou dias vasculhando a verdade. Tentou encontrar provas que limpassem o nome de Helena, que mostrassem que tudo não passava de uma armação. Mas nada. As câmeras de segurança que poderiam confirmar qualquer coisa estavam misteriosamente com defeito. As gravações sumiram, ou sequer haviam sido salvas. E o homem que Helena supostamente estava na cama... desapareceu. Nenhum registro, nenhum nome, nenhuma pista. Como se ele nunca tivesse existido.
Como acreditar em algo diferente do que seus próprios olhos viram?
A dor da dúvida era pior do que a certeza da traição. E foi nesse abismo de incertezas que Samantha viu sua chance. Com o coração de Darius ferido e a confiança despedaçada, ela traçou um novo plano — um mais cruel, mais definitivo.
Alguns dias depois...
— Quem são vocês?! Me soltem! Para onde estão me levando?! — Helena gritava, apavorada, enquanto dois homens encapuzados a arrastavam até um furgão.
O sequestro foi rápido e bem executado. Samantha havia pensado em tudo. Usou o celular desbloqueado de Helena para postar uma mensagem de despedida nas redes sociais. Em seguida, o carro da modelo foi jogado no mar. Sem corpo, sem rastros, a polícia considerou que ela havia tirado a própria vida. Os jornais estamparam a tragédia: “A estrela da moda, Helena Smith, morre em circunstâncias misteriosas. Suicídio é a principal hipótese.”
— O que mais você quer de mim, Samantha?! Já não basta ter destruído o meu relacionamento com Darius?! — gritava Helena, desesperada, ao reconhecer a figura sorridente da rival diante de si.
Ela estava em um quarto escuro, com os tornozelos acorrentados. O cheiro de mofo era forte, o frio cortava a pele, e a luz era escassa.
— Você nunca mais vai sair daqui, querida — disse Samantha com um sorriso cruel. — Mas não se preocupe. Eu farei questão de mantê-la informada sobre o mundo que você deixou para trás. Inclusive, todos estão chorando por sua perda neste exato momento… E eu? Bem, estou consolando o seu amado Darius.
— Socorro! Alguém me ajuda! — Helena gritava, mesmo sabendo que ninguém a ouviria.
— Ninguém vai te escutar. Você vai apodrecer nesse lugar. E um dia vai desistir de lutar. — Samantha saiu, batendo a porta atrás de si.
Os dias se arrastavam como tortura. A comida vinha em porções mínimas, mal preparadas, e o frio se tornava um inimigo constante. Ainda assim, Helena não desistia. Ela precisava viver. Precisava se vingar.
Meses se passaram. Samantha aparecia ocasionalmente com jornais, trazendo “atualizações” da vida lá fora. Uma forma cruel de tortura. Helena lia, com o coração dilacerado, as manchetes que anunciavam o casamento de Darius com Samantha. A foto deles sorrindo como um casal apaixonado parecia uma punhalada.
Os dias se arrastavam como tortura. A comida vinha em porções mínimas, mal preparadas, e o frio se tornava um inimigo constante. Ainda assim, Helena não desistia. Ela precisava viver. Precisava se vingar.
Meses se passaram. Samantha aparecia ocasionalmente com jornais, trazendo “atualizações” da vida lá fora. Uma forma cruel de tortura. Helena lia, com o coração dilacerado, as manchetes que anunciavam o casamento de Darius com Samantha. A foto deles sorrindo como um casal apaixonado parecia uma punhalada.
Ela já não entendia por que Samantha ainda mantinha sua vida. Pelas datas dos noticiários e pelas mudanças no mundo lá fora, Helena sabia exatamente quanto tempo havia passado. Três longos anos. E, mesmo assim, Samantha não a matava. Não era por compaixão. Era sadismo. A vilã queria vê-la definhar, queria testemunhar sua rendição, seu fim lento e doloroso. Matar Helena seria fácil demais. Ela queria vitória. Total e absoluta.
Certa tarde, quando os últimos raios de sol atravessavam as pequenas frestas do porão, Helena notou algo incomum no chão de madeira. Um brilho fraco, quase imperceptível, refletia sob uma das tábuas. Com esforço, ela arrancou a madeira solta e encontrou um objeto envolto em um lenço antigo.
Era uma frasco. Lindo, brilhante, como se não pertencesse àquele lugar sombrio.
Curiosa, e talvez impulsionada por uma mistura de desespero e esperança, ela desenroscou a tampa. Um vento forte soprou dentro do porão. Em seguida, uma jovem senhora de aparência exótica surgiu diante dela.
— Isso não pode estar acontecendo… — murmurou Helena. — Estou enlouquecendo. Três anos aqui dentro... minha mente está me pregando peças. Quem é você? É… uma alucinação?
— Sou bem real, menina. Muito mais real do que esse inferno onde você vive. Só precisa dizer em voz alta o seu desejo.
— O quê? Você é tipo uma fada madrinha? — Helena arqueou as sobrancelhas, confusa.
— Fada madrinha? Por favor! Não sou babá de princesa nenhuma. Só estou aqui porque você me libertou. Mas vamos direto ao ponto: tem direito a um único desejo. Pense bem no que vai pedir.
— Um único desejo?
Helena respirou fundo, as lágrimas se acumulando nos olhos, pesadas como o tempo que passou ali dentro. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a porta do porão se abriu com força, batendo contra a parede e ecoando como um trovão naquele espaço sombrio. A vilã entrou com passos firmes, armada.
Ela levantou a arma lentamente, apontando-a diretamente para a cabeça da rival, com um sorriso gélido nos lábios.
— Por favor, não faça isso! — Helena implorou.
— Três anos já foram mais do que o suficiente. Você já viu tudo o que precisava ver. Eu sou a modelo principal da empresa Reyes, me casei com o amor da sua vida e construí a família que você tanto desejou… Mas nunca vai ter. Porque tudo isso, Helena... agora é meu. Confesso que não foi fácil me casar com Darius. Tive que fingir estar grávida. Sabe por quê? Porque sou estéril. Paguei uma mulher para seduzi-lo, para ter uma noite com ele e engravidar. Ela não quis me dar a criança, mas, como sempre, sai ganhando. Fiquei fora do país, pelo tempo necessário, junto com a garota e, quando ela teve o bebê, eu a matei.
— Como você pode ser tão Cruel? — disse Helena, tremendo.
Samantha continuava falando, incapaz de ver a mulher ao lado de Helena.
— Eu apenas fiz o que era necessário para a minha felicidade... ao lado do homem que amo.
— Está esperando o quê? — repetiu a mulher misteriosa. — Faça o desejo!
O barulho da arma disparado preencheu o porão. Helena caiu para trás, o peito em chamas, o sangue quente se espalhando sob seu corpo. A dor era lancinante, mas não maior que o sentimento de perda. Sua visão começou a escurecer, os sons ao redor se tornaram distantes, abafados… o fim se aproximava.
Mas, antes de seu último suspiro, com a pouca força que ainda restava, ela reuniu tudo o que sentia — dor, saudade, raiva, amor — e sussurrou:
— Eu quero viver outra vida… e ter a chance de recuperar tudo o que você me roubou. Esse é o meu pedido…
A mulher ao seu lado, envolta em um brilho dourado, sorriu serenamente. Em um instante, transformou-se em poeira cintilante e desapareceu no ar.
Aquele… definitivamente, não era o fim.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
bete 💗
adorei ❤️❤️❤️❤️❤️
2025-05-08
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