Capítulo: O Fogo da Vingança

A dor que eu buscava nunca parecia o suficiente. Eu me entregava a ela, deixava que ela me consumisse, mas sempre sentia um vazio profundo, um buraco que ninguém, nenhum homem, nenhuma humilhação, poderia preencher. Eles nunca conseguiam me dar a dor que eu realmente queria. A dor de ser poderosa, a dor de ser dona do meu destino, de ser dona do mundo deles. Eu estava cansada. Cansada da dor deles me fazendo sofrer como uma escrava da minha própria existência.

Minha mãe e o cafetão. Ambos me faziam sentir como se fosse nada. Ela, com sua violência descontrolada, e ele, com sua posse repulsiva. Durante todos esses anos, eles me moldaram para ser uma sombra do que eu poderia ser, uma alma vazia, uma vítima. Mas eu estava farta. Farta de ser tratada como objeto, farta de ser controlada, farta de me render à dor que eles me impunham.

Eu tinha um plano. Um plano perfeito. Eu os amarraria, colocaria o poder sobre eles, e faria com que eles vissem o que é realmente dor. E eles me dariam o prazer que eu sempre busquei: a dor extrema que só quem controla pode sentir.

Eu entrei na casa deles, o cheiro de decadência no ar. Minha mãe, bêbada e desleixada, estava no sofá, rindo para o cafetão, que fazia piadas sobre a última prostituta que ele havia "comprado". Eles se olhavam, como se fosse tudo uma grande piada. Mas o que eles não sabiam era que aquele seria o último dia deles.

Eu fechei a porta atrás de mim, e eles nem se deram conta de que eu estava lá. Eu já sabia o que fazer. Em silêncio, me aproximei do cafetão, e, com uma calma que parecia desconcertante, o agarrei pelo pescoço, forçando-o a se sentar. Ele tentou se desvencilhar, mas eu sabia exatamente o que fazer. Ele era grande, forte, mas eu era a força agora.

Minha mãe, de olhos sonolentos, percebeu que algo estava errado, mas não teve tempo de reagir. Com uma rapidez brutal, amarrei ambos, deixando-os imobilizados, sem chance de fuga. Eles não podiam me tocar, não podiam me controlar. Não mais.

"Vocês me fizeram sofrer por tanto tempo, me trataram como se fosse nada. Agora, eu sou a dona dessa dor", eu disse, minha voz gelada e fria, como o gelo de uma lâmina afiada.

Eles começaram a implorar, a pedir, a se arrastar como vermes. Mas eu estava além disso. Eu não queria mais ouvir palavras de arrependimento, porque eu sabia que, no fundo, eles nunca se arrependeriam de verdade. Eles não sabiam o que significava sentir o controle total. Eu sabia.

Antes de tudo, porém, fiz uma última coisa. Conectei-me ao sistema das casas de prostituição que o cafetão controlava, aquele império sujo que se espalhava por todo o Brasil e até fora dele. O dinheiro deles não significava nada para mim. Era apenas uma ferramenta, uma moeda que eu usaria para fazer o que bem entendesse. Então, com um sorriso sádico, saquei cinco bilhões de dólares da rede de casas de prostituição dele, transferindo tudo para minha conta. Cada centavo da miséria deles seria meu agora.

Mas não ia parar por aí. Eu precisava ter mais. Eu precisava controlar tudo, sentir a dor deles se espalhando até o fim. Então, me aproximei do cafetão e o forcei a assinar o contrato. Ele tremia, tentando resistir, mas eu o fiz ver o que realmente importava. Com uma caneta na mão, ele assinou tudo. Ele me entregou as casas, os bordéis, os prédios, toda a sua fortuna, tudo que ele havia construído sobre o sofrimento de outras pessoas. Agora, tudo isso era meu. Cada pedaço da sua vida estava na palma das minhas mãos.

"Agora, você é meu. Tudo é meu. Sua dor, sua miséria, suas riquezas, tudo." Eu sorri, vendo os olhos deles, tão desesperados. Mas eu não ia parar. Eu queria que sentissem a dor até o último momento.

Com a casa imersa em uma sensação de desespero e impotência, eu acendi o fogo. Aquele seria o fim. O fogo começava a consumir tudo, devorando os pedaços da vida deles, a decadência se transformando em cinzas. Eles olhavam, sem saber o que fazer, enquanto eu assistia, como uma deusa da destruição, vendo tudo se consumir diante dos meus olhos.

A casa pegava fogo rapidamente, e a fumaça se espalhava por todo o ambiente. O calor era sufocante, mas eu estava longe da dor agora. Estava no controle. Os gritos deles eram nada para mim. Eles tinham o que mereciam. Eu assisti a tudo, com os olhos vazios e frios. O incêndio não só consumia a casa, mas toda a vida que eles haviam construído, uma vida feita de sangue e dor.

Capítulos
Capítulos

Atualizado até capítulo 34

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!