envergonhado

Antes de vir pra casa dele, eu tomei umas bebidas energéticas. Eu nem sou muito de beber essas coisas, porque geralmente já tenho energia de sobra, mas como a gente já transou, eu sei muito bem que cansar ele vai levar um tempo.

Quero dar uma fuçada na casa dele enquanto ele dorme, mas pra isso preciso ter energia suficiente pra não acabar dormindo do lado dele. E também não posso usar nenhum tipo de droga pra facilitar meu plano, porque, como ele é um alfa, remédio, álcool ou qualquer droga não faz nem cócegas nele.

 Pra afetar um alfa, precisa de doses absurdamente altas, e colocar um monte de remédio na bebida dele ia ser muito na cara.

A forma mais fácil de cansar o corpo dele era depois do sexo, embora essa ideia fosse uma faca de dois gumes — e, na real, acabava sendo pior pra mim.

— A-Allan... — sussurrei nos lábios dele, fingindo estar excitado por um beijo mais intenso — me leva pra tua cama... — pedi, levando a mão até a virilha dele.

— E o jantar? — ele perguntou, olhando pra frigideira que tava ainda no fogão ligado.

— Ah, qual é, não se faz de difícil agora — pedi, tentando puxar ele pra fora da cozinha.

Por sorte consegui, mas antes ele foi lá e desligou o fogo pra não ter nenhum acidente. Só que, ao invés de me levar direto pro quarto, ele me encostou numa parede perto da escada e a gente ficou se beijando, num clima bem quente.

No meio do beijo, abri os olhos e vi que ele tava de olhos fechados. Ótimo pra mim — dava pra olhar ao redor sem ele perceber. Como eu queria explorar mais, fingi que tava ainda mais no clima.

Já tava óbvio que ele tava pronto pra transar. Antes de vir, eu me preparei direitinho, não queria sentir dor.

 Mas, vou te contar... foi MUITO vergonhoso me preparar pra isso.

Sabendo que ele tem o pau grande, tive que usar brinquedos pra dilatar meu buraco. Isso foi um baita golpe no meu orgulho de alfa. Nunca imaginei que ia passar por isso.

Só de lembrar já fiquei todo quente de vergonha. Lembrar da cena de mim mesmo com um pau de plástico dentro, ainda por cima vibrando... cara, foi humilhante. Mas também entendi na prática o que minhas ex-parceiras deviam sentir.

— Nnnh... — gemi contra a boca dele quando senti a mão dele entrando dentro da minha calça, ignorando minha cueca. Era minha chance de subir pro quarto.

 Então, cortei o beijo, fingindo estar tímido pra caramba — v-você não tem câmeras, né...? — perguntei, tentando soar inseguro.

— Por quê...? — ele sussurrou no meu ouvido enquanto beijava meu pescoço — tá com vergonha de ser gravado enquanto eu te como...? — ele perguntou, marcando meu pescoço com um chupão.

— S-Sim... — suspirei — não quero ser filmado enquanto a gente transa... — completei, e vi que ele me olhou nos olhos.

— Seria interessante, mas não, não tem — ele respondeu, com aquele sorriso safado. Achei que ele fosse ficar puto, mas na real me levou direto pro quarto. No caminho, vi várias portas que pretendo vasculhar depois, agora que sei que não tem câmera.

Óbvio que enquanto a gente ia pro quarto, fomos tirando a roupa e deixando tudo espalhado pelo chão. Parecia só tesão, mas na real era parte do meu plano: depois posso usar a desculpa de que tava "procurando minha roupa" caso ele acorde enquanto eu tô investigando.

Claro que, graças a isso, cheguei na cama dele praticamente pelado, só estava de cueca, que ele tirou e jogou longe pra garantir que eu não alcançasse fácil.

A próxima coisa que ele fez foi me colocar de quatro. Achei que ele ia ir direto ao ponto sem perder tempo com preliminares, o que me aliviava, porque eu não tava a fim. Sabia que preliminares só iam me cansar à toa.

Mas aí senti a língua dele na minha entrada e minha pele inteira se arrepiou.

Eu não esperava por isso, e pior: meu corpo se inclinou sozinho pra cama, empinando mais ainda a bunda pra ele poder brincar ali à vontade.

Foi muito vergonhoso, minhas bochechas e minhas orelhas queimavam de tão quente que eu estava, e até minha rola ameaçava gozar só com a habilidade dele.

— Nnnnngh... — gemi escondendo meu rosto no travesseiro, morrendo de vergonha dos meus próprios gemidos.

— Por que você tá tão macio...? — ele perguntou, meio ofegante, enfiando um dos dedos em mim.

Eu não queria responder, não queria contar o que tinha feito, então preferi me humilhar de vez, me fazendo de carente:

— U-usa o seu... q-quero o seu... — pedi quase implorando pra ele me foder logo.

Allan me virou de repente, me olhando sério, parecendo desconfiado do jeito que meu buraco aceitava os dedos dele tão fácil.

— Por que você tá assim? — perguntou, irritado. — Você usou seu corpo com outro? — foi ficando ainda mais puto.

Fiquei super envergonhado. Não queria contar de jeito nenhum, então cobri meus olhos com o antebraço pra não precisar encarar ele. Mas ele parecia tão bravo que não tive opção.

— E-eu me preparei antes de vir... — respondi quase chorando de vergonha — u-usei um dildo... — completei.

Allan ficou quieto por um momento. Não disse nada, mas eu sabia que ele tava sorrindo. Apostava que era aquele sorriso sacana dele, de quem adora me humilhar. Eu não queria nem ver. Continuei escondendo meu rosto, ainda mais depois que senti ele se afastando um pouco.

Mas aí, sem aviso, ele me penetrou de uma vez, e meu corpo todo se estremeceu.

As estocadas dele eram fortes, me fazendo largar o travesseiro pra agarrar nos lençóis enquanto via o jeito intenso como ele me encarava.

— Jah... haah... — gemia, super envergonhado, enquanto ele chegava mais perto e me beijava com língua, sem tirar os olhos dos meus.

Era humilhante demais. Senti que ele usava camisinha, provavelmente foi isso que ele fez quando se afastou.

Não conseguia manter o olhar nele, fechei os olhos sentindo ele sorrir contra minha boca enquanto a ereção dele latejava ainda mais dentro de mim.

Ele parecia totalmente satisfeito, e eu só queria morrer de tanta vergonha depois de confessar aquele absurdo.

E pra piorar, ele cortou o beijo e foi direto no meu ouvido, sussurrando o quanto era gostoso estar dentro de mim.

Meus batimentos estavam tão acelerados que parecia que ia desmaiar.

— Ah... Ethan... — ele disse meio ofegante — me diz... aquele dildo era melhor que meu pau?

— Cala a boca... — pedi, me escondendo de tanta vergonha.

— Fala... — ele insistia, acelerando as estocadas — me conta... como você brincava? Se sentia tão gostoso assim...?

— Nnngh... não... — respondi, abraçando o pescoço dele, me sentindo cada vez mais à beira do orgasmo — o-o seu é melhor... — soltei sem pensar.

— Haah... — ele arfou, intensificando as estocadas — me mostra... — sussurrou — me mostra como você se tocava...

Meu corpo tava fervendo. Segurei firme o pescoço dele e enrosquei minhas pernas ao redor da cintura dele, pra não deixar ele sair de dentro de mim.

— Não... nnh... não para... — pedi, movendo meu quadril pra manter o atrito delicioso que me deixava zonzo de prazer.

Quando senti que ele tava diminuindo as estocadas, o empurrei pra trás, montando nele, passando a comandar o ritmo.

Ver o rosto dele levemente corado de tesão era ainda mais excitante.

Eu estava quase de cócoras, com as pernas bem abertas, oferecendo uma visão que com certeza ele tava amando.

Meu plano inicial não era esse, mas a mistura das nossas feromonas e a excitação eram tão intensas que minha mente simplesmente apagou.

Só conseguia pensar no prazer que ele me dava.

......................

Quando voltei a mim, eram aproximadamente seis da manhã. Antes de dormirmos, nós tomamos banho e até trocamos os lençóis para deitarmos exaustos na cama. Minhas pernas tremiam, e meu interior estava extremamente sensível — sem exagero, gastamos duas caixas de preservativos, daquelas que vêm com 12 unidades cada.

Eu estava exausto. Minha mente não conseguia pensar em trabalho enquanto estava em seus braços. No entanto, como senti sede, me afastei do seu corpo e aproveitei para investigar um pouco os cômodos, certificando-me de procurar qualquer coisa fora do comum.

Abrir a porta do seu escritório foi fácil graças ao relógio. Consegui escanear vários documentos que ele guardava em um banco de dados, para lê-los mais tarde. Eu precisava ser rápido, pois Allan poderia perceber que eu não estava ao seu lado. Lia os documentos rapidamente até encontrar a fotografia do ômega sequestrado.

Fiquei muito confuso. Jamais nos entregaram fotos do ômega dentro de um porta-malas, nem nos deixaram ver a placa de nenhum carro. Isso me preocupou — o fato de Allan realmente estar envolvido no sequestro.

Antes de sair do escritório, certifiquei-me de deixar tudo exatamente como estava para não levantar suspeitas e poder voltar para o quarto. Por sorte, ele ainda estava dormindo. Na verdade, nem percebeu que eu havia me afastado.

Não tenho certeza em que estou me metendo. Pensar que Allan pode não ser "um dos mocinhos" me deixa muito confuso, pois cometer esse tipo de erro não seria normal para um agente, ainda mais um tão experiente quanto ele.

O que ele estaria escondendo? Ou melhor, o que passava pela cabeça dele no momento em que cometeu esses erros? Isso não é típico dele. Talvez os nervos tenham lhe pregado uma peça e ele esqueceu de apagar aquela informação... ou talvez tudo faça parte do seu plano.

E se ele estiver trabalhando com alguém? Talvez queira atrair toda a atenção do nosso chefe para si, para que seu parceiro tenha acesso livre.

Ah, droga... Quanto mais eu penso, mais ansioso fico para investigar. Gostaria de encontrar respostas para todas essas perguntas, mas suponho que, por enquanto, devo esperar e continuar fingindo que não suspeito de nada, exatamente como venho fazendo até agora.

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Comments

Maki Umezaki

Maki Umezaki

Surpreendente! 🎉

2025-04-24

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