Elías desceu por um caminho de pedra irregular. Estava cansado, mas algo nele se acendia: um desejo de entender. De ouvir. De escrever.
Eri
Vou sumir por um tempo
Eri
Mas você vai conhecer gente interessante aí
Elías
E você vai voltar?
Elías
Não sei se consigo viver aqui sozinho
Elías
Não conheço esse mundo
Eri
Não precisa ter medo
Eri
quando precisar de mim
Eri
e só me chamar
Eri
e eu volto no mesmo instante
A conexão sumiu.
E Elías estava finalmente sozinho.
Mas, pela primeira vez… não sentia medo.
Ele seguiu pelas ruas de Korr Enai, observando os mercados flutuantes, os guardas com capas feitas de páginas arrancadas, os gatos com olhos humanos.
Ninguém o olhava estranho. Era como se sua presença fosse esperada.
Em uma praça, havia um homem tocando um instrumento feito de espinhos. A música era linda e triste. Elías se sentou no chão e fechou os olhos por um instante.
Quando abriu, havia uma criança na sua frente.
???
Você é o novo que caiu da areia?
Elías
Sou... eu acho que sou
???
Então toma
Ela entregou a pena. Era branca, mas com a ponta manchada de vermelho. Leve como ar. Pesada como promessa.
Elías
O que eu faço com isso?
???
Você escreve
???
Ou o mundo esquece você também
A criança correu e sumiu entre as barracas.
Ele segurou a pena com força. E, naquele instante, sentiu algo diferente.
Não era só um visitante. Nem só um sobrevivente.
Era parte daquele mundo agora.
E Lur… o aceitava.
Mas também o desafiava.
A voz do estranho que o havia provocado dentro da torre ainda ecoava em sua cabeça. E Elías sabia: aquele encontro estava marcado.
Só não sabia quando.
Ou o que o esperava do outro lado.
Comments
Stéfanie Santos
acho que ele vai ter uma longa história para escrever. Mas essa tal de Eri é muito suspeita, estou ansiosa para os próximos capítulos
2025-04-20
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✿MISS SHY✿
a Eri é suspeita em.... tô amando a história...
(vou dormir só arrumar a casa ali e volto pra terminar de ler! 😌)
2025-04-22
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