modelos

Quando os homens saíram, Noah começou a chorar. Chorou tanto que seus olhos latejavam de dor. Antes de sair do quarto, ligou para sua amiga:

— Eu vou precisar ficar um tempo fora. Te amo, tá?

— Como assim? Noah, não brinca, cara...

Mas Noah desligou o celular. Ainda com lágrimas escorrendo, foi para o corredor do prédio.

Chamou o elevador. Quando ele chegou, estava vazio. Por um instante, achou que tudo aquilo não passava de uma brincadeira sem graça. Virou as costas e pensou em voltar para o apartamento. Nesse momento, um dos homens apareceu logo atrás dela e a empurrou para dentro do elevador.

Dois andares antes do térreo, o elevador parou novamente. O homem entrou junto com uma mulher: loira, alta, com porte de modelo. Ela sorriu com deboche e se agarrou nele com intimidade.

No térreo, eles saíram primeiro. Noah caminhou lentamente atrás deles, sem pressa. Ao passar pelo porteiro, tentou se despedir de forma sugestiva, esperando que ele puxasse assunto, percebesse algo. Mas ele apenas sorriu e voltou ao que estava fazendo.

Do lado de fora, Noah viu o homem e a loira entrarem num carro preto à frente. Quando ela começou a atravessar a rua, o carro saiu. Imediatamente, outro carro idêntico tomou seu lugar. A porta traseira se abriu, e ela entrou.

No banco da frente estava apenas o motorista — um senhor de idade que parecia deslocado, quase alheio à situação. Seguiram viagem rumo ao interior, longe da cidade. Quando chegaram ao destino, Noah foi transferida para outro carro, onde o homem e a mulher loira a esperavam. Eles se despediram com um beijo na bochecha, e a mulher voltou para o carro que havia trazido Noah até ali.

Ela entrou no novo carro e colocou sua mochila entre os bancos. Ele sorriu, pegou a mochila e a colocou no banco da frente, puxando Noah para mais perto.

— Eu prefiro assim — disse ele.

— Você não se satisfez com a loira e agora vai tentar me comer também? — perguntou Noah, encarando-o nos olhos.

Ele sorriu:

— A Stephanie? Ela é só uma amiga. A encontrei por acaso enquanto esperava você arrumar suas coisas.

— Amigos não se beijam — retrucou.

— Quem disse que eu a beijei? — respondeu ele, ainda rindo.

— O batom vermelho dela era de péssima qualidade. Ficou um pouco na sua boca e na barba. — Noah passou os dedos nos lábios dele e mostrou a mancha.

— Merda — murmurou ele.

Noah se esticou até a parte da frente do carro e pegou um lenço, limpando a marca de batom do rosto dele. Enquanto fazia isso, ele não tirava os olhos de sua boca e seu olhar. Quando ela terminou, se ajeitou no banco. Ele sussurrou:

— Se você fizer isso de novo, não vou conseguir me conter.

— O quê? Limpar sua boca suja de batom?

— Deixar sua bunda na minha frente e depois sentar em cima de mim enquanto toca a minha boca.

— Desculpa. Eu não sabia que corpos mais cheios que os das modelos que você pega chamavam sua atenção.

— Foi só um beijo. Não tire conclusões precipitadas.

— É bom saber que isso não significa nada pra você. Vamos demorar muito pra chegar no cativeiro?

— Estamos quase lá.

Quando chegaram à beira da estrada, não havia nenhuma casa por perto. Noah ficou parada, observando o entorno.

— Você se arrependeu de ter me sequestrado e vai me matar aqui mesmo?

— A casa fica no meio das árvores. Só tem acesso por trilhas. Mas, pra sua sorte, mandei construir uma trilha pra motos. Assim você não precisa caminhar.

— Bela atitude. Mas cadê as motos?

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