A verdade!

No carro pairava um silêncio instridente. Caio focou os seus olhos no braço de lisa, estava com um enorme hematoma, e com furos da unha. Ele tenta tocar o braço de lisa, mas a mesma se afasta. Não demora e eles chegam em casa. Caio olha para lisa sentada no sofá e diz: "O que tem para me dizer lisa?" Caio pergunta com a voz calma, porém com um pouco de raiva nela, ele não era o único furioso ali. Lisa também estava furiosa a mesma nunca se enfureceu em toda a sua vida tortuosa, e ali olhando para caio ela viu-se com raiva, sentimentos que lhe causava dor vinham a tona, lágrimas que lisa segurou por anos começaram a cair involuntariamente. Caio ainda esperava em silêncio a resposta de lisa. Ela enxuga as lágrimas e olha para caio que estava de pé. "Caio antes de qualquer coisa deixe-me cuidar da sua mão." Diz lisa com a voz rouca, caio acena com a cabeça, lisa se levanta do sofá e vai até o quarto não demora e ela retorna com uma maleta pequena, nela contia um pequeno ‘kit’ de primeiros socorros.

Lisa lava a mão do caio, e depois coloca um remédio que fez caio arfar pela ardência, para diminuir o ardor lisa começou soprar, caio sentiu uma sensação de cuidado. O seu coração batia em ritmo descompensado. Após terminar ela enrola uma faixa para cobrir o corte e ainda guardando as coisas ela diz: "Amanhã você precisa ir ao hospital, o corte foi fundo precisa de pontos." Ela levanta-se e antes que pudesse retornar para o quarto caio segurou a sua mão. "Lisa deixa essa maleta para lá senta aqui e conta-me porque fingiu se passar por sua irmã caçula?" Lisa se senta e com olhos distantes diz: "O que quer que eu fale? Você já deve saber tudo sobre os Cupper e sobre mim." Caio passa as mão nos cabelos com raiva e diz: "Sim! Sei, entretanto, quero ouvir de você porque aceitou tanta crueldade e, porque não saiu daquela casa após completar a maior idade?" Lisa estreita os olhos para caio, ela ponderou por um instante que ele não se importava com ela, mais sentada ali de frente para ele e olhando fundo nos seus olhos ele viu, uma preocupação por ela.

"Você pensa que foi fácil para eu viver com eles todo esse tempo?" Lisa fala com lágrimas escorrendo pelo, o seu rosto. "Eu tinha apenas 5 anos quando a minha mãe resolveu deixar-me, eu juro que preferia mil vezes morar na rua do que com aquela família horrível. Mais a minha mãe acreditou que o melhor para mim, seria crescer com pessoas da alta sociedade, assim eu poderia crescer e se tornar alguém, eu era muito jovem quando a minha mãe faleceu, a empregada que hoje se encontra hospitalizada foi quem cuidou de mim, tem coisas que fizeram comigo que ela nem sonha. Marcela fez-me beber da minha própria urina, por ficar semanas sem água e sem comida, já me fez limpar aquela casa imensa sozinha, ela proibia os empregados de ajudar-me, e quem se atrevesse a desacatar a ordem dela era demitido. A única que enfrentava ela por mim era a Judite, eu apanhava por puro capricho da Clara. Não era uma surra qualquer eu era literalmente espancada por Eduardo, já cheguei a dormir toda machucada. Em uma das surras que levei acabei por fraturar a clavícula e perdi a consciência, com medo de terem-me matado, levaram-me ao hospital. Dizendo que eu havia sofrido um sequestro relâmpago. Daquele dia em diante, as surras diminuíram. Não me recordo muito bem, mais eu julgo que eu tinha uns 10 para 14 anos. Lembro como se fosse hoje, quando o som da campainha tocou. Marcela abriu a porta mais não havia ninguém apenas uma carta sem nome do remetente, na carta contia apenas o nome do Eduardo. Só consigo lembrar da cara de apavoro da Marcela. E depois desse dia, algumas atitudes mudaram drasticamente. As surras cessaram, deram o sobrenome deles, pagaram a faculdade para mim, até me permitiram namorar, a carta parecia ter assustado eles. Você perguntou-me do porque eu não sai de lá e a resposta é simples eles não me deixava ir, como eu namorava, maison Cater, eles sabiam que se eu me casasse com ele, eles teriam o dinheiro do maison, resumindo eu era apenas negócio, eles agarraram-se em mim para consertar o rombo financeiro da empresa deles. E fora que eles me ameaçava com a Judite. O resto você já sabe que foi o seu casamento com Clara, mais que no fim acabou se casando comigo, fingir ser Clara a pedido deles, eu odeio mentir, mais pelo, o meu bem decidir fazer isso."

Caio já sabia de tudo que lisa acabara de dizer, mais ouvindo dela, fazia com que o ódio dentro dele crescesse mais, indignado ele levanta-se e soca a parede com a mão machucada. Lisa se assusta, ela respira fundo e vai até ele. Confusa ela pergunta: "Porque se importa tanto com a minha situação caio?" Caio também não conseguia entender porque ele se importava tanto, mesmo ele sentindo algo por ela, ele jamais tomaria a dor de alguém assim tão facilmente, ele olha para ela e diz: "Eu também não sei porque me dói tanto ouvir tudo o que você passou." O brilho nos olhos de lisa sumiu em imediato, após ouvir a confissão de caio, ela respira fundo e fala: "Agora é a sua vez! Disse ter algo para me dizer, estou a esperar. Assim que você terminar vamos ao hospital ver a sua mão, ela não para de sangrar." Caio não sabia como lisa ia receber a sua confissão, sem rodeios ele diz: "Eu sou o dono do grupo kering." Lisa se vê incrédula, a mesma não esboça nenhum tipo de reação os seus olhos estavam negros de raiva. Com a voz trémula ela esbraveja com ele. "Então nunca foi pobre!? Esse tempo todo mentiu-me também, porque fez isso? Hoje a sua confissão idiota quase fez-me morrer nas mãos da louca da clara. Ela pensa que eu sabia que você é milionário, quase matou-me hoje." Lisa falava enquanto batia no peitoral de caio, o mesmo não tenta se defender, ele espera ela se acalmar ofegante lisa acrescenta. "Eu estou-me demitindo da sua empresa e eu quero o divórcio." As palavras de lisa soaram como agulhas perfurando os tímpanos de caio. Com a voz grossa e autoritária ele grita lisa, que já estava para ir embora.

"Lisa! Volta e sente-se aqui agora! Eu não estou a pedir mais sim, mandando, não terminei de contar." Lisa se assusta com a forma que caio a olhava, ela então fecha a porta e volta a se sentar no sofá os seus olhos estavam marejados, ela só queria ir embora o quanto antes. Entretanto, ela acreditou que seria injusto dar as costas a caio sem antes ouvir a sua história também. Ela encara-o com raiva sem dizer nada, ela esperava ele da continuidade.

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