Ditando as regras

Após uma longa viagem eles finalmente chegam no seu destino. Lisa encarava o bairro para qual o homem a levou. Ele olha para trás e observa Lisa parada olhando em volta, ele então pensa que ela havia odiado o lugar, com um sorriso largo ele diz. "Essa é a nossa casa! desculpe-me, por ela ser simples sei que a senhorita sempre obteve uma vida cheia de luxos e caprichos, mas infelizmente você casou-se com um homem que não tem aonde cair morto e tudo que posso-lhe oferecer é isso". Lisa olha para a figura do grande homem parado olhando em direção a ela e diz sem nenhum tipo de expressão: "A casa é linda, vem vamos entrar está frio aqui fora". Assim que Lisa adentra na pequena casa ela nota que quase não havia móveis dentro dela, fora que estava muito empoeirada, ao que parecia que a casa estava abandonada, e que ninguém ia lá a anos. Lisa então tira os seus saltos, prende os seus longos cabelos num coque frouxo, deixa o seu buquê em cima do pequeno sofá e pergunta para o homem onde ele guardava os produtos de limpeza.

"Onde estão os produtos de limpeza?" O homem, não sabia que tipo de jogo Clara estava tentando jogar com ele, mas ele não iria permitir que ela o fizesse de bobo, irritado ele pega em um dos braços dela com força e diz: "Antes de você tocar em qualquer coisa aqui vamos deixar algo bem claro ok?" Lisa acabou se assustando com o comportamento do homem. Ela respira fundo para se tranquilizar e puxa o seu braço das mãos dele, ela da dois passos para trás e diz: "Ok!" Por mais que Lisa estava apavorada por dentro ela mantinha a calma por fora, a expressão de irá nos olhos do homem era nítido e por mais que Lisa tentasse ler a sua expressão ela não conseguia compreender o porquê ele mudou o comportamento tão drasticamente. A energia que emanava do seu corpo era escura como a noite, aquele homem despreocupado e despojado havia desaparecido, ele ainda encarando ela diz: "Que fique claro que esse casamento não passa de um mero acordo entre as nossas famílias, eu nunca quis nada disso, então você é livre para se apaixonar por outro, e o mesmo vale para mim, caso um de nós se apaixone por outras pessoas, vamos assinar os papeis de divórcio. E eu não irei-lhe tocar, nem lhe beijar. Bom dito isso os produtos de limpeza estão no banheiro, vou sair não tenho hora para voltar, pode ficar com o quarto e com a cama. Só irei utilizar o quarto para usar o banheiro e o guarda-roupa, e trocar-me".

Lisa respira em alívio ao ouvir as palavras do homem. Antes dele sair ela pede para ele esperar: "Espere por favor!?" O homem alto para na pequena porta e fala num tom frio. "Deseja acrescentar algo?" Lisa respira, e com a voz calma ela diz: "Não! Só queria saber o seu nome, pois daqui uma semana teremos que visitar os meus pais, não posso chegar lá sem saber o nome do meu marido, creio que seria uma ofensa para o seu pai, e um grande problema para nós dois" O homem sentiu-se notado por ela brevemente, ele vira-se e antes de sair ele fala: "O meu nome é Caio Walton, agora estou a ir sinta-se a vontade, pois essa casa agora é sua também".

Assim que ele sai Lisa se senta no sofá, e respira aliviada, após se recuperar da conversa que teve com Caio ela levanta-se e começa a limpar a casa, ela de alguma forma se sentiu acolhida naquela casa simples e pequena, ela também estava mais tranquila em relação ao Caio. Ela ponderou que ele tentaria algo com ela assim que entrassem na casa, porém quando ouviu dele que ela era livre para se relacionar com outras pessoas ela sentiu um peso saindo do seu corpo, por mais que ela e Maison namoraram por um tempo, eles nunca chegaram a dormir juntos. Lisa é do tipo de mulher que gosta de se guardar. Ela tinha planos de se casar com Maison então desde do dia em que começaram a namorar ela decidiu se guardar para ele, olhando para trás agora ela se sente aliviada por fazer isso, pois Maison não era o homem certo para ela. O que a fez pensar que por ela ter se negado a se deitar com ele fez com que ele corresse em direção a sua irmã caçula, com tudo ela se sentiu aliviada, enquanto ela continuava a limpar Caio foi até a sua verdadeira casa se arrumar, ele tinha uma reunião importante. "Senhor porque ainda finge ser pobre? A sua esposa já passou no teste de ser interesseira, então porque ainda finge?" Roberto era o assistente pessoal do Caio, ele era o único que sabia tudo sobre a vida dele, mais o que Roberto não sabe é que o seu amigo e chefe se sentia bem com a vida que fingia ter. "Ainda não é o momento de me revelar, quero observar até onde Clara irá suportar a vida simples, pois eu não tinha a vida que tenho hoje. Eu e a minha mãe passamos por muito naquela casinha simples, e eu também não gosto dela, sinto que ela esconde algo, e só conseguirei descobrir fingindo ser pobre, e após descobrir o que ela me esconde irei afugentar ela para longe e acabarei com ela e toda a sua família".

"Eu sei senhor, lembro como se fosse ontem o dia em que a sua mãe morreu e o dia em que o senhor passou a morar com o seu pai".

"Aquele velho babaca! Não merece o titulo de pai, minha mãe não significou nada para ele, ela só serviu de amante e de incubadora para gerar um herdeiro para ele, já que a mulher dele é oca e não pôde dar a ele um filho. Eu nunca recebi dele carinho e afeto". Por Caio ter se recusado a dizer para os tabloides que ele era filho da esposa do seu pai, o mesmo acabou por expulsar o seu único filho e herdeiro, o tornando um ninguém, com tudo a infidelidade do pai de Caio veio a tona, tornando ele o pivô dos noticiários, e com isso Caio ficou famoso na midia por ser fruto de uma traição do empressario mais rico e famoso do mundo.

"Herdar aquela porcaria de empresa nunca foi a minha intenção Roberto, e eu jamais iria manchar a memória da minha mãe fingindo ser filho daquela mulher desprezível só para não cagar a reputação daquele velho. E ele não contente em estragar com a minha vida e a da minha mãe ainda teve a cara de pau! De obrigar-me a se casar com uma mulher que não amo, pois, ele sabia que o meu casamento com uma moça da alta sociedade abafaria o caso da infidelidade dele, resumindo ele sempre me viu como um objeto a vida toda".

"O senhor Jorge nunca foi um bom exemplo, sinto muito por você senhor, mas agora o senhor está livre dele, pois já tem seu próprio império, porque não diz isso ao seu pai? Já faz 5 anos que o senhor levantou a sua empresa, e fez a sua marca se expandir no mercado. Acho que está na hora do senhor contar a verdade para todos sobre a sua real situação, sem contar que o senhor se esconde atrás dos seus funcionários ninguém na sua empresa sabe quem é o CEO deles, porque faz isso? Trabalho com o senhor faz uns anos e somente eu sei sobre isso, não entendo porque se esconde e continua a agir como um zé ninguém a 5 anos."

"Ainda não está na hora Roberto já disse isso, e eu gosto de viver uma vida sem responsabilidades, abri o meu próprio negócio somente para não ter que ser um escravo do dinheiro do meu pai. Ele controlava-me com a droga do dinheiro e status dele, e eu cansei de viver sendo uma marionete. Agora quem conduz as minhas próprias cordas sou eu, agora chega desse assunto eu vim aqui porque disse haver uns documentos importantes para eu assinar onde estão?". Roberto entrega alguns papeis para Caio, e assim que ele analisa e assina eles bebem um pouco para relaxar, embora Roberto parece um mero assistente ele e Caio são amigos desde da infância, apesar das circunstancias terem os afastados, as horas passaram-se apressado. Caio troca de roupa e veste a mesma de hoje mais cedo, uma calça, jeans toda surrada, uma jaqueta de couro velha que já estava a descascar, e calça os seus ténis velho que continha um pequeno furo no calçado direito, após ter se trocado ele sai da mansão e pede um táxi. Não demora e ele chega na sua casa, quando ele adentra nota a casa bem limpa e com um cheiro maravilhoso de comida caseira, aquela cena o fez voltar ao passado e se lembrar da vida que ele teve com a sua mãe. Ele derrepente se sentiu nostálgico, Caio estava um pouco alto da bebida, ele vai a andar em passos lentos até o quarto e constata Lisa dormindo, ela usava um pijama de moletom, ele então se retira do quarto e se joga no sofá, e ali apaga.

Na manhã seguinte, Lisa se levanta bem cedo, hoje ela iria visitar dona Judite no hospital. Ela toma seu banho faz a sua higiene matinal e se veste, ela optou por um look mais confortavél, como uma calça pantalona preta, um croped branco com costas nua, e decote fechado, nos pés uma sandália com tiras de brilho, ela não gostava de se maquiar, mas prezava por uma boa vestimenta. Lisa se formou em estilismo, porém nunca trabalhou na área por conta da sua familia. Pronta ela passa o seu perfume, pega a sua bolsa da prada e sai do quarto, ela se depara com Caio dormindo todo torto no sofá e sem coberta, como ainda era bem cedo ela volta para o quarto e pega uma coberta e joga nele, ela prepara o café e com tudo ajeitado em cima da mesa ela escreve um bilhete e sai rumo ao hospital. Assim que sai Caio se levanta, ele não estava dormindo Caio fingiu o tempo todo, ele se levanta e sente um cheiro delicioso de café fresco, ele vai até a cozinha e nota a mesa posta com alguns pães, manteiga, leite, frios, e uma pequena garrafa de café.

Em baixo continha um bilhete escrito por Clara. (Bom dia! Precisei sair para comprar alguns mantimentos para a casa e resolver um assunto pessoal, volto mais tarde.)

Caio ficou um tanto curioso para saber que assunto pessoal Clara tinha para resolver, por mais curioso que ele estava, Caio não tinha direito de questiona-la, ele entra no quarto toma o seu banho e se veste, ele coloca outra peça de roupas surradas, ele senta-se na mesa e toma o seu café. E ali ele começa a se lembrar da sua mãe, até que se pega pensando com ele mesmo. (Como uma mulher que teve sempre tudo nas mãos, cozinha tão bem?) O jeito de Clara incomodava Caio profundamente, ele queria descobrir qual o tipo de jogo Clara estava a jogar o que ela escondia dele, pois o estilo dela é totalmente diferente do estilo da mulher das suas pesquisas. Após tomar o seu café ele retira a mesa, lava a louça. Assim que finaliza a limpeza da cozinha ele volta a se deitar no sofá.

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