Capítulo 4

Jayce caminhava sozinho pelos corredores de seu laboratório, as luzes fluorescentes iluminando seu caminho enquanto sua mente estava longe daquele espaço familiar. As palavras de Ambessa não saíam de sua cabeça, ecoando de maneira persistente, como uma sombra que ele não conseguia afastar. Ele tinha tentado ignorar a conversa, tentando se concentrar no trabalho, mas era impossível não pensar no que ela havia dito.

“Você e Mel… não é o que parece.”

A frase pairava em sua mente, fazendo-o questionar tudo o que sabia sobre sua amizade com ela. Ele sempre fora claro em relação ao que sentia por Mel — ela era sua amiga, uma das poucas pessoas com quem ele podia ser genuíno, sem máscaras, sem as expectativas que o mundo impunha. Mas aquelas palavras de Ambessa abriram uma fresta de dúvida que não podia ignorar.

Jayce parou diante de uma janela do laboratório, olhando para o horizonte lá fora, embora sua visão estivesse embaçada pelas preocupações. Ele se perguntou se Ambessa tinha razão. Talvez houvesse algo mais entre ele e Mel que ele não tinha percebido. Sempre foi fácil para ele racionalizar as coisas, afastando-se de qualquer sinal de confusão, mas agora a dúvida se enraizava de maneira profunda. Ele se pegou questionando a natureza da amizade que tinha com ela. E se, no fundo, fosse mais do que amizade para ele? Mais do que ele se permitia admitir?

"E se Ambessa estiver certa?", pensou Jayce, com um suspiro pesado. "Será que eu e Mel estamos apenas fingindo que somos apenas amigos?"

Ele não queria acreditar nisso. Não queria que fosse verdade. Mel sempre fora alguém que ele admirava, alguém que ele respeitava profundamente. Eles tinham um vínculo forte, uma amizade que resistira ao tempo e aos desafios que enfrentaram juntos. Mas, agora, ele sentia como se estivesse vendo tudo sob uma nova perspectiva — uma perspectiva que o fazia se sentir confuso e vulnerável. O que ele sentia por Mel poderia ser algo mais profundo? Ele começava a se perguntar se havia sinais que ele ignorara ao longo do tempo, como os momentos em que ela o olhava de um jeito diferente, ou as palavras que pareciam ter um peso extra quando pronunciadas por ela.

O labirinto de pensamentos foi interrompido pela luz de uma notificação no seu comunicador. Ele olhou para a tela, mas nem mesmo a mensagem de trabalho conseguiu tirar sua mente do turbilhão em que se encontrava. Ambessa havia tocado em algo que ele não sabia como lidar, e agora ele se sentia em um limbo, como se não soubesse mais o que fazer com os próprios sentimentos.

“Mel e eu... Será que é isso que ela vê?” Jayce refletiu, os olhos fechando por um instante. "Será que eu tenho que tomar alguma atitude antes que as coisas se complicem ainda mais?"

A ansiedade começou a tomar conta dele, e Jayce sabia que tinha que enfrentar essa dúvida. Mas, ao mesmo tempo, ele temia o que poderia descobrir. Se ele fosse honesto consigo mesmo, a ideia de que seus sentimentos por Mel pudessem ser mais complexos do que ele admitira até então o aterrorizava. Isso significava mexer com algo muito mais profundo e arriscado do que ele estava preparado para lidar.

Com um suspiro pesado, Jayce fechou os olhos, tentando se acalmar. Ele sabia que precisava resolver isso. Não poderia mais viver com essa incerteza, com a sensação de estar se perdendo nas próprias dúvidas. Seja o que fosse, ele precisaria confrontar Mel, confrontar suas próprias emoções e, finalmente, dar um passo para entender o que estava acontecendo entre eles. Mas a grande questão era: ele estaria preparado para a resposta?

No escritório de Victor

Victor estava em seu escritório, sentado em frente à mesa, os papéis espalhados à sua volta, mas sua mente estava longe de qualquer tarefa ou relatório. Ele não conseguia parar de pensar em Jayce, como sempre. A imagem de seu amigo estava cravada em sua mente, mas, dessa vez, ele não conseguia pensar em Jayce sem imaginar a presença de Mel ao seu lado. Os dois, juntos, trocando palavras e risos, como sempre fizeram. Mas algo ali estava diferente. Algo estava começando a incomodar Victor de uma maneira que ele não conseguia mais ignorar.

Ele se recostou na cadeira e passou uma das mãos pelo rosto, tentando afastar os pensamentos que vinham à sua mente, mas eram persistentes, como uma chuva fina que não cessava. Victor não queria admitir, mas a verdade era que ele não gostava de ver Jayce com Mel. Não da maneira como estavam agora. Não dessa forma tão íntima, tão fácil.

Os dois sempre foram amigos, isso era claro. Eles compartilhavam uma história, uma conexão que Victor nunca poderia entender completamente, mas sempre respeitou. Porém, nas últimas semanas, algo havia mudado em sua percepção. Ele não sabia exatamente quando, mas de alguma forma, Victor começou a ver Mel de outra maneira. Ele começou a vê-la não como apenas mais uma amiga de Jayce, mas como alguém que poderia ocupar um lugar que ele sempre quis. O lugar dela. Ao lado de Jayce.

A frustração crescia dentro de Victor. Ele tentava se concentrar no trabalho, mas não conseguia parar de imaginar Jayce e Mel juntos, rindo e conversando de um jeito que parecia tão natural, tão perfeito. Isso mexia com ele de uma forma que ele não queria admitir.

"Por que eu não posso ser eu no lugar dela?" pensava Victor, com o peito apertado. "Por que Mel tem que estar sempre tão próxima? Por que eu não posso ser quem ele escolhe para estar ao seu lado, ao invés dela?"

Era como se um nó se formasse dentro de seu peito toda vez que ele via Jayce sorrir para Mel. A raiva que sentia não era contra ela, mas contra o fato de que, por mais que tentasse negar, ele queria estar naquele lugar. Ele queria ser o único que entendesse Jayce daquela maneira. Queria ser o único a receber aquele olhar carinhoso, aquele sorriso de cumplicidade.

Victor se levantou da cadeira e caminhou até a janela, olhando para o céu escuro lá fora. Seus pensamentos estavam tão intensos que ele quase podia ouvir a voz de Jayce em sua cabeça, dizendo-lhe que tudo estava bem, que a amizade entre eles não mudaria. Mas algo dentro dele sabia que a amizade estava, de fato, mudando. E ele não gostava de ver isso. Ele não gostava de ver Jayce tão distante, tão envolvido com outra pessoa, enquanto ele ficava ali, à margem, tentando entender onde havia se perdido.

"Eu... eu quero mais do que isso", Victor murmurou para si mesmo, o coração acelerado e a mente tomada por sentimentos que ele nem sabia mais como processar. "Eu quero estar com Jayce. Eu quero ser quem ele vê quando olha para Mel. Eu quero ser o escolhido."

A verdade era que Victor estava cansado de ser o amigo. Cansado de se esconder atrás da fachada de lealdade, quando, no fundo, o que ele realmente queria era ser amado por Jayce de uma maneira diferente. Não como um amigo, não como um aliado. Mas como algo mais. Algo que ele não tinha coragem de expressar, mas que crescia dentro de si a cada dia.

Ele respirou fundo, tentando se controlar, mas a frustração era grande demais. Não importava o quanto ele tentasse afastar esses pensamentos, eles sempre voltavam. Sempre o assombravam.

“Eu só queria estar no lugar dela”, Victor pensou, o amargo da sensação se espalhando por seu peito. "Eu só queria que ele olhasse para mim daquela maneira. Talvez... talvez um dia ele veja o que está bem diante dele."

De volta com Victor, ele decide falar com Ambessa e desabafar um pouco

Ambessa: "Victor, você não pode esconder isso para sempre, sabia?"

Victor: (olha para ela, com os olhos marejados) "O que você quer dizer com isso, Ambessa?"

Ambessa: "Você acha que ninguém percebe o que está acontecendo? Eu vejo a maneira como você olha para Jayce, como você age quando ele está por perto. Não é difícil de perceber, Victor."

Victor: (engole em seco), evitando olhar nos olhos de Ambessa "Eu não sei do que você está falando."

Ambessa: (sorriso suave) "Não adianta mentir para si mesmo. Você está apaixonado por ele, não está?"

Victor: (sua voz falha por um momento, mas ele tenta controlar a respiração) "Não... não é assim. Eu só... eu só quero que as coisas fiquem bem entre nós. Jayce é meu amigo, e eu não quero que nada estrague isso. Não posso... eu não posso pensar nisso, Ambessa. Não posso."

Ambessa: (olha para ele com compaixão) "Victor, não adianta fugir do que você sente. Eu entendo o que é estar preso a algo assim, a um sentimento que não pode ser correspondido."

Victor: (começa a sentir os olhos se enchendo de lágrimas, tentando lutar contra elas, mas falhando) "Eu sei... eu sei que não posso ter o que eu quero. Mas não é justo. Não é justo, Ambessa. Ele nunca vai me olhar dessa forma. Ele nunca vai me ver como... como eu vejo ele."

Ambessa: (se aproxima, colocando a mão em seu ombro) "Eu sei que dói. Mas você tem que se libertar disso, Victor. Ficar preso em algo impossível vai te destruir por dentro."

Victor: (a voz quebra enquanto ele tenta controlar as lágrimas) "Eu só... eu só queria que ele me visse de outra maneira. Queria que fosse eu. Queria que fosse eu, Ambessa. Eu queria ser o único para ele. Eu só... não aguento mais."

Ambessa: (com um olhar profundo) "É doloroso, mas você tem que aprender a deixar ir, Victor. Às vezes, a única escolha é seguir em frente, mesmo quando não queremos."

Enquanto Ambessa fala, Mel, que estava passando perto da porta, escuta tudo. Seus olhos se estreitam em raiva. Ela aperta os punhos, sentindo a raiva crescer dentro de si ao ouvir Victor, que sempre foi seu amigo, falar dessa maneira sobre Jayce. Ela dá um passo atrás, a raiva se transformando em uma fúria silenciosa.

Mel: (pensando para si mesma) "Então é isso... Ele nunca me viu de verdade, né? Sempre foi Jayce, Jayce, Jayce. E ele... ele nunca teve coragem de dizer isso na minha cara. Agora vem choramingar para Ambessa?"

Mel sente a necessidade de confrontar ambos, mas decide ficar quieta por um momento, ouvindo mais um pouco.

Victor: (com a voz embargada)"Eu sei que não posso ter ele, mas não sei mais o que fazer, Ambessa. Eu... eu não sei como seguir em frente."

Ambessa: (respira fundo), tentando ser o apoio que ele precisa "Você vai conseguir, Victor. Não vai ser fácil, mas com o tempo, as coisas vão melhorar. Eu sei que parece impossível agora, mas você vai encontrar seu caminho, mesmo sem ele."

Mel, do outro lado da porta, sente uma mistura de raiva e decepção. Ela não sabia como lidar com o que acabara de ouvir. Victor, seu amigo, estava se entregando a um amor impossível, enquanto ela, que sempre se importou com ele, agora se via numa posição difícil. Ela não sabia se sentia raiva dele, de Ambessa, ou da situação toda. Apenas sabia que o que acabara de descobrir mexeu profundamente com ela.

Com um suspiro pesado, Mel se afasta da porta, sentindo o coração apertado. Ela tinha que processar tudo o que acabara de ouvir. E, mais do que isso, precisava confrontar Victor. Mas não agora. Não ainda.

Depois...

Mel e Jayce estão em um local tranquilo, sentados juntos. Mel parece séria, mas tenta esconder a manipulação com um tom de preocupação. Jayce parece confuso, mas atento.

Mel: (olhando com preocupação) Jayce, eu preciso falar com você sobre algo muito importante. Eu sei que você é leal ao Victor, mas... eu não sei se ele realmente tem suas melhores intenções em mente.

Jayce: (franzindo a testa) O que você quer dizer com isso? O Victor sempre foi meu amigo. Ele sempre esteve ao meu lado.

Mel: (suspira, parecendo frustrada) Eu sei que você quer acreditar nisso. Mas, Jayce... eu estive prestando atenção em algumas coisas. Você já reparou como o Victor sempre parece te colocar em situações complicadas? Ele nunca te escuta de verdade. Sempre te faz tomar decisões que só o beneficiam, não te dá o apoio que você precisa.

Jayce: (pensativo) Eu... eu nunca tinha visto isso dessa forma. Ele sempre esteve lá para mim, mesmo quando eu estava em apuros.

Mel: (com um olhar suave, mas manipulador) Eu sei que você sente isso, mas... talvez o Victor só esteja pensando nele mesmo. Sabe, ele tem uma forma de te fazer sentir que você está sendo o herói, mas no fundo ele te usa. Eu te conheço, Jayce. Você é tão capaz, tão inteligente, mas ele te coloca em segundo plano, te faz depender dele. Não acha que isso não é justo?

Jayce: (confuso) Mas eu sempre confiei nele... ele foi um mentor para mim. Como ele poderia fazer isso?

Mel: (suspira, como se estivesse revelando uma grande verdade) Porque ele tem medo de você, Jayce. Ele tem medo do quanto você pode crescer. Ele não quer que você seja mais forte do que ele. Ele sabe que, se você realmente alcançar todo o seu potencial, ele vai perder o controle. E ele precisa te manter submisso para se sentir seguro. Você percebeu como ele nunca te deu um espaço real para brilhar? Sempre te empurra para o fundo, para que ele continue sendo o centro das atenções.

Jayce: (começa a ficar desconfiado, seus olhos se estreitam) Você realmente acha isso? Que o Victor... quer me manter para baixo?

Mel: (coloca a mão suavemente sobre a dele, falando com mais intensidade) Eu não quero que você sofra, Jayce. Eu te vejo lutando para ser reconhecido, e vejo o quanto você poderia alcançar, se o Victor não estivesse sempre te puxando para trás. Eu estou te dizendo isso porque eu me importo com você. Você merece mais. Você é mais do que o que ele te faz acreditar.

Jayce: (dúvida e raiva começando a surgir) Eu... eu nunca pensei assim antes. Mas agora que você me fala, faz sentido. O Victor sempre foi tão controlado, tão... impositivo. Talvez eu tenha sido cego.

Mel: (sorrindo ligeiramente, vitoriosa) Eu sabia que você entenderia, Jayce. Você é mais do que isso. Não precisa se submeter a ele. Você é capaz de ser muito mais, e eu vou estar ao seu lado para te ajudar a ver isso. Não deixe o Victor te manipular mais. Eu vou te apoiar em tudo.

Jayce: (com raiva crescente) Eu... eu não vou mais deixar ele me controlar. Vou mostrar para o Victor que eu posso ser mais do que ele pensa. Ele vai ver que não sou mais a pessoa que ele pode usar.

Mel: (com um sorriso frio) Isso mesmo, Jayce. Agora você está começando a ver a verdade. E lembre-se, estou sempre aqui para você, para te apoiar e te ajudar a ser quem você realmente é.

Jayce parece determinado, mas também confuso, enquanto Mel observa com um olhar satisfeito e calculista.

De volta no Laboratório

O laboratório está silencioso, exceto pelo som das máquinas funcionando ao fundo. Jayce entra, com os olhos fixos em Victor, que está concentrado em um de seus experimentos. O clima está tenso.

Jayce:

(Voz firme, mas com raiva)

Victor, eu finalmente entendi. Você me manipulou o tempo todo, não é? Me usou para os seus próprios fins, sem se importar com nada, nem com a nossa amizade!

Victor:

(Confuso, olha para Jayce com surpresa)

O que...? Manipular você? Jayce, de onde você tirou isso? Eu não tenho ideia do que você está falando!

Jayce:

(Com a voz cada vez mais carregada de frustração)

Não? Como pode ser tão cínico? Você me usou! Colocou todas essas ideias na minha cabeça, me empurrou em direções que nem eu sabia que queria ir. E agora, olhando para trás, vejo que tudo foi um jogo para você!

Victor:

(Nervoso, sem entender)

Jayce, isso não faz sentido! Eu sempre tentei fazer o que era melhor para a gente, para os nossos projetos. Sempre fomos parceiros! Eu jamais faria algo para manipular você. Nunca foi esse o meu objetivo!

Jayce:

(Rindo com amargura)

Você acha que pode me convencer disso agora? Depois de tudo o que aconteceu? E ainda tenta me fazer acreditar que foi tudo pelo "bem maior"? Você foi longe demais, Victor! Sempre me falando sobre a perfeição, sobre o que era necessário, me empurrando para suas ideias como se eu fosse um peão no seu tabuleiro!

Victor:

(Desorientado, tentando entender o que aconteceu)

Mas, Jayce, eu... Eu não te empurrei para nada. Eu... Eu queria que a gente fosse mais longe com os nossos experimentos, sim, mas sempre com o objetivo de evoluir, de mudar o mundo para melhor. Como é que você chegou a essa conclusão?

Jayce:

(Enfurecido)

Eu vi o que aconteceu! Como você foi gradualmente me afastando das minhas próprias ideias, me fazendo duvidar de tudo ao meu redor. E quando Mel entrou na jogada, você simplesmente se retirou, como se estivesse me observando, pronto para ver até onde eu chegaria. Você estava me manipulando enquanto me fazia acreditar que era para o meu bem!

Victor:

(Com o rosto tenso, tentando se manter calmo)

Jayce, você está me acusando de algo que não fiz. Eu não queria te manipular, eu queria trabalhar com você, porque nós dois... nós dois éramos uma força! Como você pode pensar que eu faria algo assim?

Jayce:

(Com a voz mais baixa, mas firme)

Eu queria acreditar que tudo o que fizemos foi por algo maior, mas agora vejo que foi só o seu ego. Eu me perdi no meio de tudo isso, e você foi a causa disso. Eu nunca imaginei que alguém como você pudesse fazer isso comigo.

Victor:

(Com tristeza, ainda sem entender)

Jayce, não sei de onde você tirou isso. Eu não manipulei você, não foi esse o meu plano. Mas se isso é o que você acredita agora, se esse é o ponto em que chegamos... Eu não sei o que mais dizer.

Jayce:

(Olha para Victor com uma expressão de decepção)

Eu já decidi, Victor. Eu não vou mais acreditar em você. Eu não posso mais confiar em alguém que me empurrou para esse abismo. Eu não sei quem você se tornou, mas eu não posso mais fazer parte disso.

Victor:

(Com um olhar perdido e sem saber o que mais dizer)

Jayce... Eu nunca quis que fosse assim. Mas, se você já tomou sua decisão, eu não posso forçar você a mudar de ideia.

Jayce:

(Vira as costas, indo embora com um suspiro pesado, sem olhar para trás)

Acabou, Victor. Acabou.

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Comments

Iliete Araujo

Iliete Araujo

história muito boa ,sempre existe os manipuladores e no fim tudo será esclarecido, cuidado Mel vai acabar sozinha e desmoralizada

2024-12-24

1

Cristtye Shoyo

Cristtye Shoyo

Q PORRA HEIN, MEL VTMNC

2024-12-08

2

Deidara_Uzumaki_Uchiha

Deidara_Uzumaki_Uchiha

amei

2024-12-05

2

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