capítulo 05

Victor.

Mas que merda... Era só o que me faltava, ser atingido por um tiro e ainda ter um louca no volante. ainda bem que ela dirigir bem. tô pensando seriamente o que devo fazer com ela. Ela é linda, esperta e desenrolada. bem diferente do irmão dela aquele imprestável. vou chama-la para me acompanhar no baile de hoje. Mas antes devo dar um jeito no meu braço.

— chegamos chefe.

— nico traga ela pra minha sala e ligue para o doutor Daniel.

— ok.

Fernanda entra numa grande mansão meio sombria por fora, mas por dentro era elegante e luxuosa em tons de cinza e preto. Ela fica mais surpresa ainda quando entra no escritório. Era lindo, mais escuro e até meio assustador.

Victor ver que ela observa todo o ambiente. não com um olhar de medo, mas sim de curiosa. Ele se senta na sua cadeira e tenta tirar seu blazer.

— posso te ajudar?

Victor acena e ela devagar vai tirando o blazer e voltando até ele. Ela se ajoelha e desabotoa os botões da sua camisa encharcada de sangue.

Victor a encara e ele jura que se fosse em outra ocasião a puxaria para seu colo e a tomaria ali mesmo. Ele o encara com um olhar de luxúria e desejo e ela também o corresponde ficando vermelha ao olha para o abdômen definido do don.

— com licença chefe. Mas o doutor Daniel está em cirurgia só chegara daqui a uma hora.

— mais que droga. Chame outro da máfia e de confiança.

nico sai os deixando sozinhos novamente.

— Victor, posso dar uma olhada enquanto o médico não chega.

— vai dizer que também é medica?

— não, mas fiz enfermagem antes de engravidar da Júlia. Parei o curso quase no final. Pois, nãoo dava pra manter, nos hospitais que estagiei pegava vários casos assim... Mas se quiser esperar e com você.

— aí tá bom garota vai.

— tem insumos hospitalares aqui?

— sim, primeira porta do armário.

Fernanda vai até até lá e pega uma grande caixa com pinças, bisturis, alicates e curativos. Tudo para uma pequena cirurgia.

— a nossa. Aqui tem mais insumos que em muitos hospitais lá do Brasil...

 Fernanda pega um abajur e coloca próximo ao Victor, para ver melhor o seu ferimento. Depois pega e se prepara com luvas máscara e proteção no local.

— pelo o que estou vendo aqui. Ela não atravessou, consigo ver ela. Se você quiser eu consigo tirar... Mas depois tem que tirar um raio -x para ver se não afetou o osso.

Victor ver que ela sabe o que está fazendo e então a permite fazer. então ela aplica uma anestesia local e com uma pinça consegue pegar o projétil o jogando em uma bandeja.

— pronto agora e só sutura... você já levou tiros antes?

— sim. acho que com esse são 6.

— nossa. Deus realmente te ama muito viu.

— ou me odeia muito. Rsrsrs… Ele vive me castigando.

— não fala assim. Deus não castiga e nem odeia sua criação. O que vivemos aqui são somente consequências dos nossos ato senhor Victor.

Posso te perguntar uma coisa?

— claro. Se não for muito pessoal.

— sua esposa aprova essa sua vida sendo chefe da máfia?

— sou viúvo e ela não ligava muito.

— sinto muito. Pela pergunta.

— tudo bem.

— pronto acabei.

Ele pega um espelho e ver os pontos. Quase invisíveis.

— acho que você vai trabalhar pra mim, senhorita Fernanda.

— não obrigada. Minha vida é no Brasil junto com minha filha.

— isso quem decide agora sou eu. você agora(fala se aproximando dela) está no meu poder...

Os dois se encara e Fernanda morde os lábios. A tensão e grande e quase palpável. Mas logo são interrompidos por Nico.

— chefe desculpa a demora, mas tive que ir buscar o médico na clínica. Esse é o doutor Samuel indicação de confiança do senhor Daniel.

— acho que não irá mais precisar. Fernanda deu um jeito no meu braço.

nessa hora Nico fica impactado, pois o Don nunca permitia que muitas pessoas, principalmente desconhecidas o toca-se.

— sério chefe? mas acho melhor o médico dar certeza.

Fernanda — enquanto o médico ver posso ir beber água?

Nico — venha te levo até a cozinha.

A cozinha era o único cômodo com tons mais claros. Era uma linda e grande cozinha. Nico mostra tudo a ela.

— nico posso fazer um café e alguma coisa pra gente comer?

— você também cozinha?

— tento ser uma boa dona de casa.

— desculpa Fernanda mas você é casada?

— Deus me livre. Sou solteira... Na minha vida só tem espaço para minha filha.

Fernanda faz alguns sanduíches e um suco para o don de laranja com beterraba e um café para ela e o nico.

Quando Victor chega na cozinha, ver nico rachando o bico de tanto rir com as histórias de Fernanda.

— HUMRRUM... Atrapalho?

— don ... Imagina estava verificando o que Fernanda estava fazendo. Era só isso.

— Acompanhe o médico até o carro e o pague.

Victor se senta e Fernanda ver que está com uma tipóia no braço.

— senhor Victor. Fiz um sanduíche e um suco para você se recuperar logo. Pode ficar despreocupado que nico me viu fazendo não coloquei nada que possa te machucar de alguma forma.

— você não vai comer?

— sim vou. — ela pega uma xícara de café e um dos sanduíches e se senta próximo.

— senhorita Fernanda. Quando terminar nico a levará para meu apartamento, quero que se prepare vamos ao um baile beneficente hoje.

— baile? Ah não vou não.

— como é? novamente tenho que te lembrar que não tem escolha?

— kkkkk não precisa don mandão. Mas só que não tenho roupas nem sapatos para essa ocasião senhor Victor.

— isso é o de menos. Vou mandar alguém deixar umas roupas e sapatos para você ainda hoje. Lhe pego as 9hs.

Ele toma seu suco e leva o sanduíche para o escritório.

Nico volta e Fernanda o contato o que ele disse.

— olha Fernanda, não sei o que está acontecendo. Mas ele não é assim. Se fosse outros tempos você já tinha morrido pela sua afronta.

— ele não quer me matar, se não já tinha feito isso . Agora come por tenho que me ajeitar para um baile.

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