Sem dizer mais nada, Sofia deu o passo final, entregando-se ao momento. Ela o puxou para si, seus lábios se encontrando com os dele novamente. Mas dessa vez, o beijo foi mais profundo, mais ousado, como se ambos quisessem mais. Como se soubessem que ali, naquele momento, não havia mais volta. O que quer que fosse que os unisse, estava tomando conta deles.
Quando o beijo terminou, ambos estavam sem fôlego, mas a energia entre eles parecia mais forte do que nunca. Sofia olhou para Erick, seus olhos cheios de desafio e desejo.
— Sofia: "Você gosta de jogar, não é?" Ela sussurrou, seu tom mais suave agora, mas o brilho nos olhos ainda indicando que o jogo não tinha acabado.
Erick sorriu de volta, com a respiração irregular, e um olhar tão intenso quanto o dela. Ele sabia que estava em uma situação complicada, mas não conseguia resistir.
— Erick: "Eu gosto do jogo, Sofia. Mas acho que você sabe que é você quem está no controle."
Ambos ficaram ali, sem dizer mais nada por alguns segundos, a tensão ainda evidente no ar. Mas a resposta estava clara, e eles sabiam que o jogo não tinha fim — ele apenas mudava, evoluía, e os dois continuavam a jogar, cada um com suas regras, seus limites, mas com uma coisa em comum: o desejo que pairava sobre tudo o que faziam.
Quando a manhã chegou, os dois estavam juntos, exaustos, mas satisfeitos. A noite que haviam compartilhado os aproximou de uma maneira que ambos nunca imaginaram, mas que se tornou inesquecível.
Quando Sofia finalmente se entregou ao sono, seus pensamentos ainda giravam ao redor de tudo o que havia acontecido durante a noite. Ela se sentia exausta, mas uma sensação de satisfação a envolvia, como se aquele momento tivesse mudado algo dentro dela. Não sabia exatamente o que, mas tinha a sensação de que nada seria igual após aquilo.
O som suave de uma porta se abrindo a acordou. Ela abriu os olhos, sentindo a luz suave da manhã invadir o quarto, e viu Erick entrando, carregando uma bandeja. Ele sorria para ela, com um olhar terno, como se tivesse o prazer de fazer algo simples, mas cheio de carinho.
— Erick: "Acordou tarde, hein? Fiz um café para você."
Sofia sorriu, ainda um pouco sonolenta, mas feliz com o gesto. Ele colocou a bandeja sobre a cama e se sentou ao seu lado.
— Sofia: "Você fez tudo isso?"
— Erick: "Sim, achei que merecia um café na cama depois de uma noite dessas." Ele riu suavemente, sentindo a atmosfera descontraída entre os dois.
Sofia se sentou na cama, ainda envolta nas cobertas, e pegou a xícara de café com um sorriso. O aroma quente e acolhedor preencheu seus sentidos, e ela se sentiu em paz, mais do que esperava.
— Sofia: "Eu não sei o que dizer... Obrigada."
— Erick: "Não precisa dizer nada, só aproveite." Ele deu um beijo em sua testa e a observou com carinho enquanto ela tomava o café.
Aquele momento de quietude e simplicidade fez Sofia se sentir mais próxima de Erick, mais conectada do que jamais pensou que poderia estar. Ela não sabia o que o futuro reservava, mas sentia que, por ali e por aquele momento, tudo estava certo.
Sofia sorriu e olhou para ele, um olhar cheio de cumplicidade.
— Sofia: "Acho que não preciso mais de nada além disso."
Erick sorriu de volta, como se soubesse exatamente o que ela queria dizer.
A manhã passou com eles conversando, rindo e compartilhando pequenas intimidades. A tensão que havia marcado a noite anterior parecia ter se transformado em algo mais profundo e confortável. Ambos sabiam que haviam cruzado uma linha importante, mas agora, era hora de viver aquele momento.
Enquanto Sofia terminava de tomar seu café, um leve suspiro escapou de seus lábios. Ela olhou para Erick, e, mesmo ainda se sentindo incrivelmente bem, sabia que o dia estava apenas começando e ela precisava voltar à realidade.
— Sofia: "Eu preciso ir. Minhas coisas... a faculdade, sabe como é, né?"
Erick ficou em silêncio por um momento, seu olhar suavizando, mas logo uma expressão de brincadeira tomou conta de seu rosto. Ele cruzou os braços e fez uma cara de quem estava profundamente insatisfeito.
— Erick: "Não, você não precisa ir. Fica mais um pouco... vai ser só por hoje, só mais um pouquinho..." Ele fez uma careta de birra, como uma criança que não queria se despedir.
Sofia não pôde evitar rir diante de sua atitude, olhando-o com um sorriso divertido.
— Sofia: "Você está fazendo birra, Erick?"
— Erick: "Claro que não! Só estou tentando convencer você de que o mundo seria muito melhor se você ficasse aqui... comigo." Ele sorriu, tentando dar um charme no seu pedido, mas seus olhos denunciavam o quanto ele realmente queria que ela ficasse.
Sofia riu novamente, balançando a cabeça em diversão.
— Sofia: "Eu adoraria ficar, mas acho que o mundo fora daqui também precisa de mim hoje."
Erick se jogou de volta na cama, fazendo uma expressão de exagerado desgosto.
— Erick: "Você me abandona assim, na primeira chance? Eu te dou café na cama, faço companhia durante a madrugada e é isso que ganho em troca?"
Sofia levantou-se da cama, pegando sua bolsa e fazendo uma careta de culpa.
— Sofia: "Eu volto, prometo. Só preciso ir dar uma olhada nas minhas coisas, resolver umas pendências."
Erick fez um pequeno drama, puxando a almofada da cama e cobrindo o rosto com ela.
— Erick: "Fica! Não vai dar certo sem você aqui. Eu não aguento, Sofia! Me deixe pelo menos com a lembrança do seu sorriso!"
Sofia riu, sentindo seu coração derreter um pouco, mas sabia que precisava sair. Ela se aproximou dele, lhe tirando a almofada da cara.
— Sofia: "Vai ficar tudo bem. Vou voltar. Só precisa ser paciente."
Erick olhou para ela, sua expressão ainda um pouco dramatizada, mas o sorriso no canto dos lábios revelava que ele sabia que ela voltaria.
— Erick: "Você vai me fazer sentir sua falta, não vai?"
— Sofia: "Com certeza." Ela piscou para ele, antes de finalmente se virar para sair.
Erick se levantou e a seguiu até a porta, colocando as mãos nos ombros dela e a puxando para um último beijo.
— Erick: "Só não demore muito, está bem?"
Sofia sorriu, beijando-o de volta, antes de se afastar, com a sensação de que aquele momento teria ficado marcado. Ela não sabia como, mas tinha a certeza de que o que acontecia ali era só o começo.
— Sofia: "Eu volto logo."
E com isso, ela saiu, deixando Erick ali, com uma sensação de saudade antecipada, mas também de certeza de que, apesar da despedida, havia algo especial naquele vínculo.
Sofia entrou em casa, sentindo o peso do dia já começando a cair sobre ela. A última coisa que ela imaginava era que seu irmão, Lucas, estivesse esperando por ela de uma forma tão... intensa. Quando ela entrou na sala, se deparou com ele, visivelmente irritado, de braços cruzados e com o semblante fechado.
— Lucas: "Onde você estava, Sofia?" Ele não tentou esconder a frustração na voz. "Você me disse que ia voltar para casa, e olha onde você está... Tarde demais, de novo!"
Sofia suspirou e se aproximou dele, sabendo que não seria fácil explicar. O problema era que ela sabia que Lucas odiava quando ela desaparecia, ainda mais sem avisar. Ela tentou se acalmar, mas, antes que pudesse falar, Victoria, que estava na sala com Lucas, deu um passo à frente.
Victoria era uma amiga muito próxima de Sofia, e ao ver o desentendimento, decidiu intervir.
— Victoria: "Lucas, calma. Respira um pouco. Não adianta ficar nervoso assim. Eu entendo que você esteja preocupado, mas isso não vai ajudar." Ela colocou a mão no ombro dele de forma tranquila, como quem sabia como lidar com a situação. "Às vezes, as coisas acontecem e não podemos controlar tudo. Sofia também tem a sua vida, e embora ela tenha se atrasado, isso não significa que ela não se importe com você."
Lucas olhou para Victoria, desconfiado, mas ela o encarou com serenidade, transmitindo uma calma que ele não estava conseguindo encontrar em si mesmo.
— Victoria: "Eu sei que você se importa com ela, mas você também precisa entender que ela tem os próprios compromissos, a faculdade, as amizades... E o que aconteceu agora foi apenas um imprevisto. Vai ficar tudo bem."
Sofia observou em silêncio, grata pela ajuda de Victoria. Ela sabia que a preocupação dele vinha de um lugar bom, mas ainda assim, era complicado lidar com o controle que ele tentava exercer sobre ela.
— Sofia: "Desculpa, Lucas... Eu sei que te deixei preocupado. O tempo passou mais rápido do que eu pensei, e acabei me atrasando."
Lucas ainda estava irritado, mas o olhar de Victoria e a calma dela começaram a fazer efeito.
— Lucas: "Eu só... eu só não gosto de ficar sem saber onde você está, Sofia. Não sei o que aconteceu e fico nervoso."
Victoria, então, deu um passo atrás, deixando que os irmãos conversassem. Ela não queria intervir mais.
— Sofia: "Eu entendo, Lucas. De verdade. Vou tentar te avisar da próxima vez, ok?"
Lucas, agora mais calmo. Ele finalmente pareceu entender que estava exagerando.
— Lucas: "Está bem... só não me faça passar por isso de novo, ok?"
Sofia sorriu, aliviada, e lhe deu um abraço rápido.
— Sofia: "Prometo."
Enquanto os dois irmãos se acertavam, Victoria observava de longe, satisfeita com o rumo que a conversa estava tomando. Ela sabia que Lucas se importava muito com Sofia, mas também era importante que ele entendesse que ela estava crescendo e precisava de mais espaço.
Quando o abraço terminou, Sofia se virou para Victoria, agradecendo com um sorriso.
— Sofia: "Valeu, Vicky. Você me ajudou a colocar as coisas nos trilhos."
— Victoria: "Claro. Eu sei como ele é, e acho que ele só precisa de um pouco mais de paciência."
Os três passaram a tarde juntos, a tensão entre Sofia e Lucas diminuindo, enquanto Victoria assistia ao processo de amadurecimento dos dois. E embora o dia tivesse começado tenso, terminou com risos e uma sensação de compreensão mútua.
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Atualizado até capítulo 48
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