controle

— Sofia: "Mãe, o Erick me convidou para passar a noite na casa dele hoje. A gente vai assistir a um filme e tal, se você achar que está tudo bem, claro."

Jéssica parou o que estava fazendo e a olhou com atenção. Sofia percebeu que, apesar da calma da mãe, ela parecia um pouco surpresa com o convite. Afinal, ela nunca tinha ficado tantas horas fora da casa de um garoto.

— Jéssica: "Você vai passar a noite lá?"

Sofia assentiu, tentando disfarçar qualquer nervosismo em sua voz.

— Sofia: "Sim, vai ser tranquilo. Eu só quero curtir um tempo com ele, sabe?"

Jéssica ficou pensativa por um momento, e Sofia sentiu um leve aperto no peito. Será que ela estava comprando a desculpa?

— Jéssica: "Está bem, mas se precisar de qualquer coisa, me avise. Só não demore, tá? E me avise quando chegar."

Sofia sorriu aliviada. Sua mãe confiava nela, e sabia que não havia motivo para preocupação. Ela assentiu com a cabeça.

— Sofia: "Claro, mãe. Vou avisar. Pode ficar tranquila."

Quando Sofia saiu da cozinha e se preparava para sair, ainda sentiu um leve desconforto. Ela não queria mentir, mas ao mesmo tempo, não estava pronta para contar toda a verdade para sua mãe. Pelo menos, ela sabia que a confiança estava lá, e isso a fazia se sentir mais segura.

Então Sofia pediu ajuda para Victoria para convencer Lucas de que ela ia fazer um trabalho com a amiga da faculdade.

— Lucas: "Onde você vai hoje à noite?" Ele não levantou os olhos do celular, mas o tom de sua voz era um pouco mais inquisitivo do que o normal.

Sofia hesitou por um segundo, tentando pensar rápido em uma desculpa que fosse plausível. Ela não queria que ele soubesse a verdade, então optou por uma versão que poderia parecer mais simples.

— Sofia: "Vou passar na casa de uma amiga da faculdade. A gente vai fazer um trabalho juntas, então vou ficar lá até tarde."

Lucas, ainda com os olhos fixos no celular, não parecia convencido, mas não comentou nada. Ele apenas fez um som de aprovação, mas o olhar dele ainda estava um pouco desconfiado.

— Lucas: "Hum, ok. Mas não vai demorar, né?"

Sofia assentiu rapidamente, tentando manter o tom natural.

— Sofia: "Não, vou voltar mais cedo, pode deixar."

Ela deu um sorriso forçado e passou pela sala, indo em direção à porta. Ela sabia que, no fundo, Lucas poderia perceber que havia algo de errado. Mas, por enquanto, ele não questionou mais nada. Sofia respirou fundo, saindo da casa e indo em direção à casa de Erick.

Quando Sofia chegou à casa de Erick, a porta estava entreaberta. Ele estava ali, esperando por ela, com um sorriso no rosto e um ar relaxado. Ele parecia tão tranquilo, tão acolhedor. Sofia, no fundo, sentia que estava no lugar certo, mas ao mesmo tempo, algo dentro dela ainda estava preocupado com as mentiras que ela tinha que contar.

— Erick: "Oi! Que bom que você veio. Eu coloquei o filme que você falou que queria assistir. A gente pode relaxar e ficar à vontade."

Sofia sorriu e entrou, deixando as preocupações de lado por enquanto. O que ela mais queria naquele momento era ficar ali, com Erick. Ela não sabia o que o futuro lhes reservava, mas sentia que aquele momento entre eles era genuíno.

A casa de Erick estava silenciosa, exceto pelo som baixo do filme que ainda rodava na TV. Mas para Sofia parecia que tudo havia desaparecido. Ela estava ali, com ele, a pouca distância que fazia o coração dela acelerar. Ela percebeu que ele a observava com aquele sorriso típico que sempre a fazia ficar sem ar.

Sofia sabia o que queria e não tinha paciência para rodeios.

— (Sofia): Então, Erick... O que a gente vai fazer com esse tempo, sozinhos, hein?

sua voz cheia de provocação fez Erick levantar uma sobrancelha, pois ele não esperava uma atitude tão direta da parte dela.

—(Erick): Eu pensei que fosse você quem estivesse no controle, Sofia.

Sofia sorriu com malícia.

—(Sofia):e se eu quiser mudar um pouco as regras?

sem esperar a resposta Sofia aproximou-se e o beijou, o beijou intensamente.

Quando ela se afastou, seus olhos estavam desafiadores, sorrindo com aquele brilho travesso.

— Erick: "Você sabe o que está fazendo, Sofia?" Ele perguntou com um tom baixo, quase uma provocação.

Sofia deu de ombros, seu olhar desafiador nunca deixando o dele. Ela sabia o que queria, mas também estava testando os limites. Aquele era um momento de controle, mas ela não podia negar que, ao mesmo tempo, se sentia vulnerável. Era um jogo de força e entrega ao mesmo tempo, e ela estava disposta a jogar.

— Sofia: "Talvez eu saiba. Ou talvez eu só queira ver até onde você vai."

Erick riu baixo, inclinando-se um pouco, como se pensasse nas palavras dela. Mas antes que ele pudesse dizer algo mais, ela se aproximou novamente, seus lábios tocando os dele com mais suavidade agora, porém ainda com a mesma tensão. O beijo foi mais calmo, mas ainda carregava a promessa de algo mais.

Quando se afastaram, Sofia sentiu o desejo em cada fibra do seu ser, mas também uma pequena insegurança. Ela não queria que Erick pensasse que ela estava apenas jogando. Ao contrário, ela queria mais, mas tinha medo do que isso significaria depois. Ela não podia deixar de se perguntar: "Será que ele também quer mais ou isso é só o momento falando?"

Erick parecia perdido por um segundo, mas logo se recompôs. Ele a olhou novamente, como se estivesse tentando ver além do que ela mostrava.

— Erick: "Eu não esperava isso de você, Sofia. Mas... acho que você sabe bem o que está fazendo."

Sofia sorriu, tentando esconder qualquer vulnerabilidade. Não queria que ele visse o que ela estava realmente sentindo. Era um jogo, e ela tinha que continuar jogando.

O ar entre eles estava denso, carregado de uma energia palpável. Sofia podia sentir o calor no rosto, seu coração batendo mais rápido, mas ela não queria recuar. Erick, ao seu lado, parecia tão tranquilo e seguro, mas ela sabia que ele estava tão imerso nesse jogo quanto ela.

Sofia não queria que ele pensasse que ela estava vulnerável, mas não conseguia negar o desejo que queimava dentro de si. Cada toque, cada olhar trocado, tudo parecia amplificar a tensão.

— Sofia: "Você não acha que está me subestimando, Erick?" Ela falou de forma suave, mas com um tom desafiador, desafiando-o a ir além.

Erick não respondeu de imediato. Ele ficou observando-a, como se quisesse ler seus pensamentos. Por um momento, parecia que ele estava decidindo até onde iria naquele jogo.

— Erick: "Talvez... Talvez eu só queira descobrir o que você realmente quer." Sua voz estava mais baixa, mas cheia de intensidade.

Sofia não conseguiu evitar o sorriso travesso. Ele estava no mesmo jogo, querendo mais, querendo que ela se entregasse, mas ele também tinha suas próprias questões, suas próprias inseguranças.

Ela se aproximou dele novamente, o olhar fixo nos seus olhos, como se fosse um jogo de força.

— Sofia: "Eu não sei. Acho que, no final, você vai descobrir que não sou tão fácil assim."

Erick deu um leve sorriso, mas seu olhar era sério. Ele estava mais próximo agora, e Sofia podia sentir a respiração dele em seu rosto. Era uma sensação estranha, como se, ao mesmo tempo, estivessem tão próximos e tão distantes.

Antes que qualquer um dos dois pudesse falar algo, Sofia se afastou ligeiramente, quase como se estivesse provocando ainda mais. Ela queria ver até onde Erick iria.

— Sofia: "Eu só não quero que você pense que está me controlando." Ela falou com um sorriso enigmático.

Erick a observou, os olhos um pouco mais intensos, mas ainda com aquele sorriso seguro. Ele sabia o que ela estava tentando fazer, e de alguma forma, estava se divertindo com aquilo.

— Erick: "Eu não acho que você esteja sendo controlada, Sofia. Eu acho que você só gosta de jogar comigo."

Sofia não respondeu imediatamente, apenas o observou. Eles estavam se desafiando, mas também se entregando a algo maior. O desejo estava ali, entre eles, e não havia como negar que ambos queriam mais. Mas o jogo continuava.

A noite seguiu, com momentos de silêncio, trocas de olhares e beijos furtivos, cada um tentando entender até onde o outro estava disposto a ir. Mas nenhum dos dois queria dar o braço a torcer, ambos estavam com a guarda alta, se mantendo em equilíbrio, mesmo que no fundo, soubessem que isso não duraria muito.

Sofia não sabia o que exatamente estava buscando. Talvez fosse a certeza de que Erick estava tão envolvido quanto ela. Ou talvez fosse só o impulso de querer quebrar as regras, de desafiar os limites que eles mesmos haviam imposto a si mesmos. Mas, de qualquer forma, ela não queria sair dali com mais dúvidas.

— Sofia: "Você não está querendo me controlar, Erick. Mas o que você quer?" A voz dela estava mais suave agora, mas ainda cheia de curiosidade, uma ponta de provocação.

Erick a observou com um olhar que parecia penetrar sua alma. Ele sabia que Sofia estava tentando descobrir o que ele realmente sentia, o que ele realmente queria. Mas ele também estava jogando seu próprio jogo.

— Erick: "Eu só estou tentando descobrir se você realmente sabe o que quer." Ele deu um passo em direção a ela, deixando claro que não estava mais disposto a se segurar.

Sofia não se afastou, ao contrário. Ela se aproximou ainda mais, sentindo a intensidade do momento. A sensação de estar entre querer mais e não querer ceder era inebriante. Mas ela sabia que não podia se dar ao luxo de ser apenas quem ele imaginava. Não agora.

— Sofia: "E se eu souber exatamente o que quero?" Ela falou baixinho, quase como um desafio.

Erick a encarou com um sorriso mais sério, como se ele estivesse realmente considerando o que ela dissera. Ele sabia que, por mais que ela tentasse esconder, a sinceridade estava ali, bem debaixo da superfície.

— Erick: "Então me mostre." Sua voz era calma, mas havia uma urgência no tom que ele não podia esconder.

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