Quando o ciúmes fala mais alto

se passaram 15 dias desde as aulas de Sofia. Sofia estava se acostumando com a faculdade e já tinha feito alguns amigos. Estava se sentindo a vontade nos corredores e já tinha alguns lugares no campus preferidos para estudar.

Em um dia de aula, enquanto Sofia organizava seus materiais, o professor anunciou que haveria um novo trabalho para fazer em dupla. Ela olhou ao redor, pensando em quem poderia ser seu parceiro, quando um rapaz se aproximou.

-(Felipe):Oi Sofia né? Sou o Felipe, quer fazer o trabalho comigo?

-(Sofia):claro! falou sorrindo

-(Felipe): Então, a gente pode começar hoje, né? Como você falou que é melhor lá na sua casa...

-(Sofia): Sim, por mim tudo bem! Podemos resolver logo a pesquisa e as partes do texto. Assim sobra mais tempo pra revisar.

-(Felipe): Perfeito! Já tô ansioso pra ver como vai ficar.

(Eles começam a sair juntos, mas são interrompidos quando o telefone de Sofia vibra.)

mensagem recebida

-(Lucas):Oii não vou poder ir te buscar .

-(Sofia):Oi! Sério? O que houve?

(Alguns minutos depois)

-(Lucas): Foi mal, tive um imprevisto. Mas relaxa, o Erick vai te buscar, já falei com ele.

Sofia: (um pouco surpresa e nervosa) Ah… tá bom então. Obrigada!

(Sofia e Felipe estão esperando no portão quando Erick estaciona o carro e abre a janela)

-(Erick): (olhando diretamente para Sofia, com um tom casual) Bora?

-(Sofia): (acena com um sorriso) Oi, Erick! Obrigada por vir.

(Erick desvia o olhar para Felipe, que está ao lado dela)

-(Erick): E... esse é?

-(Sofia): Ah, esse é o Felipe. A gente vai fazer um trabalho juntos lá em casa, então ele vai de carona também, pode ser?

-(Erick): Claro... (abre um leve sorriso irônico) Quanto mais, melhor, né?

(Felipe sorri, sem perceber a tensão, e entra no banco de trás. Sofia senta-se no banco do passageiro ao lado de Erick)

-(Felipe): Valeu pela carona, Erick!

-(Erick):Imagina… sempre um prazer ajudar, principalmente quando é… inesperado.

no caminho até até casa foi em total silêncio, um silêncio constrangedor.

Quando finalmente chegaram à casa de Sofia, ela soltou um suspiro baixo, tentando quebrar a tensão.

– (Sofia):Obrigada pela carona, Erick. – hesitou, antes de perguntar, quase tímida. – Vejo você amanhã?

Erick desviou o olhar por um instante, parecendo escolher as palavras com cuidado.

–(Erick): Claro, Sofia. Até amanhã.

-(Felipe):Valeu cara, pela carona.

Erick apenas assentiu.

Sofia e Felipe foram para dentro .

-(Felipe):Nossa ele é sempre tão sério assim? ou é só comigo.

-(Sofia):Não , eu acho que ele teve um dia ruim.

Depois que entraram em casa, Sofia e Felipe seguiram até a sala, onde espalharam os materiais sobre a mesa para começarem o trabalho. Mas a cabeça de Sofia ainda estava presa no jeito estranho de Erick, e ela não conseguia evitar se perguntar o que ele estava realmente pensando.

-(Felipe):acho que o Erick não gostou muito de eu ter vindo com você. fala ele brincando

-(Sofia):Não seja bobo ele é ... um pouco sério as vezes.

depois que fizeram todo o trabalho Felipe foi embora.

Sofia se perguntava se deveria mandar mensagem para Erick para quebrar o gelo entre eles , mas acabou digitando e apagando várias vezes.ate que desistiu.

Naquela noite, enquanto tentava dormir, os pensamentos insistentes voltaram, e ela se pegou lembrando de detalhes que geralmente ignoraria: o jeito como Erick desviava o olhar sempre que Felipe estava por perto, a expressão estranha que ele fez ao saber que Felipe iria até a casa

 Sofia sabia que aquele jeito sério e aquele sorriso irônico de Erick não eram por acaso. Ela virou-se para o lado, decidida a dormir, mas com uma pontinha de expectativa – talvez amanhã ele dissesse alguma coisa, talvez explicasse tudo.

Na manhã seguinte, Sofia estava terminando de se arrumar para a faculdade, já se acostumando à rotina de pegar carona com Erick. Olhou para o celular esperando pela confirmação da carona, mas uma mensagem inesperada surgiu na tela.

– (Erick): Oi, Sofia. Eu não vou poder te levar hoje. Tive um imprevisto, mas amanhã te aviso direitinho.

-(Sofia):Ah! tudo bem, espero que esteja tudo certo.

após não receber nenhuma mensagem.

Sofia saiu de casa com uma sensação esquisita, pegou um ônibus para a faculdade, mas o dia inteiro não conseguiu parar de pensar se Erick estava realmente ocupado ou se talvez estivesse se afastando por algum motivo que ela ainda não entendia.

Na hora do intervalo, enquanto conversava com alguns colegas, seu celular vibrou. Era uma mensagem de um número desconhecido, mas ela reconheceu o nome logo que abriu:

–(Isabella): Oi, Sofia! É a Isabela. Espero que você não se importe com essa "invasão". –

–(Sofia): Isabela? Como você conseguiu meu número?

–(Isabella): Ah, fácil! Tenho algumas boas conexões. Enfim, queria te dizer que estou sabendo da sua "amizade" com o Erick. Só que, sabe, ele e eu temos uma história bem longa… e eu soube que você anda por aí com ele.

Sofia respirou fundo.

–(Sofia): Sim, ele é um amigo próximo do meu irmão, só isso.

– (Isabella):Claro, amigo do irmão… mas cuidado para não se iludir muito.

Sofia guardou o celular e tentou ignorar a sensação de desconforto que a mensagem de Isabela tinha causado. Ela se forçou a voltar à conversa com os colegas, mas sua mente estava distante. Não queria pensar sobre aquilo

As aulas terminaram, e Sofia saiu para pegar o ônibus. O caminho até a sua casa foi silencioso, e ela tentou se manter ocupada observando o movimento da cidade lá fora. Mas, mesmo com a mente ocupada, uma sensação de inquietação não a deixava.

Quando chegou em casa, foi direto para o quarto. Deixou a mochila de lado e se jogou na cama, olhando para o teto. O que eu estou fazendo? pensava. Por que a mensagem de Isabela ainda me afeta assim? Ela tentava se convencer de que não precisava se preocupar com algo que nem sabia se era verdade. Mas a sensação de insegurança ainda pairava.

Sofia fechou os olhos por um momento, tentando afastar os pensamentos. Talvez fosse só um dia qualquer, e amanhã as coisas seriam diferentes. Sofia caiu e um sono profundo.

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