Capítulo 20

Noah estava extremamente ocupado no trabalho, tendo reunião após reunião porque o senhor Salvatierra se recusava a fornecer as esmeraldas necessárias para os pedidos que deveriam ser entregues em 5 dias. Já era meio-dia, hora de ir buscar Liam na escola, mas ele ainda estava em uma reunião de emergência para discutir planos alternativos caso as entregas não pudessem ser feitas a tempo. Como não podia ir buscar a criança, Noah ligou para a babá para pedir que fosse buscar Liam na escola. No entanto, ela não estava na cidade, pois havia pedido permissão para visitar seu pai, que estava doente.

Noah estava desesperado e atordoado com todos os problemas que tinham na empresa, além do fato de não poder ir buscar o filho na escola porque não podia deixar a reunião. Sem outra opção, Noah ligou para a última pessoa que queria ver em sua vida.

MARTIN:📱 Olá Noah, aconteceu alguma coisa?

NOAH:📱 Martin, por favor, vá até a escola buscar o Liam. E-eu estou com um problema na empresa e não posso ir buscá-lo._(disse nervoso e desesperado)

MARTIN: 📱Eu adoraria, mas com o que aconteceu ontem, receio que não me deixem levá-lo._(disse pegando o paletó para sair do escritório)

NOAH: 📱E-eu falo com a professora para que ela o entregue a você… Liam já terminou a aula há meia hora e eu não pude ir buscá-lo. Por favor, vá buscá-lo…_(disse andando de um lado para o outro do lado de fora da sala de reunião)

MARTIN: 📱Tudo bem, já estou indo.

NOAH:📱 Agradeço, c-cuide dele enquanto eu resolvo meus assuntos no trabalho.

MARTIN:📱 Calma, querido, eu cuidarei dele com a minha vida. Concentre-se no seu trabalho sem preocupações._(disse desligando a chamada)

Depois de desligar a chamada, Noah conversou com a professora e explicou a situação, autorizando-a a entregar a criança a Martin. A professora estava um pouco confusa, pois pela manhã Noah a proibiu de entregar a criança a Martin e também o ouviu quando ele disse a Liam para não se aproximar do alfa. Mesmo assim, ela concordou em entregar a criança.

Martin, por sua vez, depois de desligar a chamada, entrou no carro e saiu em direção à escola da criança. Estava feliz, pois Noah ligou para que ele fosse buscar Liam, o que significava que ele era importante para ele. Ao chegar na escola, a professora já o esperava perto da saída, e disse que Noah a havia autorizado a entregar a criança a ele. No entanto, quando Martin tentou pegar a mão de Liam para sair dali, ele se escondeu atrás da professora, dizendo a Martin que não podia ir com ele porque seu pai havia proibido.

MARTIN: Liam, filho, seu pai me ligou para vir buscá-lo porque ele está um pouco ocupado no trabalho. Ele também ligou para a professora para dar sua autorização.

Professora: É isso mesmo, Liam, o senhor Noah me ligou dando autorização para que você fosse com o senhor D’Alcocer.

LIAM: É verdade que meu pai autorizou?

MARTIN: É verdade, sim.

LIAM: Então eu posso ir com você, meu pai disse que eu podia ir se ele permitisse.

MARTIN: Vamos, vou te levar para comer… Obrigado, professora.

Martin se despediu da professora e pegou Liam pela mão para sair dali em direção a um restaurante. Depois que os dois almoçaram, Martin foi para seu escritório com o menino. Os funcionários, ao vê-lo com o menino de mãos dadas, ficaram surpresos, pois era a primeira vez que viam seu chefe tão feliz e ainda mais com uma criança. O alfa ignorou os olhares e murmúrios e entrou em seu escritório com Liam.

MARTIN: Liam, filho, deixe-me ver seus livros para ver se você tem lição de casa.

LIAM: Tudo bem, senhor Martin, mas meu pai sempre me ajuda.

MARTIN: Filho, Noah está ocupado com o trabalho, então eu cuidarei de você até que ele esteja livre.

Liam não disse mais nada e tirou os livros da mochila para entregá-los a Martin. Depois de revisar os livros, Martin se dispôs a ajudar Liam com as tarefas.

Noah, por sua vez, acabara de sair da reunião, mas precisava se encontrar com o senhor Salvatierra.

Secretário: Senhor Noah, por favor, tome cuidado com esse homem.

NOAH: Terei cuidado, não se preocupe.

Noah saiu do escritório em direção ao local da reunião, que era uma sala privada em um hotel.

NOAH: Boa tarde, senhor Salvatierra._(disse entrando na sala)

Salvatierra: Boa tarde, Betancourt.

Noah sentou-se em frente ao homem para conversar sobre o problema do atraso na entrega das esmeraldas.

NOAH: Senhor Salvatierra, o senhor assinou um contrato conosco no qual se comprometia a entregar as pedras.

Salvatierra: Sim, assinei esse contrato, mas a porcentagem que me oferecem é muito baixa.

NOAH: Senhor Salvatierra, nestes dois meses, a porcentagem já foi aumentada duas vezes.

Salvatierra: A qualidade das minhas esmeraldas vale muito mais do que isso. Mas não vamos falar sobre isso agora, Ômega, vamos brindar primeiro._(disse erguendo a taça)

NOAH: Está bem._(respondeu um pouco desconfortável)

Depois do brinde, o senhor Salvatierra começou a acariciar a mão de Noah.

Salvatierra: Você é um Ômega muito bonito, Betancourt, tem um rosto delicado e um corpo perfeito._(disse passando a mão sobre a de Noah)

NOAH: Obrigado pelos elogios, senhor Salvatierra, mas estou aqui para falar sobre o contrato no qual o senhor se comprometeu a nos fornecer as esmeraldas._(respondeu afastando a mão)

Salvatierra: Tudo bem, não tenho problemas com isso. Vamos aproveitar nossa bebida primeiro e depois conversamos sobre isso, garanto que chegaremos a um bom acordo._(disse levantando-se da cadeira para ir até Noah e acariciar seu rosto)

NOAH: Senhor Salvatierra, vou ao banheiro primeiro e já volto para que possamos conversar confortavelmente._(disse levantando-se da cadeira)

Salvatierra: Claro, não demore._(expressou com um sorriso)

Assim que Noah saiu da sala, o alfa aproveitou para colocar uma droga para adiantar o cio do Ômega.

Martin estava em seu escritório lendo alguns documentos enquanto Liam brincava com um jogo de tabuleiro.

MARTIN: Liam, filho, preciso sair do escritório por um momento, espere aqui, está bem?

LIAM: Está bem, senhor Martin.

MARTIN: Certo, não saia, eu já volto.

Ezra soube que Martin havia levado uma criança para seu escritório, então decidiu ir até lá.

EZRA: ((Droga, não pode ser que aquele pirralho seja filho do Martin))_(pensou enquanto caminhava pelo corredor em direção ao escritório)

EZRA: Garoto, onde está o Martin?_(disse olhando feio para a criança)

LIAM: Olá, senhor._(respondeu timidamente)

EZRA: Você não me respondeu, onde está o Martin? _(disse sentando-se em frente à criança)

LIAM: Senhor, não posso falar com estranhos.

EZRA: Eu não sou um estranho, sou o namorado do Martin e, quando eu me casar com ele, também serei seu pai.

LIAM: Senhor, o senhor não pode ser namorado do Martin, porque ele é casado com o meu pai. Como o senhor seria meu pai?_(disse inclinando a cabeça)

EZRA: Não diga besteiras, garoto, eles são divorciados e nunca mais ficarão juntos, eu garanto._(disse beliscando o braço de Liam)

LIAM: Vou contar para o Martin._(disse chorando)

Naquele momento, Martin entrou no escritório e viu Liam chorando.

MARTIN: O que aconteceu? Por que você está chorando, Liam?

LIAM: Martin, esse senhor me beliscou muito forte no braço._(apontou para Ezra, chorando)

EZRA: Mentira, Martin, você não pode acreditar nesse pirralho._(disse segurando o braço de Martin)

LIAM: É verdade, olhe._(disse mostrando o braço) Ele também disse que vai ser meu pai, e-eu não quero outro pai, só quero o meu papai._(disse chorando)

Martin, furioso, deu um tapa em Ezra.

MARTIN: É a primeira e última vez que você toca no meu filho.

EZRA: Você não pode acreditar nas mentiras desse pirralho, talvez tenha sido o Noah quem mandou ele me acusar.

Martin não disse nada e se aproximou para pegar Liam no colo, vendo que ele realmente tinha uma marca vermelha no braço.

MARTIN: Não chore, filho, você só terá o seu pai, ele é meu único marido.

EZRA: Você não pode mentir para essa criança, vocês já estão divorciados.

MARTIN: Ezra, já te tolerei demais, já te avisei e você parece não entender, a partir de agora você está proibido de entrar na empresa ou se aproximar da minha família. Agora saia daqui._(disse irritado)

EZRA: Você não pode me tratar assim, Martin.

Martin, furioso, chamou seu secretário.

Secretário: Sim, senhor?

MARTIN: Arran, da próxima vez que você deixar alguém entrar no meu escritório sem minha permissão, você será demitido.

Secretário: Desculpe-me, senhor, não vai acontecer de novo.

MARTIN: Certo, acompanhe-o até a saída e notifique a segurança que a partir de hoje Ezra tem a entrada proibida na empresa.

Secretário: Senhor Ezra, por favor, me acompanhe._(disse segurando-o pelo braço)

EZRA: Eu não vou a lugar nenhum, Martin, precisamos conversar._(disse se soltando)

MARTIN: Não tenho nada para falar com você, já te dispensei da empresa, então não tem por que estar aqui. Vá embora.

Secretário: Senhor Ezra, por favor, saia.

LIAM: Senhor Martin, meu braço está doendo.

MARTIN: Em um minuto, vou colocar um remédio para aliviar a dor._(disse acariciando a marca que ele tinha no braço)

LIAM: Obrigado, papai._(disse abraçando o pescoço de Martin)

MARTIN: Como você me chamou?

LIAM: Eu disse "papai", você disse que era meu pai. Não é mais?

MARTIN: Claro que eu sou seu pai, Liam.

O secretário tirou Ezra do escritório, cumprindo a ordem de Martin. Este saiu furioso, pois, por culpa de Liam, Martin o havia proibido de entrar.

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