Capítulo 9

RINA:📱 Ezra querido.

EZRA: 📱Olá Rina, a que devo a tua chamada?

RINA:📱 Ezra, já sabes que o Noah assinou o divórcio e foi embora de casa?

EZRA: 📱Estás a falar a sério?

RINA: 📱Claro que estou a falar a sério.

EZRA:📱 Isso quer dizer que finalmente vou poder ficar com o Martin.

RINA: 📱Sim, finalmente o vosso amor vai poder acontecer sem aquele maldito Ómega no meio.

EZRA:📱 Obrigado pela informação cunhada, hoje vou dar uma surpresa ao Martin.

RINA:📱 De nada querido, sabes que te vou apoiar sempre.

EZRA: 📱Então ligo-te depois, vou preparar a surpresa para o meu alfa.

RINA:📱 Tchau.

Depois de desligar a chamada, o Ezra arranjou-se e partiu em direção à casa que o Martin partilhava com o Noah. Ao chegar, fê-lo como dono e senhor de tudo, dando ordens aos empregados.

EZRA: De agora em diante, eu serei o novo senhor D’alcocer, por isso, se não quiserem ter problemas comigo, devem cumprir as minhas ordens.

Empregados: Sim senhor.

EZRA: Bem, para começar, a decoração da casa vai ser remodelada e todas as fotos daquele Ómega vão para o lixo.

Os empregados estavam um pouco confusos, visto que o Martin não lhes tinha dado essa ordem. Mas também sabiam que o Ezra era o Ómega que o Martin queria, por isso, sem mais, recolheram todas as fotos do Noah e do seu casamento e colocaram-nas em sacos, o quarto onde ele dormia também foi desmontado, alguns pertences que o Noah deixou foram queimados e a decoração que ele tinha feito na casa foi mudada. Com tudo isso feito, o Ezra sentia-se satisfeito e pensava que o Martin ia gostar de tudo o que ele tinha feito na casa.

Sendo um pouco mais das nove da noite, o Martin chegou a casa. Ao entrar, viu tudo mudado, as suas fotos de casamento não estavam no lugar, as flores favoritas do Noah não estavam na sala, as cortinas e as restantes decorações eram diferentes e bastante vulgares.

MARTIN: QUEM RAIOS MUDOU A CASA?

EZRA: Martin querido, gostas do que eu fiz?_(disse, pegando-lhe no braço)

MARTIN: Quem te autorizou a entrar na minha casa e mudar tudo?_(disse zangado, tirando-lhe as mãos de cima)

EZRA: Martin querido, quis fazer-te uma surpresa e redecorei a que será, de agora em diante, a nossa casa.

MARTIN: Esta casa nunca será tua, esta casa é do Noah. É melhor colocares tudo no lugar se não me queres conhecer. Não tens o direito de entrar na minha casa e fazer o que bem te apetece._(disse apertando-lhe as bochechas com força)

EZRA: Martin, porque estás a falar comigo assim? Eu só quis decorar a nossa casa._(disse, agarrando nas mãos do Martin para as tirar)

MARTIN: Esta casa não é tua, é minha e do meu marido. É melhor colocares tudo no lugar, Ezra. Se faltar alguma coisa, vais ter de pagar._(disse, largando-o bruscamente)

EZRA: Martin, eu…

MARTIN: Desaparece daqui. Se voltares a entrar nesta casa, vais-te arrepender.

O Ezra, sem poder dizer mais nada, saiu de casa a chorar, não entendia porque é que o Martin lhe estava a falar assim, agora que o Noah não estava, era a oportunidade deles ficarem juntos.

EZRA: ((Ele deve estar zangado porque aquele maldito foi embora sem que ele o pudesse castigar pelo que me fez))_(pensava para se tranquilizar)

O Martin, por sua vez, chamou todos os empregados e ordenou-lhes que deixassem a casa exatamente como o Noah a tinha deixado, tudo devia voltar ao seu lugar.

Empregada: Senhor, o jovem Ezra mandou queimar alguns pertences do jovem Noah.

MARTIN: O único que pode dar ordens nesta casa é o Noah, mais ninguém. Se voltarem a fazer alguma coisa por ordem de alguém que não seja o meu marido ou eu, serão despedidos.

Empregada: Entendido, senhor. Mas o jovem Ezra chegou dizendo que era o novo dono da casa e seu companheiro. Não nos atrevemos a desobedecer-lhe por isso.

MARTIN: O meu único companheiro é o Noah e o único dono desta casa é ele.

Depois disso, os empregados retiraram-se e o Martin subiu para o seu quarto frustrado. Deitado na cama, várias lembranças do Noah vieram-lhe à mente.

“Martin, preparei o jantar para os dois._(disse sorrindo)”

“Martin, passei a tua roupa a ferro e deixei-a em cima da tua cama”

“Martin, amo-te._(disse, pegando-lhe nas mãos)”

“Martin, só quero que me ames como eu te amo”

“Martin, juro-te que não fiz nada ao Ezra._(com os olhos cheios de lágrimas)”

“Martin, gostas das flores que pus na sala?”

Com essas lembranças, o alfa deixou escapar algumas lágrimas, já era tarde para se aperceber de que se tinha apaixonado pelo marido e que o tinha tratado injustamente.

MARTIN: ((Eu amo-te, meu Ómega))

...NA ESCÓCIA...

O Noah, por sua vez, chegou a Edimburgo - Escócia há uma semana. Neste tempo, comprou um apartamento no centro da cidade e perto de um hospital. Também falou com o seu pai, que vivia em Itália, para lhe contar da sua viagem e também para lhe pedir a oportunidade de trabalhar como designer na empresa que eles tinham na Escócia, o pai aceitou de bom grado, pois queria que o filho retomasse a sua carreira.

Com o trabalho e a casa garantidos, foi ao hospital para fazer o acompanhamento da gravidez, explicando a sua situação ao médico. Este sugeriu-lhe que comprasse feromonas artificiais para nivelar as suas hormonas e conseguir um bom desenvolvimento do feto.

...MESES DEPOIS...

Nestes meses, o Martin tem-se dedicado à sua empresa com diligência, embora também tenha passado muito tempo a pensar no seu marido e onde ele estará. O Ezra está constantemente a pressioná-lo para que retomem o seu relacionamento, o que tem deixado o Martin stressado, pois já lhe disse várias vezes que não pensa ter outro relacionamento com ninguém. O avô, desde que o Noah foi embora, visita ou liga muito poucas vezes ao Martin, e a Rina continua a apoiar e a dar ânimo ao Ezra para que entre na vida do Martin de forma definitiva.

O Noah, por sua vez, tem-se concentrado no seu trabalho e tem corrido muito bem. Também comprou tudo o que era necessário para o parto e para o bebé, pois há um mês descobriu que ia ter um menino.

Hoje, tem a sua consulta de controlo dos 7 meses e está um pouco ansioso, pois na última consulta o médico disse-lhe que as feromonas artificiais não estavam a dar os resultados esperados e que, se nesta consulta continuasse assim, teriam de lhe fazer uma cesariana de emergência, pois o bebé estaria em perigo.

JEAN: Filho, calma, vai correr tudo bem.

NOAH: Pai, tenho medo que aconteça alguma coisa ao meu bebé._(disse, acariciando a barriga)

JEAN: Vai correr tudo bem, nem a ti nem ao meu neto vai acontecer nada. Vai correr tudo bem, eu estou aqui com vocês._(disse enquanto lhe acariciava a cabeça)

NOAH: Obrigado por estares aqui comigo, pai, não saberia o que fazer sozinho no dia em que fosse pai.

JEAN: Não há nada que agradecer, meu querido, és o meu bem mais precioso e, como tal, vou cuidar de ti.

A conversa foi interrompida quando a médica chamou o Noah ao consultório. Lá dentro, a médica examinou-o e percebeu que os batimentos cardíacos do bebé tinham baixado, por isso, sem perder tempo, deixou o Noah internado para monitorizar a gravidez durante a noite. Se o estado do bebé não melhorasse, fariam a cirurgia na manhã seguinte.

NOAH: Pai, estou com muito medo._(disse com lágrimas nos olhos)

JEAN: Vai correr tudo bem, filho, a médica é uma das melhores deste hospital e vai fazer de tudo para que tu e o bebé fiquem bem. Eu não vou sair do teu lado por nada deste mundo.

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