Capítulo 13

Martin voltou para casa um pouco cabisbaixo pelo que Noah lhe disse e se arrependeu de ter lhe dito aquelas palavras no dia do casamento.

MARTIN: Farei você confiar em mim novamente, meu ômega… (disse olhando para uma foto de Noah)

No dia seguinte, Martin estava em seu escritório quando Ezra chegou com grandes lágrimas nos olhos, dizendo que Noah o havia tratado da pior maneira possível e até o agrediu.

EZRA: Martin, você não pode deixar o Noah me intimidar novamente.

MARTIN: Ezra, estou ocupado trabalhando e não tenho tempo para suas infantilidades, se você tem algum problema com o Noah, resolva você mesmo. (disse irritado)

EZRA: Martin, não me trate assim, eu realmente tenho medo do que o Noah pode me fazer.

MARTIN: Se você não se meter com ele, não acho que o Noah vá te fazer mal.

EZRA: Mas olhe o que ele me fez, só porque fui ao seu escritório cumprimentá-lo. (disse da maneira mais lamentável possível, mostrando a bochecha)

MARTIN: ((Então é assim que o Ezra realmente é? Se eu não tivesse visto o vídeo, teria acreditado nele.)) Tudo bem, avisarei ao Noah para não se envolver com você. Agora, por favor, saia, tenho muito trabalho a fazer.

EZRA: Tudo bem, obrigado por me ouvir. ((Você não vai me separar do Martin novamente, seu ômega maldito.))

Por outro lado, Noah decidiu trabalhar no projeto das empresas D’Alcocer como um favor ao avô, já que ele sempre o tratou bem.

NOAH:📱 Bom dia, vovô, decidi que vou trabalhar no design que sua empresa precisa.

AVÔ:📱 São ótimas notícias, meu rapaz.

NOAH:📱 Só espero que seu neto não fique me assediando o tempo todo. Além disso, só vou me reunir com ele se for realmente importante.

AVÔ:📱 Entendo, avisarei a ele.

NOAH:📱 Obrigado, vovô, diga a ele que irei ao seu escritório hoje às 15h para conversarmos sobre os detalhes do projeto.

AVÔ:📱 Certo, eu o informarei.

Depois de desligar o telefone, o avô ligou para Martin para informá-lo da decisão de Noah e para que ele reservasse um espaço em sua agenda para as 15h de hoje.

Como prometido, às 15h em ponto, Noah se apresentou no escritório de Martin.

MARTIN: Bem-vindo, Noah. (disse estendendo a mão)

NOAH: Boa tarde, Sr. D’Alcocer. (respondeu, correspondendo ao cumprimento)

MARTIN: Acomodo-se.

Noah entrou e se sentou na cadeira em frente à mesa, e Martin fez o mesmo em sua cadeira. Depois disso, eles conversaram por um bom tempo sobre os detalhes do projeto.

NOAH: Bem, isso é tudo. Se eu tiver mais alguma dúvida, enviarei um e-mail. (disse se levantando da cadeira)

Noah estava prestes a abrir a porta quando Martin o impediu, segurando-o pelo braço e o sentando no sofá.

NOAH: Já conversamos o que precisávamos, então, por favor, me deixe ir. (disse tentando se levantar)

MARTIN: Ômega, por favor. (disse se inclinando para Noah)

NOAH: O que diabos você quer de mim agora, Sr. D’Alcocer? Se você continuar me assediando, cancelarei esta cooperação definitivamente e avisarei ao meu avô sobre seu assédio.

MARTIN: Se quiser contar a ele, conte, não tenho problema com isso, ômega. (Disse se ajoelhando na frente de Noah)

NOAH: Falei rápido, o que você quer? (disse cruzando os braços com raiva)

MARTIN: Noah, meu ômega, você não precisa ficar tão na defensiva, eu não vou te machucar. (disse tentando acariciar seu rosto)

NOAH: Sr. D’Alcocer, eu agradeceria se você me chamasse pelo meu sobrenome, você não ganhou o direito de me chamar pelo meu nome, além disso, eu não sou e nunca serei seu ômega.

Naquele momento, o celular de Noah tocou.

NOAH: 📱Oi, meu amor, o que aconteceu?

LIAM: 📱Papai, quero comer frango frito hoje.

NOAH: 📱Tudo bem, meu amor, eu levo.

Antes que Noah desligasse o telefone, Martin o tirou de suas mãos, vendo que o contato estava salvo como "meu bebê", então, cheio de ciúmes, desligou a chamada.

NOAH: Que diabos há de errado com você, Sr. D’Alcocer? Quem você pensa que é para se intrometer na minha vida? Devolva meu telefone! (expressou com raiva)

MARTIN: Ômega, é por isso que você não quer falar comigo, é por isso que você não quer me dar uma chance? Você já tem outro?

NOAH: O que eu faço com minha vida pessoal não é da sua conta. Você e eu só estamos falando sobre trabalho, nada mais. (disse tentando pegar o telefone de volta)

MARTIN: Me escute, por favor, eu só quero que conversemos.

NOAH: Não temos nada para conversar, não insista. (disse se levantando do sofá)

MARTIN: Sim, temos sim o que conversar, quero que você me explique por que você assinou o divórcio e foi embora sem me dizer nada. (disse segurando o ômega pela cintura)

NOAH: Parece que o senhor tem problemas de memória. Deixe-me lembrá-lo: assinei o divórcio e fui embora porque você me bateu, me humilhou. Os esforços que fiz para ter um bom casamento não valeram de nada porque, toda vez que seu amante inventava algo sobre mim, você me confrontava sem confirmar ou me perguntar nada. Talvez eu tenha assinado o divórcio porque, segundo suas palavras, eu sou a pior pessoa que você já conheceu, porque eu sou um maldito ômega inútil, porque eu sou uma vadia e, como se não bastasse, os papéis do divórcio tinham uma cláusula dizendo que se, por acaso, eu engravidasse de você por ENGANO, eu deveria abortar e, se não o fizesse, a criança não seria reconhecida como seu filho, Sr. D’Alcocer. Acha que meus argumentos para assinar o divórcio são suficientes? (disse com algumas lágrimas rolando pelo rosto)

MARTIN: Noah, querido, eu... (tentou falar enquanto limpava as lágrimas do ômega)

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, as portas do escritório foram abertas por Ezra.

EZRA: O que vocês estão fazendo? (perguntou com raiva ao ver Martin segurando Noah pela cintura)

Noah se soltou, limpou as lágrimas e pegou o telefone de volta de Martin para sair dali.

EZRA: Martin, o que está acontecendo?

MARTIN: Nada que seja da sua conta, Ezra.

EZRA: Martin, me explique o que eu acabei de ver. (expressou com raiva)

MARTIN: DROGA, EZRA, CALE A BOCA E DÊ O FORA DAQUI!

EZRA: Martin, você não precisa gritar comigo. Eu só quero saber por que você estava segurando o Noah daquela forma. Ele está te chantageando? Ele quer se meter entre nós de novo?

MARTIN: SAIA DAQUI ANTES QUE EU MANDE OS SEGURANÇAS TE COLOCAREM PARA FORA! ESTOU CANSADO DAS SUAS ESTUPIDEZES, JÁ TE DISSE MIL VEZES QUE VOCÊ E EU NÃO TEREMOS NADA, NÃO TE QUERO PERTO DE MIM!

EZRA: M-Martin, por que você está me dizendo isso? Você e eu tínhamos planos de nos casar quando você se divorciasse. M-mas agora…

MARTIN: Mas agora nada! NÃO TE QUERO MAIS, JÁ TE DISSE ISSO VÁRIAS VEZES.

EZRA: É por causa daquele maldito ômega, não é? Tudo isso é culpa daquele infeliz. Se ele não tivesse se metido entre nós, seríamos felizes.

Martin não aguentou mais ouvir Ezra insultando Noah, então deu-lhe um tapa forte que cortou seu lábio.

MARTIN: Que seja a última vez que você insulta o Noah. AGORA FORA DAQUI! (Disse liberando seus feromônios cheios de raiva)

Ezra, com medo, saiu do escritório. Ele nunca tinha visto Martin naquele estado. Martin, por sua vez, estava furioso e frustrado consigo mesmo, não se perdoava por ter sido um idiota com Noah, além de ter ficado pensando na cláusula que Noah mencionou que estava no divórcio, pois ele não se lembrava de ter colocado algo assim naquele documento.

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