SEGREDOS REVELADOS

"Eu não entendo", Clara disse, sua voz baixa e tensa, refletindo a gravidade do que estava em jogo. "Você merece ser livre, Victor." Ele a olhou fixamente, seus olhos profundos revelando uma mistura intensa de desejo e dor, como se cada emoção estivesse entrelaçada em um só. "Liberdade é uma ilusão aqui. A maldição de Isabella me mantém preso."

As palavras dele causaram um nó no estômago de Clara, e a determinação começou a crescer dentro dela. A ideia de que Victor estava atado a um destino sombrio a incomodava profundamente. "Então, o que precisamos fazer para libertá-lo?" perguntou, a urgência em sua voz transparecendo. "Estou disposta a fazer o que for necessário."

Victor hesitou, seu olhar distante como se estivesse revivendo momentos do passado que o assombravam. "Precisamos confrontar a verdade sobre o amor que Isabella não conseguiu viver", ele disse, o peso de sua história refletido em sua expressão. "Isso exige coragem, Clara."

Ela assentiu, sentindo uma nova chama de coragem queimando dentro dela. "E eu estou disposta a lutar por você." Suas palavras eram um compromisso, uma promessa de que não se afastaria enquanto ele estivesse preso a esse fardo.

"Não é tão simples", ele respondeu, um cansaço profundo em sua voz. "Isabella não era apenas uma mulher; ela representava um sonho não realizado, uma paixão que se transformou em tristeza. A dor dela se entrelaçou com a minha, e enfrentar isso significa desenterrar memórias que preferiria esquecer."

Clara aproximou-se, disposta a ouvir. "Conte-me sobre Isabella. O que aconteceu entre vocês?" O olhar de Victor se suavizou por um momento, como se a lembrança dela o transportasse para outro lugar. "Isabella e eu éramos inseparáveis. Nosso amor era intenso, mas estava cercado por segredos e obrigações que nos separavam."

Ele suspirou, como se o peso da história estivesse se tornando insuportável. "Ela veio de uma família poderosa, e nosso amor era considerado uma ofensa. Nós dois sabíamos que não podíamos ficar juntos, mas a paixão era mais forte do que qualquer regra. Quando ela decidiu se afastar para proteger a reputação da família, meu coração quebrou."

Clara podia sentir a dor em suas palavras, uma angústia que ecoava naquelas paredes empoeiradas. "E você nunca teve a chance de lutar por ela?" perguntou, sua voz suave. "Eu não soube como. O medo de perder tudo me paralisou. E, quando Isabella desapareceu, eu percebi que havia deixado escapar a única coisa que realmente importava."

A tristeza nos olhos de Victor era palpável, e Clara desejou poder aliviar essa dor. "Então, para libertá-lo, precisamos confrontar a história de Isabella. Precisamos descobrir por que ela não conseguiu viver aquele amor."

"Exato", Victor confirmou, sua expressão endurecendo novamente. "Mas isso não será fácil. A maldição está ligada às suas escolhas, e precisamos desvendar o que realmente aconteceu. Para isso, vamos precisar de coragem e, talvez, até de um pouco de sorte."

Clara respirou fundo, a determinação agora enraizada em seu ser. "Estou pronta para isso. Vamos descobrir a verdade, mesmo que doa." A sensação de propósito era electrizante. Ela sentia que a busca por essa verdade não era apenas sobre libertar Victor, mas também sobre encontrar a si mesma no processo.

Victor a observou, a admiração brilhando em seus olhos. "Você realmente é uma mulher corajosa, Clara. Mas esteja ciente de que, ao confrontar essas verdades, pode ser que você também descubra segredos sobre si mesma que nunca quis enfrentar."

Ela sorriu, um misto de medo e empolgação. "Eu quero saber. Quero descobrir o que esta casa, e o amor de Isabella, realmente significam. O que podemos fazer para começar?"

"Precisamos ir ao sótão", Victor respondeu, sua voz firme. "Lá, guardamos os objetos que pertenciam a Isabella. Eles podem nos dar pistas sobre o que aconteceu, o que realmente a prendeu neste lugar."

Clara sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas a determinação em seu coração era mais forte que o medo. "Então vamos até lá", disse, já se movendo em direção à escada que levava ao andar de cima. "Não vamos deixar que o passado continue a prender você."

Enquanto subiam, a atmosfera parecia mudar, as sombras dançando ao redor deles, como se a própria mansão estivesse ciente do que estava por vir. Clara olhou para Victor, vendo nele não apenas um homem atormentado, mas alguém que estava prestes a encontrar a liberdade.

E, assim, juntos, eles se preparavam para confrontar os fantasmas do passado, determinados a desvendar os segredos que os mantinham cativos. A jornada estava apenas começando, e Clara estava pronta para lutar por aquele amor que não deveria ter sido esquecido.

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