A Mansão

"Uau, o que aconteceu aqui?" Clara perguntou, admirando a decadência do hall de entrada. As sombras pareciam dançar ao seu redor, e ela sentiu uma mistura de medo e excitação. "É como se a casa estivesse viva." O ar estava denso, carregado de histórias não contadas, e Clara sentiu a energia pulsar em seus dedos. "Quantas vidas passaram por aqui?" ponderou, enquanto caminhava cuidadosamente sobre o piso de madeira rangente. O cheiro de mofo e lembranças perdidas a envolvia.

O hall era vasto, com um teto alto adornado por um lustre quebrado que, embora em ruínas, ainda exibia um certo esplendor. As paredes, uma vez revestidas com papel de parede vibrante, agora mostravam rasgos e desbotamentos, mas Clara viu beleza na desolação. "Vou descobrir tudo isso. Vou dar voz a essas almas." Com cada passo, seu coração acelerava, e ela se sentiu mais próxima do que sempre desejou.

Enquanto explorava, Clara notou um retrato emoldurado em uma das paredes. A pintura retratava uma família em um momento de alegria, e o olhar de uma jovem mulher a cativou. "Quem era ela?", pensou, imaginando a vida que aquela família levava. Era um contraste tão forte com o silêncio que agora preenchia a casa. "O que aconteceu com eles?" O desejo de desvendar essa história a envolveu como uma neblina.

Seguindo em frente, Clara encontrou uma porta entreaberta que levava a uma biblioteca. Livros empoeirados alinhavam-se em estantes de madeira escura, e ela podia sentir a história pulsando ali, esperando para ser lida. Ao puxar um volume, uma nuvem de poeira subiu, e ela espirrou, mas a excitação a dominou. "Esses livros guardam segredos," murmurou, enquanto folheava páginas amarelecidas.

A biblioteca era um refúgio de sabedoria perdida, e Clara se sentou em uma cadeira desgastada, mergulhando nas histórias contidas nos livros. Havia romances, tragédias e relatos de vidas marcadas pela paixão e pela dor. "Esses personagens são como eu", pensou, identificando-se com suas lutas e aspirações. "Eu também busco um propósito."

Ao continuar sua exploração, Clara se deparou com uma janela empoeirada. Quando limpou o vidro com a mão, viu o jardim exterior, uma selva de ervas daninhas e flores selvagens que cresciam sem controle. "Mesmo na decadência, há beleza", refletiu, sentindo uma conexão com a própria vida. O que a isolava também poderia ser transformado. "Talvez a mudança comece aqui, neste lugar."

Determinada a seguir em frente, Clara decidiu explorar os andares superiores. Subiu as escadas de madeira rangente, e cada passo parecia ecoar pela casa como um chamado. "Essa casa está cheia de ecos do passado, e eu sou parte disso agora", pensou, enquanto se aventurava em um corredor escuro.

Nos quartos, as paredes estavam adornadas com lembranças, e cada espaço contava uma história diferente. Clara se deteve em um quarto infantil, onde bonecas empoeiradas e brinquedos esquecidos pareciam esperar por alguém que nunca voltaria. "Quantas risadas ecoaram aqui?" Ela se sentiu comovida, imaginando as crianças que uma vez viveram aqueles momentos de felicidade.

"Acho que é isso que estou procurando", Clara sussurrou para si mesma. "Um lugar onde as histórias podem ser recontadas, onde as vozes podem ser ouvidas." Sentiu que, ao entrar na mansão, não apenas explorava um espaço físico, mas também se aventurava em sua própria jornada de autodescoberta. "Eu vou dar vida a essas almas. Vou fazer com que suas histórias sejam conhecidas novamente."

Com o coração pulsando de emoção e determinação, Clara prometeu a si mesma que não apenas exploraria a mansão, mas também se tornaria sua narradora, resgatando cada fragmento de vida que ali existia. "Hoje, essa casa não está apenas me acolhendo; eu também a acolherei, dando voz a tudo o que foi esquecido."

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