Seu primeiro toque...

A noite tinha sido mais tranquila, mas quando acordei no dia seguinte, a dor no meu ventre era insuportável. Encolhi-me na cama, tentando aliviar a cólica com a mão, mas nada parecia funcionar. Gemidos de dor escaparam dos meus lábios, e em poucos minutos ouvi passos pesados. Senhor Cavill entrou no quarto, sua expressão dura, como de costume.

— Ei, garota, o que foi? — perguntou ele, sua voz grave e sem paciência.

— Dói... — consegui murmurar, tentando segurar as lágrimas.

Ele se aproximou, tirando um frasco de analgésicos do bolso e segurando um copo d'água. Parecia que ele já sabia que eu estava com dor. Cavill se sentou ao lado da cama e, sem hesitar, colocou o remédio e o copo na mesinha de cabeceira. Em seguida, com firmeza, me virou para ficar de barriga para cima. Sua mão quente pousou sobre o meu ventre, massageando com movimentos firmes, mas surpreendentemente confortantes. Isso me lembrou das vezes em que Shuji fazia o mesmo quando eu tinha cólicas.

Envergonhada, tentei tirar sua mão, mas ele insistiu, colocando-a de volta. No fim, eu cedi, o calor da sua mão está aliviando um pouco da dor.

— Obrigada... senhor... — murmurei, envergonhada pela situação.

Ele suspirou pesadamente, como se estivesse irritado, mas sem me olhar.

— Tome o seu remédio — ordenou com sua voz autoritária, me fazendo encolher ainda mais.

— Mas... que horas são? — perguntei hesitante.

— Tome a porra do remédio e não faça perguntas — retrucou ele, visivelmente irritado, enquanto continuava a massagear meu ventre.

— Desculpe... — murmurei, pegando o remédio e o copo d'água. Engoli os comprimidos rapidamente.

— Cinco e meia... — ele revelou o horário sem entusiasmo. — Durma e não fique perambulando pela minha casa. Não mexa em nada. Voltarei mais tarde para o almoço. Sua refeição será servida às dez.

— Sim, senhor... — respondi, tentando não demonstrar o desconforto que sentia.

Ele tirou a mão do meu ventre, mas o alívio imediato me fez puxá-la de volta por reflexo.

— Por favor... — implorei envergonhada. — Só até a dor ir embora...

Ele suspirou novamente, mas voltou a massagear, sua mão grande e firme sendo a única coisa que parecia aliviar a dor crescente. Eu me sentia estranhamente segura naquele momento, mesmo com sua maneira rude.

Sua mão que antes massageava meu ventre agora subiu um pouco mais, alcançando minha barriga, e foi então que um arrepio estranho percorreu meu corpo. Nunca tinha sentido algo assim, algo tão bom e desconcertante ao mesmo tempo.

— Senhor... — murmurei, sem saber como reagir.

— O que foi, Maya? — Sua voz rouca me fez tremer, uma reação que eu não conseguia controlar. Ele percebeu isso, e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios ao me ver estremecer. Era como se ele estivesse se divertindo ao me ver vulnerável assim. Algo em seu olhar me deixava desconfortável, mas ao mesmo tempo eu não conseguia me afastar.

Aquela sensação me confundia, e não sabia se era medo ou algo que eu não entendia. O jeito como ele me observava parecia diferente, e isso me deixava ainda mais sem saber o que fazer.

Aquele momento foi estranho, confuso. Meu coração batia tão forte que parecia que iria sair do peito. Quando o senhor Cavill se aproximou, senti meu corpo congelar, como se estivesse presa entre ele e a parede. Sua respiração quente batia contra meu rosto, e eu não sabia como reagir. A proximidade dele era desconcertante, e o toque de sua mão firme em minha cintura só aumentava a sensação de aflição que me envolvia.

— Maya... — Ele sussurrou, a voz grave me fez estremecer novamente.

— Sim... — respondi quase sem fôlego.

— Gosta quando faço isso? — A pergunta veio junto com um aperto em minha cintura, firme, mas controlado.

— Sim... Mas, estou ficando apavorada, senhor... — confessei, minha voz trêmula.

Assim que terminei de falar, ele se afastou, ajeitando suas roupas rapidamente, como se estivesse tentando se recompor.

— Estou de saída. Como eu disse, não mexa em nada. — Ele disse seco, tirando meu celular do bolso e jogando-o no meu colo. Finalmente, ele havia me devolvido.

Sem dizer mais nada, ele saiu do quarto, deixando-me sozinha novamente. A sensação de vazio e confusão tomou conta de mim. Olhei para o celular em meu colo, mas ainda estava tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

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