Após o jantar, Shuji foi direto para o seu quarto, e eu para o meu. O silêncio continuou reinando pela casa, quebrado apenas pelo som distante dos carros passando na rua. Me deitei, mas o sono não veio. Ficava revirando na cama, os pensamentos embaralhados, a cabeça cheia das conversas com Anna e o constrangimento do que havia acontecido com Shuji mais cedo.
Já era madrugada quando algo me tirou daquele estado de vigília. Ouvi murmúrios baixos vindos do quarto de Shuji. A princípio, tentei ignorar, mas a curiosidade cresceu. O que ele estaria fazendo a essa hora?
Levantei-me com cuidado, tentando não fazer barulho. Na ponta dos pés, caminhei pelo corredor até a porta dele. Os murmúrios continuavam, quase como sussurros e gemidos de dor. Respirei fundo e, com delicadeza, empurrei a porta, abrindo uma fresta pequena o suficiente para espiar.
Shuji estava de costas para mim, sentado diante de seu computador. A luz azulada da tela iluminava seu rosto parcialmente. Seus ombros estavam tensos, e ele mexia-se de forma ansiosa, e seu braço direito se mexia freneticamente. Não consegui ver o que ele fazia, mas a intensidade com que olhava para a tela me deixou intrigada. Permaneci ali, observando-o em silêncio, até que líquidos voaram para cima, acertando o seu queixo e peito, me assustei deixando escapar um espanto de meus lábios, Shuji olhou em direção a porta e me viu.
—Maya ! —Exclamou ele furioso.
Sai correndo para o meu quarto.
Estava deitada fingindo estar dormindo, quando Shuji bateu na porta e entrou.
—Maya ?
Fiquei tença.
—Sei que está acordada, podemos conversar? —Ele se sentou na ponta da minha cama.
Me virei para ele, me sentando.
—Porra Maya, não deveria ter visto aquilo...
—Eu...eu não vi nada.
—Não minta para mim, já conversamos sobre isso...
—Desculpe ter bisbilhotado você, mas eu não vi o seu pênis... —Lamentei— Mas porque está se tocando ?
—Bom, as pessoas fazem isso para se sentir bem, você não faz ? —Perguntou ele, e eu neguei com a cabeça.
—Não sei como fazer, a mamãe não está aqui para me ensinar...
—Receio que ela não te ensinaria isso. —Seu queixo ainda estava sujo, então limpei com a mão e ele virou o rosto. Eu não entendia o que era aquilo.—Você não se sente estranha às vezes ?
—Eu me sinto estranha, às vezes... Bom, na maioria do tempo. Poderia me ensinar como que faz ?
—Seria mais fácil te ensinar do que deixar vocês procurar essas porras por aí... Ok, vou buscar uma laranja. —Diz ele saindo do quarto, apenas aguardei ele retornar.— Está bem, irei te ensinar apenas uma vez. —Observei atentamente ele me ensinar como posso me tocar.—ok irei te deixar sozinha para tentar.
Não demorou muito para eu tentar praticar, retirei a minha calcinha e abri parcialmente as pernas.
Eu realmente quero tentar isso com Anna.
Peguei meu celular e liguei para Anna.
—Anna, estava dormindo ?
—Esta sim, o que foi?
—O Shuji me ensinou algo, podemos tentar juntas ? Me sinto insegura com isso.
—O que ele te ensinou? Tocar punheta, é só o que ele sabe fazer. —Brincou Anna.—
—Sim.
—Mentira ! Sério?!
—Você sabe que eu nunca minto. É errado.
—Ah... Bem... Está bem, podemos fazer isso juntas.
Durante a madrugada eu e Anna nos tocamos por ligação, era uma sensação estranha e assustadora, eu não sabia se gostava ou não.
Acabamos dormindo em ligação.
Shuji Peters|20 anos|
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Atualizado até capítulo 39
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