A Manhã de Esperança
A luz suave da manhã entra pelas janelas, e Jeimes, ainda lutando com a ansiedade, se aproxima de Amélia enquanto ela organiza algumas ferramentas e suprimentos médicos.
Jeimes:
“Amélia, você tem notícias do meu amigo? Como ele está?”
Amélia para, olhando para Jeimes com um olhar sério:
“Ele vai ser transferido para um hospital em estado crítico. O médico disse que, por enquanto, ele está vivo, mas a situação é delicada.”
Jeimes sente um misto de alívio e preocupação. A ideia de que seu amigo ainda está vivo traz um pouco de esperança, mas a gravidade da situação pesa sobre seus ombros.
Jeimes:
“Eu preciso ir vê-lo. Ele precisa de mim.”
Amélia coloca a mão no braço de Jeimes, sua expressão cheia de compaixão:
“Você precisa ser forte. Ele ainda está lutando, e sua fé pode ser o que o mantém. Vamos orar por ele.”
Jeimes acena com a cabeça, mas seus olhos revelam uma mistura de esperança e medo, refletindo a batalha interna que enfrenta. Ele fecha os olhos por um momento e, em voz baixa, se dirige a Deus.
Jeimes:
“Deus, por favor, proteja meu amigo. Que ele encontre força para continuar.”
O Beijo de Jeimes e Amélia
Enquanto Jeimes se prepara para deixar o abrigo, a tensão no ar é palpável. Amélia observa cada movimento dele, seu coração batendo mais rápido a cada passo que ele dá em direção à saída.
Jeimes, virando-se para ela:
“Amélia, não sei como agradecer por tudo o que você fez por mim. Você foi minha luz em meio à escuridão.”
Os olhos de Amélia se encheram de lágrimas ao ouvir as palavras dele, e ela sentiu um aperto no coração. Amélia:
“Eu só fiz o que qualquer um faria. Mas você é mais forte do que imagina, Jeimes. Você merece viver, lutar e ser feliz.”
Ele hesitou por um momento, o peso das palavras dela ecoando em sua mente. Jeimes:
“Eu… sinto que tudo isso mudou a forma como vejo o mundo. A guerra levou tanto, mas você me mostrou que ainda há beleza e esperança.”
A atmosfera entre eles se tornava elétrica, e a tensão emocional estava à flor da pele. Jeimes deu um passo à frente, segurando as mãos de Amélia, seus olhares se entrelaçando de forma intensa.
Jeimes:
“Amélia, você é especial para mim. Eu não posso imaginar enfrentar tudo isso sem você ao meu lado.”
As lágrimas escorriam pelo rosto de Amélia, não de tristeza, mas de emoção. Ela se sentia vulnerável, mas também cheia de coragem. Amélia:
“Eu quero estar ao seu lado, não importa o que aconteça. Quero lutar por você e por nós.”
Com o coração batendo forte, Jeimes se inclinou para ela. O momento parecia suspenso no tempo, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. Quando seus lábios se encontraram, foi como se uma onda de energia os envolvesse. O beijo era suave, mas repleto de anseio e promessas não ditas.
Jeimes:
“Eu não sei o que o amanhã nos reserva, mas quero enfrentar tudo isso com você.”
Amélia, ofegante e sorrindo:
“Eu também, Jeimes. Sempre.”
Eles se afastaram lentamente, seus rostos ainda próximos, compartilhando um momento íntimo que transcendeu a dor da guerra. O beijo simbolizava não apenas a paixão, mas a esperança e a força que encontraram um no outro em meio ao caos.
Amélia, com um brilho nos olhos:
“Vamos lutar por um futuro, Jeimes. Um futuro juntos.”
Jeimes:
“Sim, um futuro juntos.”
Com essas palavras, eles se sentiam prontos para enfrentar qualquer desafio, unidos por um laço que a guerra não poderia quebrar.
De Volta à Linha de Frente
Jeimes, de volta à linha de frente, sentiu o peso da realidade ao olhar para seus companheiros. As trincheiras estavam úmidas e sombrias, refletindo a exaustão e o desespero que permeavam o ambiente. Ele encontrou Lucas, que estava sentado, com o olhar distante.
Lucas:
“Irmão, você fez falta. Como está?”
Jeimes, tentando manter a calma:
“Estou bem, só pensando em tudo que aconteceu.”
Lucas, com uma expressão preocupada:
“A guerra tem sido dura. Mas é bom ter você de volta. Precisamos de você aqui.”
Jeimes, com um olhar determinado:
“É o que eu quero. Estou aqui para lutar ao lado de vocês.”
Nesse momento, o comandante se aproximou, com seu uniforme desgastado e a expressão de quem já havia visto muito. Ele olhou para os dois jovens soldados, avaliando a situação.
Comandante:
“Jeimes, Lucas. Bom vê-los de volta. Sabemos que o moral está baixo, mas precisamos nos unir. A guerra não espera por ninguém.”
Jeimes, com um leve aceno:
“Entendido, comandante. Estamos prontos para o que for preciso.”
Comandante:
“Ótimo. Precisamos de todos vocês na linha de frente. As informações indicam que os inimigos estão se movendo. Devemos estar preparados para agir rapidamente.”
Lucas olhou para Jeimes, a preocupação evidente em seu rosto. Lucas:
“Estamos prontos, mas o que faremos se algo acontecer com nossos companheiros?”
Comandante:
“Deixaremos alguns de vocês para auxiliar na evacuação dos feridos. Mas, por enquanto, o foco deve ser a proteção do nosso território. Jeimes, confio em você para manter a linha.”
Jeimes sentiu a pressão aumentar, mas sua determinação cresceu. Ele sabia que precisava ser forte, não apenas por si mesmo, mas também por seus amigos.
Jeimes:
“Vamos fazer o que for necessário. Não deixaremos ninguém para trás.”
Comandante:
“Bom. Reúnam-se com os outros e preparem-se para a missão. Lembrem-se, a coragem e a fé são nossas melhores armas.”
Com isso, o comandante se afastou, e Jeimes e Lucas se entreolharam. O peso da responsabilidade estava nas costas de Jeimes, mas ele sentia que a força de sua fé e a conexão com Amélia o guiavam. Ele respirou fundo, pronto para enfrentar o que estava por vir.
Amélia estava de pé na entrada do abrigo da Cruz Vermelha, olhando para a direção onde seu soldado tinha partido. O céu estava nublado, refletindo a tempestade que se formava em seu coração. A ausência de Jeimes deixava um vazio que ela nunca imaginou que poderia sentir. A cada momento que passava, a preocupação crescia dentro dela, como uma sombra que não a deixava em paz.
Uma gota de lágrima rolou por seu rosto, e ela respirou fundo, tentando se recompor.
Amélia, em voz baixa:
“Deus, por favor, cuide dele. Ele é um lutador, mas eu preciso dele.”
Os sons da guerra ecoavam ao fundo, mas para Amélia, tudo parecia distante. Ela se lembrava dos momentos que passaram juntos—dos sorrisos, das conversas, da maneira como ele a fazia sentir-se viva em meio à destruição.
Enquanto olhava para o horizonte, uma onda de nostalgia a envolveu. Amélia:
“Por que a guerra precisa ser assim? Por que precisamos lutar e perder aqueles que amamos?”
O vento soprava, trazendo consigo o cheiro da chuva e da terra molhada. Ela fechou os olhos, permitindo que as lembranças de Jeimes a envolvessem. Amélia, sussurrando:
“Se ao menos eu pudesse ser forte como ele... Se ao menos eu pudesse estar ao seu lado.”
Os minutos pareciam horas, e o vazio em seu peito se intensificava. Amélia sabia que precisava ser forte, não apenas por ela, mas também por Jeimes. Ele sempre acreditou nela, e agora era hora de ela acreditar nele.
Amélia, decidida:
“Eu vou esperar por você, Jeimes. E quando você voltar, vamos fazer tudo valer a pena. Vamos construir um futuro juntos, longe da guerra.”
Ela respirou fundo novamente, tentando reunir toda a coragem que tinha. As gotas de chuva começaram a cair, misturando-se com suas lágrimas, mas Amélia permaneceu firme, olhando para o horizonte, na esperança de que Jeimes voltasse em segurança.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Sena Kobayakawa
Não consigo pensar em outra coisa a não ser a continuação, atualiza já!
2024-10-20
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