Depois de almoço, como combinado, Sun já esperava Win na porta do salão, para irem rumo ao destino que Win lhe iria mostrar. A tarde estava linda.
" - Oh... Já estás aqui? Esperaste muito?" - Pergunta Win ao sair da porta.
Ele estava lindo... Simples como sempre, calções bege, camisa azul marinho, florida, as tipicas sandálias nos pés... Sun quase esqueceu de responder, tal era o fascinio que Win provocava nele, por vezes...
" - Não... Não esperei nada... Acabei de chegar."
" - Bom... Então vamos. Temos que ir à zona mais baixa, na lagôa. Apanhamos a canôa do meu pai e mostro-te a zona das grutas, no outro lado da ilha... Vamos até lá nela. Tudo bem para ti?"
" - Claro!! Estou pronto."
Chegaram à canôa e Win tomou os remos, levando-os rumo ao destino que os aguardava.
Quando Sun começa a avistar ao longe o lugar, não consegue deixar de abrir a boca de espanto!!
Aquela zona estava cheia de rochedos enormes, com pequenas entradas para pequenas grutas, que brilhavam imenso na luz do sol... Ele nunca tinha visto nada mais lindo na sua vida...
Win parou a canôa, e deu a mão a Sun para que ele descesse dela, mas Sun estava tão distraido a olhar para tudo à sua volta, que tropeçou, e Win perdeu o equilibrio, fazendo-os cair, Sun caiu bem em cima dele, na beira da àgua. Os rostos deles estavam tão perto que os narizes deles se tocaram... Sun por momentos paralizou, olhando nos olhos de Win, que o hipnotizavam... Por sua vez, Win também não se mexeu, olhando-o com aquela sua intensidade do costume... Sun não conseguia perceber se o som que ouvia era o do seu coração que parecia explodir no peito... Ou o de Win, ou de ambos... Sun quase se deixou levar pela voz na sua cabeça ( * Quero tanto beijá-lo agora...) mas a milimetros de ceder a esse desejo, levantou-se de um salto....
- " Desculpa, Desculpa... Estás bem?" - pergunta atrapalhado, já de pé.
Win sorria, enquanto se levantava:
" - Sim, está tudo bem... Nunca pensei que ficasses tão maravilhado com o sitio que perdesses até o rumo dos teus pés" - e solta uma pequena gargalhada...
Áquela altura, Sun não sabia mais, se era aquele sitio ou Win que o fazia perder o rumo...
" - Pois... Realmente não estava à espera de ver algo tão bonito..." - Frisou Sun, corando um pouco...
Win pegou uma manta e um cesto que tinha trazido consigo.
" Trouxe umas coisas para petiscar, não fossemos ter fome" - disse enquanto estendia a manta e colocava o cesto sobre ela.
" - Realmente pensas em tudo! " - Comentou Sun, divertido, tentando apagar da mente o que tinha acontecido há minutos...
Ambos se sentaram. Olhavam para o mar, com aquelas rochas imensas por trás deles, num mundo onde naquele momento existiam apenas eles dois, e que Sun nunca tinha imaginado que existia... Quando o obrigaram a vir para aquele lugar, ele nunca imaginou que iria encontrar coisas que iriam mexer tanto com o seu coração... Tanto lugares, como pessoas.... Por muito que ele tentasse afastar da mente que aquilo que se estava a passar dentro dele não significava nada... Sentia, por outro lado, que algo crescia dentro do seu coração. Acabava sempre por baixar as defesas na presença de Win, e não conseguia encontrar a explicação do porquê disso acontecer. Lutava contra aquilo, mas ao mesmo tempo, aqueles momentos em que se esquecia do motivo porque estava ali, eram os melhores dos seus últimos dias.
Win quebrou o silêncio:
" - Sobre aquilo que falámos no outro dia, quando disseste que estavas a fugir... Podes falar-me mais sobre isso?"
" - AH.... Sim... Bem, é como eu disse. Alguém me quer morto..."
" - Como assim?"
" - Bom, eu sou o herdeiro de uma empresa multimilionária... Só isso já me dá imensos inimigos de graça... Mas, desde que terminei a faculdade e a minha mãe começou a preparar as coisas para eu assumir a presidência, tenho recebido ameaças de morte... As ameaças foram apenas no papel, durante muito tempo, mas, uns dias antes de tomaramos a decisão de eu fugir para cá, fizeram-me uma emboscada, enquanto eu ia no meu carro, e eu acabei por sofrer um acidente. Felizmente nada de grave aconteceu, mas foi o que bastou para gerar o pânico na minha mãe, que tomou logo as providências para eu me esconder... e vim parar aqui..."
" - Meu Deus!! Realmente o dinheiro mexe mesmo com a cabeça das pessoas.... E, fazem ideia ao menos de onde vem essas ameaças?"
" - Não... Nem ideia... A policia, junto com a equipa de James, estão a investigar o melhor que podem... e eu sinto-me um cobarde, que fugiu com o rabo entre as pernas, com medo..." - Sun tinha um tom de desapontamento na voz...
" Não, Sun... Não tens nada de cobarde... É normal que a tua mãe te queira proteger, e o James e a tua equipa, que se nota que se preocupam genuinamente contigo. E, além de tudo, é normal teres medo. Afinal, é a tua vida que corre perigo... Não tens porque te sentir cobarde..."
A sinceridade de Win tocou Sun, que acabou por se sentir melhor, com aquelas palavras...
O final de tarde aproximava-se, e ao fundo já se via o pôr do sol. Aquela imagem iria ficar marcada na mente de Sun para sempre, mas na mente de Win também, bem como aquele momento.
Ficaram mais alguns minutos em silêncio, até que, de repente, começou a cair uma chuva, vinda do nada, sem qualquer aviso, apanhado-os desprevenidos.
Levantaram-se ambos às pressas, pegando nas coisas, enquanto Win gritava, por entre a chuva, para se fazer ouvir:
" - Vamos abrigar-nos dentro daquela pequena gruta por agora."
Ambos correram para dentro da pequena gruta atrás deles. O espaço não era enorme, mas era o suficiente para eles se abrigarem à vontade.
" - E agora, o que é que fazemos?" - pergunta Sun, um tanto aflito.
" - Bem... Agora temos que esperar para ver se a chuva passa. Em último caso, teremos que passar aqui a noite. Não podemos arriscar-nos na canôa, se a chuva continuar." - responde Win.
" - O quê, passar aqui a noite? Mas, como? As pessoas vão ficar aflitas... O James vai surtar... E como vamos passar a noite aqui?" - Sun estava um pouco em pânico..
" - Calma. Dean sabe onde estamos, e sabe que eu não me arriscaria no mar, com a chuva. Ele vai saber que estamos bem, vai tranquilizar James. Relaxa ok?"
" - OK... Certo..."
" - Quanto a termos que passar aqui a noite, bem, vou começar por fazer uma fogueira para nos manter quentes..."
Win vinha realmente preparado para tudo. Juntou alguns paus que havia por ali e acendeu o lume com um isqueiro que trazia sempre com ele, para emergências. Era um homem bem prevenido.
Passaram algumas horas, e eles perceberam que tinham que passar ali a noite. Win deitou-se na manta que tinha trazido, já estendida no chão, pronta para partilharem durante a noite.
Passaram uns longos minutos, e Sun deu por ele a observar Win dormir... Ele era perfeito... Aproximou-se do rosto dele, analisando de perto cada parte dele, delineando todo o caminho que fazia com o olhar, com um dedo, mas sem se atrever a tocar-lhe.... De repente, sem aviso, Win falou:
" - Já gravaste o sufciente de mim na tua mente?"
Sun estancou, paralisou (* Ele estava acordado?) era o que gritava na sua mente.
Win abriu os olhos, aquela côr profunda, penetrante, que parava o mundo.
Olharam-se por um longo momento até que Win agarrou no pulso da mão de Sun, que continuava parada no ar, e o puxou para si, enquanto dizia:
" - Espero que memorizes isto também..."
E beijou-o.... Um beijo cheio de paixão... Intenso... Feroz... Sun retribuiu, sabendo que era daquilo que estava à espera, desde aquela manhã, quando interrompeu a conversa dele com aquela miúda, ou até mesmo desde que tinha chegado àquela ilha...
Agora, já não podiam voltar atrás... Naquele momento, no mundo que era apenas deles, o desejo que sentiam um pelo outro, que guardavam há muito, ganhou, e eles não conseguiram mais evitar o inevitável.
As mãos de Sun em volta do pescoço de Win, puxavam-no para si, numa vontade interminável de gravar aquele cheiro que ele sentia até nos sonhos, todas as noites, desde que chegara ali... Win tirava a camisola de Sun, com pressa... enquanto a sua própria camisa desaparecia num ápice... Sun sentou-se no colo de Win, querendo ficar ali para sempre...Win beijava Sun, descendo pelo pescoço, voltando à sua boca, enquanto Sun tocava em todos os pedaços de Win que conseguia alcançar. Win deu a volta, deixando agora Sun por baixo dele. Já não havia nenhuma roupa restante, e ambos se tocavam e beijavam, como se tivessem sido privados de ar durante muito tempo, e agora tinham que sentir tudo intensamente. Quando Win voltou à boca de Sun, quente, húmida, cheia de desejo, Sun mordiscou-lhe o lábio inferior, fazendo Win soltar um gemido, enquanto lhe tocava, quase fernéticamente. Ambos com a respiração ofegante, quase sem se conseguirem conter mais. Win olhou mais uma vez intensamente nos olhos de Sun e perguntou, com a voz rouca de desejo:
" - Estás pronto?"
Sun acena com a cabeça em sinal de concordância, enquanto fecha os olhos e morde os lábios, sentindo-se quase numa outra dimensão.
Win, sem deixar de lhe tocar, concede-se finalmente a vontade que há tanto continha, de o fazer seu... Ambos gemem, nos braços um do outro... Deixando-se tomar pela sensação mais poderosa, que ambos já tinham sentido na sua vida....
Tinham agora percorrido um caminho sem volta, num universo quase que paralelo, à sua realidade.
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Atualizado até capítulo 65
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