A discussão em casa se intensificou. Sua mãe, que sempre foi a voz da razão, começou a perceber que a situação estava se tornando insustentável. Ela se virou para o marido, tentando apaziguar o conflito.
— Querido, precisamos pensar no que isso realmente significa para nossa filha. O que estamos fazendo? — disse sua mãe, com a voz embargada.
O pai de Isabela não estava disposto a ouvir. — Não, Maria! Isso é uma questão de moral e fé! Você quer que nossa filha se torne uma desonra?
Isabela sentia a pressão crescente. Ela sabia que não apenas sua vida estava em jogo, mas a de Miguel também. Ele estava sendo arrastado para uma situação que não tinha controle.
Naquela noite, enquanto tentava descansar, Isabela ouviu gritos vindos da sala. Era sua mãe, tentando colocar algum senso nas ideias de seu pai.
— Você está sendo irracional! Não pode forçá-la a fazer algo assim!
Os gritos ecoavam pela casa, e a tensão estava no ar. Isabela sentiu que precisava agir.
Envenenamento de Ideias
Nos dias seguintes, Isabela decidiu que precisava encontrar Miguel. Eles precisavam discutir o que fazer a seguir, especialmente agora que seu pai estava pressionando mais do que nunca. Ao encontrá-lo, Isabela estava visivelmente abalada.
— Miguel, meu pai está insistindo que eu faça um aborto. Ele diz que é o que Deus espera de mim! — ela desabafou, as lágrimas escorrendo por seu rosto.
Miguel ficou em silêncio por um momento, absorvendo a gravidade da situação. — Isabela, isso não é algo que alguém deve decidir por você. Você tem que pensar no que quer.
— Mas e se eu desonrar minha família? — ela perguntou, a voz trêmula.
— Desonrar? Tô sóO que realmente importa é o que você sente, não o que os outros pensam! — Miguel respondeu, sua voz carregada de emoção.
Enquanto conversavam, Isabela percebeu que o peso da situação estava começando a afetar Miguel. Ele parecia mais distante e preocupado, e isso só aumentava seu temor.
A Conspiração do Xerife
A tensão na cidade estava aumentando. O xerife local, um homem rígido e tradicional, estava preocupado com as notícias sobre Isabela e Miguel. Ele havia ouvido rumores sobre o relacionamento deles e começou a investigar.
Com uma abordagem de "protetor da moral", ele começou a questionar os moradores sobre o que sabia do casal. Em conversas discretas, sugeriu que Miguel poderia estar manipulando Isabela.
...— Ele a envene eu sónou com suas ideias liberais — dizia o xerife, espalhando calúnias que poderiam destruir a reputação de Miguel....
Os rumores começaram a se espalhar rapidamente, e a tensão na comunidade aumentou. Isabela ficou sabendo das fofocas e sentiu seu coração apertar. Miguel não merecia ser tratado daquela forma.
Ela decidiu que precisava confrontar o xerife e esclarecer as mentiras. Assim, um plano se formou em sua mente.
A Confrontação
Na manhã seguinte, Isabela foi à delegacia. O xerife estava sentado atrás de sua mesa, a expressão autoritária no rosto. Ele levantou os olhos ao vê-la.
— O que você está fazendo aqui, Isabela? — ele perguntou, a voz carregada de desprezo.
— Vim falar sobre os rumores que você está espalhando sobre Miguel — disse ela, firme.
O xerife riu, um som áspero. — Você realmente acha que pode proteger um rapaz que está levando você ao pecado? Ele é uma má influência!
Isabela sentiu a raiva crescendo dentro dela. — Miguel não é uma má influência. Ele me ama e está ao meu lado. Eu não sou uma vítima!
A tensão no ar era palpável. O xerife se levantou, colocando-se mais perto dela. — Você precisa entender que sua família e a cidade não permitirão que isso continue. Está sendo ingênua, Isabela.
Ela sabia que estava em desvantagem, mas não ia se calar. — Não vou deixar você ou ninguém decidir sobre minha vida!
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Atualizado até capítulo 26
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