O Retorno do Medo

Após a luta contra a sombra no velho cedro, Isabela e Miguel sentiram um alívio temporário. No entanto, a sensação de que algo ainda os perseguia não desapareceu. As noites se tornaram mais inquietas, e o silêncio da fazenda parecia carregar um peso incomum.

Uma semana após o incidente, Isabela começou a ouvir sussurros novamente, desta vez vindos de dentro da casa. Ela tentava ignorar, convencida de que era o estresse, mas cada noite era uma tortura. Miguel, percebendo seu estado, decidiu que era hora de confrontar a situação.

— Precisamos investigar. Não podemos viver com medo assim — disse Miguel, a determinação em seus olhos.

Naquela noite, eles armados com lanternas, exploraram a casa. Cada porta rangeu, cada sombra parecia se mover, e a tensão crescia. Quando chegaram ao sótão, encontraram objetos antigos e uma caixa coberta de poeira. Isabela hesitou antes de abrir.

— O que será que tem aqui? — perguntou ela, a voz trêmula.

Ao abrir a caixa, descobriram cartas e fotografias de pessoas desaparecidas na região. O pânico tomou conta de Isabela ao perceber que algumas delas pareciam com ela.

Segredos Revelados

Isabela estava em choque. As cartas revelavam segredos obscuros, contando histórias de pessoas que também haviam sido atraídas pelo cedro. Miguel pegou uma das fotos e a olhou com mais atenção.

— Espera... essa é a mesma mulher que encontramos no livro — disse ele, e seu coração disparou.

As cartas detalhavam rituais sombrios realizados para manter a "entidade" longe. Cada um deles tinha um nome e uma data, e Isabela percebeu que as datas coincidiam com os desaparecimentos que haviam lido.

— Miguel, isso é muito mais sério do que pensávamos — disse Isabela, sua voz quase um sussurro.

A pressão aumentava à medida que a conexão se tornava mais clara. Se eles não agissem, poderiam se tornar as próximas vítimas. O pânico e a dor a atingiram, e ela começou a chorar.

— Nós precisamos sair daqui. Precisamos contar a alguém — disse ela, desesperada.

Miguel concordou, mas antes que pudessem fazer qualquer coisa, ouviram um barulho forte vindo do andar de baixo. Era como se algo estivesse se arrastando. Eles se entreolharam, e o medo os paralisou.

A Perseguição Começa

Miguel decidiu que precisava investigar o som. — Fique aqui — ele ordenou. Isabela queria protestar, mas ele a segurou firmemente. — Não vou deixar você sozinha.

Apenas com a lanterna em mãos, Miguel desceu as escadas lentamente. Cada passo parecia uma eternidade. Quando chegou ao corredor, viu uma sombra se movendo rapidamente. Ele não hesitou e seguiu.

A sombra desapareceu em uma porta dos fundos, e Miguel a abriu com cautela. O que ele encontrou o deixou paralisado: uma figura encapuzada, com um brilho maligno nos olhos, observando.

— O que você quer? — Miguel gritou, tentando manter a voz firme.

A figura não respondeu, mas um sorriso sinistro apareceu em seu rosto. Sem aviso, a figura se lançou contra ele, e uma luta começou. Miguel sentiu a força da entidade, mas não desistiu.

Isabela, ouvindo a luta, decidiu que precisava ajudar. Ela desceu as escadas correndo, pegando um bastão que estava na sala.

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