Nos dias que se seguiram, Isabela não parava de pensar na cena do café. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, mas agora se misturava com a ansiedade. Ao mesmo tempo em que se sentia orgulhosa de ter defendido seu direito de escolher, o olhar desaprovador de Lucas a perseguia. E o que mais a atormentava era a possibilidade de que sua família estivesse de olho em sua "rebeldia".
Ela decidiu visitar o pai, esperando encontrar apoio. Mas, ao entrar na sala de estar, encontrou seu pai e Lucas em uma conversa séria. O clima estava tenso, e quando Lucas viu Isabela, seu olhar a atravessou como uma faca.
— Ah, a heroína do dia! — Lucas disse sarcasticamente, enquanto seu pai olhava para ela com uma expressão preocupada.
— Pai, eu... — começou Isabela, mas seu pai a interrompeu.
— Isabela, precisamos conversar. O que você está fazendo com esse garoto? Ele não é o tipo de pessoa com quem você deve se associar.
Ela sentiu o coração apertar. A desaprovação dele era como um peso em seus ombros. Mas, ao invés de se calar, ela sentiu uma nova onda de coragem.
— Pai, eu estou apenas tentando entender o que quero. Miguel não é o que você pensa. Ele...
— Ele está aqui para explorar suas terras, Isabela! — cortou o pai, sua voz elevada. — Não deixe que ele a enganem.
O estresse fez com que Isabela perdesse a paciência.
— Não sou um ativo da sua fazenda, pai! Sou sua filha e quero ser ouvida!
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Seu pai parecia chocado com sua ousadia. Lucas estava prestes a intervir, mas ela ergueu a mão.
— Deixe-me falar. Preciso descobrir quem sou e o que quero, independentemente do que você espera de mim.
A conversa foi interrompida quando sua mãe entrou, percebendo a tensão.
— O que está acontecendo aqui? — ela perguntou, preocupada.
Isabela percebeu que tinha que lutar pela sua liberdade, mas a realidade de seus vínculos familiares tornava essa luta dolorosa.
O Plano
Após o tumulto em casa, Isabela se reuniu com Miguel para desabafar. Eles se encontraram em um canto isolado da cidade, longe dos olhares críticos. Miguel estava animado, mas a expressão de Isabela o fez perceber que algo estava errado.
— O que aconteceu? — perguntou ele, preocupado.
— Minha família está prestes a descobrir que estou me envolvendo com você. Meu pai ficou furioso... — disse ela, lutando contra as lágrimas.
— Vamos fazer um plano! — exclamou Miguel, com uma ideia que parecia genuína. — Que tal organizarmos um evento para a comunidade? Algo que mostre que você e eu estamos juntos e que podemos ajudar a cidade.
Isabela olhou para ele, surpresa.
— Um evento? Mas o que?
— Uma festa no celeiro! — Miguel disse, entusiasmado. — Podemos convidar todos, e você pode mostrar que está do lado da modernidade e da mudança.
O brilho em seus olhos era contagiante, e Isabela começou a se animar com a ideia.
— E se as pessoas não aceitarem? — perguntou ela, hesitante.
— Vamos fazer isso de um jeito divertido! Com comida, música, e até um bingo! — Miguel sugeriu. — Todos adoram um bom bingo.
Isabela riu, imaginando a cena. Um bingo no celeiro? Seria um choque cultural e tanto. Mas, com a promessa de diversão e descontração, ela viu uma oportunidade de desafiar as tradições.
— Ok, vamos fazer isso! — disse ela, determinada.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Fatima Maria
AGORA VAMOS QUE VAMOS VER COMO VAI TERMINAR TUDO ISTO.
2025-04-01
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