capítulo 3:Ecos do passado

Aí gente que frio na barriga, é difícil escrever livro espero muito que gostem, beijocas da autora.

Neste capítulo, Alice começa a investigar mais profundamente a origem da câmera e a natureza das figuras misteriosas que ela captura, ao mesmo tempo em que sente a realidade ao seu redor começar a se distorcer. Esse capítulo intensifica a tensão e os mistérios, empurrando Alice para dentro do desconhecido.

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O vento soprou com força, fazendo as persianas no apartamento de Alice baterem repetidamente contra a janela. Lá fora, as nuvens escuras se reuniam, preparando-se para uma tempestade. Era como se a própria cidade estivesse antecipando algo sombrio. Alice sentia a eletricidade no ar, uma sensação de que o mundo ao seu redor estava mudando. Mas talvez fosse apenas sua mente pregando peças. Ela havia se envolvido tão profundamente no mistério da câmera que tudo parecia fora do lugar.

Após sair da loja de antiguidades, as palavras da velha senhora ecoaram em sua mente: *“As sombras estão sempre à espreita. Quanto mais você se aproxima delas, mais difícil é escapar.”* Aquilo não fazia sentido, mas ao mesmo tempo, parecia carregar uma verdade incômoda. As sombras, a figura nas fotos, a presença invisível que parecia segui-la – tudo parecia conectado de uma forma que ela ainda não compreendia.

Alice não conseguia descansar. As horas se arrastaram enquanto ela se sentava no chão de seu apartamento, espalhando todas as fotos que tirara com a câmera sobre o tapete. A figura estava em cada uma delas, mais clara em algumas, mais distorcida em outras, mas sempre presente. Havia algo de profundamente perturbador em sua constante aparição. Era como se essa figura estivesse à espreita no limiar da realidade, apenas aguardando o momento certo para emergir completamente.

Ela puxou uma das fotos mais recentes para mais perto e a estudou com atenção. Pela primeira vez, percebeu algo que havia passado despercebido. A figura... parecia estar se movendo. Em cada foto, a posição da sombra era ligeiramente diferente, como se estivesse lentamente se aproximando dela. O que no início parecia uma simples coincidência agora se tornava uma verdade inegável: a presença não estava apenas ali por acaso. Ela estava indo em sua direção.

Alice engoliu em seco, o medo crescendo dentro dela. Havia algo terrivelmente real e assustador acontecendo, algo que não podia ser explicado de maneira racional. E ela sabia que, se continuasse a usar a câmera, as consequências poderiam ser ainda mais perturbadoras.

Mas não podia parar agora. A necessidade de respostas era mais forte que o medo. Alice precisava saber o que aquela figura queria e qual era a história por trás da câmera. E, acima de tudo, precisava entender por que ela, entre todas as pessoas, fora a escolhida para descobrir esses segredos.

Com a decisão tomada, ela fez algo que havia evitado até então. Pegou seu laptop e começou a pesquisar sobre a câmera. Escreveu no motor de busca todas as informações que conhecia: as marcas, o modelo, qualquer coisa que pudesse dar uma pista. E, para sua surpresa, não demorou muito para encontrar algo.

Em um fórum obscuro sobre câmeras antigas, encontrou uma menção a um modelo parecido com o seu. A história era contada por um colecionador anônimo e datava de décadas atrás. Segundo o relato, a câmera havia pertencido a uma fotógrafa renomada na década de 1940 chamada Elisa Winter. Elisa era famosa por capturar imagens que pareciam revelar o mundo além do que os olhos podiam ver. Diziam que suas fotos mostravam "presenças" – sombras, vultos, figuras que ninguém conseguia explicar.

A história dizia que Elisa começou a se dedicar exclusivamente à fotografia de fenômenos inexplicáveis. Seus trabalhos ficaram cada vez mais estranhos, até que, um dia, ela simplesmente desapareceu. A única coisa encontrada em seu estúdio foi a câmera, repousando sobre uma mesa, com um filme ainda não revelado dentro.

Alice sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Poderia ser a mesma câmera? Seria essa a conexão que a velha mencionou? Decidida a investigar mais a fundo, ela pesquisou o nome de Elisa Winter, mas as informações eram escassas. Aparentemente, sua obra caiu em esquecimento, e pouco restou sobre sua vida além de fragmentos de rumores e histórias.

Alice sabia o que tinha que fazer. No dia seguinte, ela visitaria o arquivo municipal para tentar encontrar mais sobre Elisa Winter. Precisava descobrir mais sobre essa fotógrafa e sua ligação com a câmera. E talvez, apenas talvez, encontraria uma pista que explicasse o que estava acontecendo com ela.

A noite foi longa e solitária. A tempestade que se aproximava finalmente chegou, trazendo trovões que faziam o prédio inteiro tremer. Alice tentou dormir, mas cada som a fazia acordar sobressaltada. Estava à beira do pânico, sentindo-se cada vez mais vulnerável. Não havia como fugir da sensação de que estava sendo observada.

No meio da noite, uma batida suave ecoou pela sala, fazendo-a se sentar na cama. Seus olhos varreram o quarto, mas não havia nada de anormal à vista. Mesmo assim, a sensação de presença não a abandonou. Tentou respirar fundo e se convencer de que era apenas sua mente brincando com ela, fruto do cansaço e do estresse. Mas no fundo, sabia que não era apenas isso.

Finalmente, com os primeiros raios de luz da manhã atravessando as cortinas, Alice se levantou. Sua decisão estava tomada. Pegou sua bolsa, guardou a câmera com cuidado dentro dela e saiu de casa. O arquivo municipal ficava no centro da cidade, um prédio antigo e imponente com fileiras e mais fileiras de documentos e registros históricos. Se havia algo que poderia ajudá-la a entender a origem da câmera e de Elisa Winter, seria ali.

Ao entrar no arquivo, Alice foi recebida por uma mulher de meia-idade com óculos grossos que a observava com desinteresse. "Preciso consultar registros sobre uma fotógrafa chamada Elisa Winter", disse Alice, tentando manter a voz firme.

A bibliotecária assentiu lentamente e conduziu Alice a uma sala cheia de estantes repletas de jornais antigos e documentos empoeirados. "Elisa Winter... Isso está na seção de registros históricos", murmurou a mulher. "Parece familiar... ela não era aquela que desapareceu?"

"Sim", respondeu Alice, tentando esconder sua inquietação.

Com a ajuda da bibliotecária, Alice passou horas vasculhando os registros. Finalmente, encontrou um artigo de jornal datado de 1952, intitulado "O Mistério de Elisa Winter". A reportagem falava sobre o desaparecimento repentino da fotógrafa e mencionava a exposição controversa que ela havia organizado pouco antes de sumir. As fotos que exibira foram descritas como "perturbadoras", mostrando figuras fantasmagóricas e sombras sem explicação. A exposição atraiu pouca atenção na época, exceto por um pequeno grupo de entusiastas do paranormal que acreditavam que Elisa havia capturado algo sobrenatural.

Alice também encontrou uma foto de Elisa Winter no jornal. A imagem a mostrava em seu estúdio, com a mesma câmera que Alice agora segurava nas mãos.

Seu coração disparou.

Estava lidando com algo antigo, muito maior do que imaginava. E agora, sabia que as respostas não estavam apenas no passado, mas nas fotos que tirava com aquela câmera.

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A tensão aumenta à medida que Alice descobre mais sobre a câmera e a história de Elisa Winter. Caso queira continuar explorando esse mistério, me siga para mais atualizações

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