Capítulo 15

A linda família regressou a casa. Eles levaram muitas malas com muitas roupas; até o vestido de noiva de Nicolle foi encomendado em Paris.

Ela não podia conter a emoção; passou muito tempo com seu amor, eles escapavam de vez em quando e tinham seus encontros apaixonados.

Ao chegarem à Itália, eles continuaram com seus encontros; Lia a cobria para sair e ela aproveitava para escapar com seu amado namorado.

— Amor… Niki… onde você está? — Massimo procura sua namorada em seu escritório. Disseram-lhe que ela tinha ido visitá-lo, mas ela não estava em lugar nenhum.

— Você viu minha noiva? — Massimo pergunta a um de seus soldados.

— Sim, coronel, eu a vi conversando com Anabella... Massimo saiu para procurar sua garota onde o soldado havia indicado.

Ao chegar, ele vê a jovem atordoada e Anabella também.

— Amor, o que você está fazendo aqui? Pensei que você estaria esperando no meu escritório — ele pergunta e tenta beijá-la, mas ela coloca a bochecha.

— Não, amor, é melhor eu ir; vou passar o resto da tarde em seu apartamento; afinal, eles estão me esperando em casa até a noite — Massimo franze a testa e a observa.

— O que está acontecendo?... — ele pergunta.

— Parece que eu sou uma má influência para você, já que por minha causa você está se ausentando do trabalho, não vou tomar mais seu tempo, adeus, Massimo — disse ela e se virou, mas ele a deteve segurando-a pelo braço.

— Foi você quem disse isso, Anabella? — ele perguntou bruscamente.

— É a verdade, Massimo — Nicolle revirou os olhos e ele não deixou de notar.

— Coronel Moretti, e eu agradeceria se você não se intrometesse em minha vida pessoal; eu sou seu superior direto e não tolero insultos à minha noiva, você entende. Massimo é firme, direto e duro.

— Sim, senhor, com licença, senhor, desculpe-me, senhorita — a jovem se retira e o coronel abraça sua namorada, dá-lhe um beijo rápido e a tira do local.

— Onde você está indo? Você precisa trabalhar — diz ela, ainda chateada com a situação anterior.

— Meu doce bebê acabou de ficar chateado por causa de uma pessoa insolente; eu tenho que agradá-la e lembrá-la de como ela é doce — ele sorri para ela e a coloca em seu carro; então ele a leva para seu apartamento e a tarde começa para eles.

— Depois de você, majestade — diz ele sorrindo enquanto abre a porta de seu quarto.

Nicolle entra ainda um pouco chateada; é apenas pura manipulação.

A jovem se senta no sofá e ele imediatamente se junta a ela; ela pega o controle remoto para colocar um filme, ignorando-o, mas Massimo a abraça.

— Já chega, meu anjinho, não quero que você fique assim — ele a beija enquanto vê seu humor melhorar um pouco. Ela não o afasta mais, agora está mais calma.

— Vamos assistir a um filme, mas primeiro vou buscar alguns petiscos para minha garota. — O homem se levanta depois de beijá-la e a tarde deles é única. O filme termina, e uma tarde de paixão e muito amor começa. O quarto é testemunha do seu amor, do seu carinho e é assim que Nicolle finalmente ganha uma da odiosa Anabella.

O tempo continua passando depois daquele dia, mas as intrigas da amiga de Massimo acabaram. Sempre que podem, eles se veem e aproveitam a companhia um do outro.

O tempo livre de Nicolle está se esgotando e é hora de voltar; a jovem precisa voltar para sua equipe e começar a caçar aqueles desgraçados.

— Deus, você já tem que ir embora, bebê? — Nicholas diz e a abraça. A jovem concorda e vai para os braços de seu avô; depois, Tomás, seus tios e cada membro de sua família.

— Meu bebê, tome muito cuidado, está bem? — Sua mãe a abraça e a beija.

— Mãe, eu vou, você sabe que eu posso lidar com tudo — ela sussurra apenas para as duas ouvirem.

— Vamos sentir sua falta, irmãzinha — seus irmãos a abraçam e não querem soltá-la.

— Meu anjinho, volte rápido, sim, eu te amo, apenas prometa que esta será sua última viagem, sim — Massimo a beija sem medo das consequências; depois de sentir o beijo apaixonado, ela fica sem fôlego e responde.

— Prometo que esta será minha última viagem, amor, então vamos nos casar e depois veremos o que acontece — diz ela e ele a gira, apesar dos gritos de seus familiares.

Nicolle sai em direção ao comando e, ao entrar, veste seu uniforme. Uma vez pronta, ela se aproxima de sua equipe.

— O intervalo acabou, preciso que vocês estejam concentrados — diz ela firmemente, olhando para eles com seu olhar gelado e familiar, aquele que ela usa com eles.

— Víbora e Camaleão virão comigo, lembrem-se, somos jovens órfãs e viemos de lares adotivos de onde escapamos — ela começa enquanto todos se concentram nela.

— Viemos de gangues e estamos procurando por qualquer trabalho. Os rapazes vão cuidar das tatuagens e mudar completamente nosso visual — Nicole fixa seu olhar nos outros.

— Vocês três se infiltrarão como assassinos nos outros pontos. Depois disso, eles levam o grupo para se infiltrar e mudar sua aparência.

Eles fazem tranças africanas em Nicolle e colocam lentes de contato pretas, e pronto. Outra tem o cabelo tingido e também usa lentes de contato, e a última tem o cabelo cortado. Todas elas têm tatuagens que só saem com um líquido especial; elas parecem duronas e marginalizadas.

— Coronel Sombra, já temos os arquivos e as identificações prontas; onde quer que os procurem, eles aparecerão como você ordenou — informa o oficial de inteligência e ela concorda.

— Certo, nada pode dar errado; vou chegar ao fundo disto. Nicolle vai direto para a Rússia; um contato as leva a pessoas importantes que estão procurando por funcionários; cada uma chega separadamente. O nome de Nicolle é Aria; ela não tem sobrenome porque sempre viveu em lares temporários.

Um homem com o rosto tatuado a recebe e ela o observa, alto, olhos castanhos, cabelo castanho escuro e robusto. Ele tem uma cicatriz no pescoço e outra na bochecha direita.

— Você deve ser Aria, Marcos a recomendou; venha, vamos conversar um pouco. — O homem entra em um escritório e eles o seguem; o sujeito tem seus antecedentes em uma pasta.

— Vejamos… Aria, vinte anos de idade, sem-teto, esteve duas vezes no reformatório e é uma assassina de aluguel — ele sorri ao terminar.

— Você me investigou? — Ela se ofende.

— Claro que sim, neste mundo não se confia em ninguém, é um conselho que espero que você siga à risca — o sujeito olha para ela depois dessas palavras.

— Eu preciso de pessoal e gostei de você, você está contratada.

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