Capítulo 9

Na elite de espiões da sede mundial para casos de alto impacto, encontra-se a coronel mais jovem da sede italiana nos arredores de um edifício abandonado com a sua equipa a dar-lhe ordens para poder apanhar um poderoso mafioso mexicano. Este homem é um capo temível, impiedoso, ardiloso e capaz de destruir qualquer um. Não tem pontos fracos como a família; ele próprio assassinou a esposa por ela o ter confrontado por estar com uma amante.

É um completo desgraçado, sádico e disfruta a matar e assassinar.

Nicolle está infiltrada, tem muito pouca roupa, está disfarçada de prostituta; vários homens têm-na na mira, mas ela apenas sorri visualizando e estudando tudo o que pode.

O desgraçado também trafica pessoas; desta vez são mulheres e homens, e não só isso, leva-os para um lugar onde são prostitutas, e outros são simplesmente usados ​​como cães de briga numa jaula enorme. O local chama-se O Tártaro e é o mesmo local que o irlandês mencionou antes de morrer.

— Todos aos seus postos. – diz ela enquanto abraça com força e beija o pescoço de León, que é supostamente um poderoso mafioso que está a olhar para a mercadoria.

Trazem um carregamento de mulheres e são também atiradas ao chão. Há quatro homens corpulentos que parecem estar drogados e também são atirados.

— Eles seriam perfeitos para o Tártaro, uns para a jaula e outros para venda. – diz um russo e um irlandês apoia-o.

— Quantas são virgens? – pergunta o mexicano.

— Cada vez há mais putas, estas miúdas, só três, as de dezassete e a de dezanove; as outras são umas vadias! – diz irritado um dos traficantes.

— Está bem, vou querer todas; se não servem para abrir as pernas, servem para matar pessoas. – ri-se o mexicano e Nicolle beija o pescoço de León novamente para desta vez dar o sinal de ataque.

— Agora! – O inferno começa. As balas voam sem parar e Nicolle mata vários. Ela dispara no pescoço de um russo e um irlandês atira-se sobre ela e tira-lhe a pequena pistola que ela tirou do casaco de León.

O homem pega-lhe nas mãos que seguram a arma e bate-as contra o chão; ela levanta o joelho e atinge-o nos testículos, fazendo-o largá-la. Um tiro certeiro, que agora lhe desenha a testa e ela corre em saltos altos de dez centímetros na direção para onde o mexicano correu, mas ele é protegido por cerca de cinco homens que disparam, fazendo Nicolle girar no chão e se proteger para poder acabar com eles...

— Estou na parte de trás. Venham rápido ou o mexicano vai escapar! – Diz ela pelo intercomunicador e levanta-se atrás de uma árvore; mata dois e corre para outra árvore; outro desgraçado cai quando ela dispara e sobram dois.

Umas hélices fazem barulho e fazem-na olhar para cima. O mexicano está a rir-se, olha para ela e mostra-lhe o dedo do meio, aponta para ela com o dedo e depois passa o mesmo na horizontal pelo pescoço em sinal de que a vai matar.

— Maldição! – Grita. Ela espreita por trás da árvore para disparar nos outros, mas eles suicidam-se com um tiro na cabeça.

— Merda, merda e mil vezes merda! – Os outros chegam e ela aproxima-se dos bastardos, já estão mortos, não há nada a fazer, ela não gosta nada disto; deve ser algo muito grande para se matarem para não darem informações; assim serão essas pessoas perigosas.

Nicolle usa uma peruca ruiva e os olhos são verdes, mas mesmo assim teme que ele a tenha reconhecido, e não por ela, mas pela sua família.

— Coronel, as vítimas já estão a salvo, mas nenhum dos bastardos ficou vivo. – informa Víbora.

— Não importa, nem sempre se ganha, mas a esse maldito eu apanho-o porque o apanho! – murmura ela irritada.

— Sombra viu-te agora e isso é perigoso. – diz Falcão e ela ignora-o.

As vítimas são levadas para casa e ela fecha-se no seu escritório onde pragueja. Ela tem nojo dessas pessoas e do que fazem. Nem os traficantes de armas e drogas a incomodam tanto quanto os traficantes de pessoas.

Armas e drogas são uma decisão das pessoas comprarem, mas essas pessoas não escolhem; não podem fazê-lo; o seu destino é ser mercadoria e agora ela sabe que até são tratadas como animais.

Ela pega no telefone e liga para o namorado; é a única coisa que a pode acalmar agora; dois toques e ele atende a chamada.

— Diz-me, princesa, eu estava a tomar banho e não ouvi quando ligaste. – responde Massimo e ela ri-se.

— Não, meu príncipe, só dois toques, o que estás a fazer, tenho saudades tuas. – diz ela com a voz doce que usa com ele.

— Como te disse, estava a tomar banho; estás distraída, o que aconteceu? Estou a ouvir tristeza na tua voz, ou são ideias minhas. – pergunta ele.

— É que eu vi um filme sobre pessoas muito más que sequestram mulheres e são muito cruéis. – mente ela sem poder contar-lhe toda a verdade.

— Meu anjo, não vejas essas coisas. Sim, embora haja muita maldade neste mundo, tens o teu herói para te proteger, por isso é assim. – Nicolle suspira ao ouvi-lo.

— Sim, meu príncipe, fico furiosa só de pensar no que essas pessoas e suas famílias sofrem. – A voz dela quebra-se um pouco, já que essa situação a sobrecarrega mais. Ela não chora; as suas lágrimas não são para os outros.

— Querida, é só um filme, na vida real isso não acontece, calma, sim, as pessoas sequestram por dinheiro e devolvem-nas, garanto-te. – ele mente-lhe sem saber que ela sabe a realidade de tudo, mas fá-lo para a proteger.

— Se não te sentes segura, volta, meu amor, fá-lo, por favor, preciso de ti aqui para saber que estás bem. – diz Massimo e ela suspira novamente.

— Em breve voltarei porque vamos fazer uma digressão de dois meses, então terás três meses só para ti. – diz Nicolle e ele suspira pesadamente.

— Promete-me que será a última vez que vais; vamos casar-nos dentro de alguns meses e não quero que continues, pelo menos por um tempo, por favor, querida. – insiste Massimo e ela não sabe como fazer isso; ela não pode deixar a elite; talvez lhe conte a verdade, mas se ele a odiar, a cabeça de Nicolle é um caos.

— O que o meu príncipe quiser. – diz ela para o acalmar e batem à porta dela.

— Tenho de ir, querido; as minhas professoras estão a chamar-me: amo-te! – desliga a chamada e dá permissão para entrar.

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