...• Jack Palazinni •...
03 meses depois...
Nicole estava prestes a completar quatro meses de gestação, e desde o segundo mês, as coisas se tornaram mais difíceis, especialmente em relação aos enjoos. Eles têm se tornado muito mais frequentes, e o estômago dela tem rejeitado tudo que ingere, exceto por salada de frutas. Isso tem me deixado bastante preocupado, mesmo sabendo que os enjoos são comuns durante a gravidez.
Minha preocupação se agrava pelo fato de que Nicole não está se alimentando adequadamente e precisa recorrer ao soro para evitar a fraqueza. Nos últimos três dias, ela tem acordado vomitando e com queimação.
Durante a gestação, é normal que as mulheres apresentem alterações ou até redução no olfato e paladar, o que pode resultar na exclusão de alimentos que antes faziam parte de sua rotina alimentar.
Embora eu tenha lidado com muitos casos de mulheres que enfrentavam dificuldades para se alimentar durante a gravidez enquanto trabalhava como interno no hospital, a situação atual é diferente, pois envolve a Nicole, uma pessoa que já conquistou um espaço muito significativo na minha vida.
— Fica calma, Nicky, isso vai passar. – disse, acariciando suas costas enquanto ela vomitava mais uma vez.
— Eu não quero que você fique aqui, Jack. Posso me virar sozinha.
— Não se trata do que você quer, mas sim do que você precisa, querida. Agora, respira fundo e relaxa.
A barriga de Nicole já estava um pouco proeminente, embora fosse ainda possível disfarçá-la com roupas largas, ao contrário do que fazia; ela preferia roupas mais justas que acentuavam sua silhueta.
Contar ao seu pai foi relativamente simples, especialmente porque temia que ele fosse me agredir. Ele apenas me ameaçou, dizendo que se eu deixasse a Nicole, haveria consequências.
— Meu Deus, filho, você está acabando com a mamãe, meu amor. – Nicky comentou, acariciando a barriga enquanto se levantava.
Ela lavou o rosto na pia e escovou os dentes. Saímos do banheiro e fomos para a sala; ela se jogou no sofá e colocou o braço na testa.
— Por favor, diga que você está com fome e que vai comer alguma coisa. – Falo, ainda em pé, com uma expressão preocupada.
— Não sei...
— Que tal pensarmos em algo que você realmente deseja comer?
— Não tem nada que eu queira muito comer. – Ela responde enquanto se senta, com o rosto avermelhado.
— Pense em algo delicioso, algo que você gostaria de comer agora.
Ela parece refletir e logo sorri ao me olhar.
— Yakisoba.
— Aquela gororoba? – Eu faço uma careta e ela ri.
— Isso é a oitava maravilha do mundo e eu quero comer!
— Ótimo! O que precisa para fazer?
— Muita verdura.
Ela me acompanha até a cozinha, e começamos a buscar pelos ingredientes. Acredito que foi uma excelente decisão adotar essa técnica, pois Nicole parece bastante animada em preparar seu prato favorito.
...[...]...
— Meu Deus, isso está uma delícia! – comento enquanto levo outra garfada à boca.
— Não, isso é só uma mistura estranha. – ela diz fazendo aspas com os dedos e em seguida ri.
Fico observando-a; se nosso filho — ou filha — herdar a beleza da mãe, será a coisa mais linda do mundo. Nicole é incrivelmente bela, seus olhos castanho-claros contrastam com a pele clara e os cabelos pretos e suavemente ondulados.
Nicole é simplesmente perfeita.
— O que houve? – ela pergunta ao levar o suco aos lábios. – Você está me olhando como se fosse um psicopata.
— É que... eu só estava notando se você não estava fazendo uma cara de nojo enquanto come.
Mentiroso.
— Por que faria isso? Isso aqui é incrivelmente maravilhoso.
— Que bom que você não está enjoando. Se eu soubesse, teria perguntado antes, até porque salada de frutas não é exatamente um prato que sustenta.
Ela deixou o garfo de lado e me lançou um olhar semelhante ao do gatinho do Shrek.
— Por que você teve que dizer isso? Agora eu estou com vontade de salada de frutas.
— Ai, meu Deus. – murmurei. – Vou pedir pelo aplicativo, mas primeiro termine tudo o que está no seu prato.
Ela voltou a comer enquanto eu pegava meu celular para solicitar uma porção de salada de frutas para ela. Não consigo entender como ela ainda consegue comer aquilo sem enjoar, já que é apenas mais uma mistura estranha.
Após ela terminar de comer sua salada de frutas, acabou adormecendo no sofá. Como tem sido complicado para ela dormir ultimamente, decidi não acordá-la para levá-la à cama. Com muito cuidado, a peguei e fui em direção ao quarto, apreciando o aroma doce do shampoo que estava em seus cabelos.
Coloquei-a na cama e ouvi alguns gemidos sonolentos dela. A embrulhei e saí, deixando a porta um pouco entreaberta. Entrei no meu quarto, que ficava bem em frente, e também deixei a porta levemente aberta, caso precisasse ir até ela.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Cida Archangelo
eu quero eles juntos ❤️
2025-01-04
1
Fatima Maria
MINHA AUTORA E ELES NÃO DORMEM NO MESMO QUARTO? PORQUE?
2024-12-10
2
Juliana Vicentina da Costa Nerys
A não porque não dormiu do lado dela.Aproveitar a oportunidade.
2024-11-06
2