Alexia coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha e responde, encarando Jake: — Claro. Você me disse que se casaria comigo quando se tornasse um super agente da CIA, e que não importava onde eu estivesse, você viria me buscar.
Jake sorri, com o rosto suave e confessa: — Sim. E eu vou cumprir isso. Não importa o tempo; por favor, espere por mim.
— Não posso prometer que vou te esperar, pois eu não sei como será a minha vida no futuro. Eu quero primeiro focar nos meus estudos, na minha carreira profissional e, depois de já estabilizada, aí sim eu penso em uma relação. - Alexia se mostra realista, encolhendo os ombros.
— Você sempre tão madura - Jake, esperançoso, tenta entender sua decisão, com um olhar confiante.
Alexia sorri, encolhendo os ombros e explica, com um olhar sincero:
— Não é que eu não gosto de você, Jake; eu já deixei claro que gosto, mas não posso te priorizar.
Com um suspiro, Jake acena com a cabeça, resignado e compreendendo sua decisão.
Alicia observou de longe a cena que se desenrolava entre Jake e Alexia, e não conseguiu evitar a sensação de ciúmes que tomou conta dela.
Ela notou a expressão do rosto dele quando ele apresentou o colar e o par de brincos dourados. Era um sorriso que nunca havia visto antes, e sabia que era impossível que ele a olhasse da mesma maneira.
Quando eles retornaram, os amigos começaram a zombar da conexão de Alexia e Jake, Alícia sentiu-se ainda pior. Ela notou como Alexia e Jake pareciam se encaixar perfeitamente, enquanto ela era tratada como se não existisse.
Ela perguntou se algum dia alguém a olharia daquela maneira, e a tristeza tomou conta de seu coração.
Ela franziu a testa enquanto seus olhos se entristeceram, desejando secretamente ser a garota de quem Jake estava interessado. Alícia apertou os lábios, sentindo um aperto no coração, e olhou para o chão.
— Vocês demoraram em, estão de rolo? Hahahha. - Disse Daniel sarcasticamente.
— Claro que não, Daniel! Somos amigos. - Disse Alexia com um sorriso que a entregava.
— Claro, amigos que se beijam hahaha. - Ironizou Daniel.
— Dan, pelo amor de Deus. - Disse Philip.
— Ele não consegue segurar essa língua. - Disse Danna sorrindo.
— A para! Todo mundo aqui sabe que eles dois se gostam, mas ficam se fazendo de difícil. - Gritou Dan zombando.
— Sim, mas tem um tempo certo pra tudo. - Explicou Danna.
— Que mané tempo certo! Se eles se gostam, tem que ficar juntos. - Ele continuou provocando.
— Mano, não é assim não. Ainda somos bem jovens. Claro que gosto da Alexia, mas temos prioridades que estão acima de qualquer relação. A gente vai priorizar nossa carreira pra depois talvez pensar em alguma coisa. - Jake argumentou.
— Uau, isso é incrível! - Disse Liliana vibrando pelos amigos.
— Tá tá! Mas vocês vão se arrepender melhor se beijarem logo. - Ele então se vira para Alícia e conclui: — Não é Alícia?
— Sei lá. - Ela responde cabisbaixa.
— Sempre sem graça. Por isso nenhum garoto prefere você, eles optam pela melhor. - Ele zomba apontando para Alexia que sorrir.
— Dan, chega de falar da minha vida. - Ela briga de uma forma fofa.
— Não mesmo, sou seu melhor amigo, então vou te perturbar Hahhahahahaha. - Ele diz.
— Eu mereço. - Alexia diz revirando os olhos.
Quando os amigos zombaram sobre a conexão entre Alexia e Jake, Alícia cruzou os braços e encolheu os ombros, tentando esconder sua mágoa.
Ela sabia que era inútil tentar expressar seus sentimentos em meio àquele grupo, já que ninguém a levava a sério.
Enquanto Dan continuava falando, Alícia rolou os olhos, mascarando sua irritação com uma frase sarcástica.
No entanto, sua voz traiu a fraqueza que seu coração estava tentando esconder. Ela desejou ser mais como Alexia, com quem todos pareciam se conectar facilmente, ao contrário dela, que sempre foi rejeitada pelos outros.
Ao escutar as palavras de Jake, dizendo que seu relacionamento era uma prioridade secundária, Alícia sentiu uma dor que a abalou por dentro. Ela concordou com os amigos ao afirmar que não havia tempo certo para o amor, mas a expressão de tristeza em seu rosto mostrou que talvez ela estivesse errada.
Quando Alícia percebeu que estava sendo ignorada pelos amigos, ela sentiu um nó na garganta.
Ela piscou para conter as lágrimas que ameaçavam escapar, mas sem sucesso. Com os olhos marejados, ela recuou para o banheiro, encontrando refúgio em uma cabine e soluçando em lágrimas de frustração e sofrimento.
Alícia chorava abraçando suas pernas contra o peito. Ela se sentia completamente só, sem ninguém que pudesse confortá-la.
A tristeza que ela sentia era muito forte, pois já havia experimentado a rejeição antes.
Mesmo seus próprios pais a tratavam como se ela não fosse o suficiente.
Ela se lembrou de uma noite em que acordou com a voz de seu pai dizendo para sua mãe que desejava ter duas filhas iguais a Alexia.
Ouvir isso a fez sentir-se inútil e sem valor. Aquele episódio a marcou profundamente e ela nunca esqueceu. Seus pais nunca souberam que ela havia ouvido aquilo.
Horas depois, o sinal tocou para irem embora.
Enquanto caminhava para casa, Alícia permaneceu em silêncio, observando de longe a alegria de seus amigos e sua irmã que pareciam não notar sua existência. Seus ombros caíram enquanto ela se sentia cada vez mais solitária e isolada.
Quando Dan e Phil finalmente se afastaram, Alexia e Jake ficaram sozinhos no portão. Alícia entrou sem dizer nada.
A atmosfera se tornou mais íntima entre eles.
— Você não precisa me trazer até em casa. - Disse Alexia.
— Eu gosto de saber que você vai chegar em casa em segurança. - Jake segurou sua mão delicadamente, aproximando-se ainda mais.
Os dois compartilharam um tênue beijo no rosto, um gesto que falava mais do que palavras.
Após Jake se despedir e ir embora, Alexia dirigiu-se para dentro de sua casa.
Dentro da casa, Alexia se dirigiu ao seu quarto e fechou a porta, precisando de um momento para processar os acontecimentos do dia.
Pouco depois, batidas na porta anunciaram a chegada de Alícia.
— Mana, por que você e o Jake não estão juntos? Vocês se gostam. Deveriam estarem juntos. - Disse Alícia, evitando olhar diretamente para a irmã.
— Estamos priorizando nosso futuro. Talvez possamos pensar em namorar depois, mas não sei afirmar. Os sentimentos podem mudar com o tempo. - Alexia, focada em seu celular, respondeu a irmã com desinteresse.
Alícia tamborila seus dedos na mesa do quarto e diz tentando ignorar seus sentimentos por Jake: — Entendi. Uma pena.
— Não acho, apesar de nossas idades, tivemos pensamentos maduros. Jake tem 18 anos, e já é um adulto. Então ele sempre pensa a frente. - Alexi conta.
— Se você diz. - Alícia diz e abre a porta.
Ela deixou o quarto e retornou ao seu próprio espaço.
O quarto de Alícia era um reflexo da jovem que ela era: sonhadora e inteligente. As paredes estavam cobertas com posters de grandes personalidades, como Marie Curie, Frida Kahlo e Amelia Earhart, que mostravam sua admiração por mulheres fortes e influentes.
Ela possuía uma enorme estante com livros que variavam de literatura clássica à filosofia e ciência, revelando seu amor pela leitura e por desenvolver o conhecimento.
Além disso, sua mesa de estudo era bem organizada, com cadernos e materiais de estudo alinhados perfeitamente. Alguns projetos incompletos estavam empilhados em uma das pontas, evidenciando sua dedicação à escola e sua busca contínua por desafios intelectuais.
Na decoração, havia uma série de itens delicados e bem cuidados, como um violino pendurado na parede e um conjunto de pincéis e lápis de cor bem dispostos. Isso revelava o lado artístico de Alícia, demonstrando seu desejo de expressar sua criatividade.
A combinação de elementos acadêmicos e artísticos em seu quarto mostrava que Alícia era uma jovem multifacetada e determinada a seguir seus sonhos.
Algum tempo depois, seu pai, William, chegou em casa.
— Meninas, cheguei! - Ele disse guardando as chaves do carro.
Alexia desceu correndo as escadas e abraçou seu pai que disse:
— Você está forte, hein?
— Haha que nada, pai! - Ela rir.
— O que você anda comendo na escola? - Ele pergunta bagunçado o cabelo dela.
— Pai, onde está a mamãe? - Perguntou Alexia.
— Ela passou no mercado. - Respondeu ele. — E olha o que eu trouxe pra você! Seu doce preferido.
William deu a Alexia uma caixa de chocolates, e os dois conversaram animadamente sobre as novidades do dia.
Alícia, na escada, observava a interação entre pai e irmã e se sentia ainda mais distante.
Alguns dias se passaram, e o grande dia chegou – a festa das gêmeas Alexia e Alícia para comemorar seus 15 anos.
A casa estava decorada com lindas fitas, balões e flores, criando um ambiente mágico. Luzes piscavam ao som das músicas animadas, enquanto esperavam os convidados chegar.
No salão, um enorme bolo de aniversário com duas figuras representando as gêmeas chamava a atenção. A mesa de doces, repleta de guloseimas e salgadinhos era chamativa.
Na área externa, uma pista de dança fora instalada, onde os adolescentes poderiam se divertir a noite toda.
Enquanto isso, Alexia estava em seu quarto, decidindo quais acessórios combinariam com seu vestido. Seu vestido era lindo e romântico, com uma saia longa e volumosa, e um corpete ajustado adornado com delicados brilhos. As mangas caíam elegantemente sobre seus ombros, e uma fita de seda enrolada em torno de sua cintura completava o charme do vestido, indicando sua aura confiante e vaidosa.
Já Alícia estava na cozinha, pensativa.
Ela pegou uma banana, a descascou e deixou a casca no degrau da escada, gritando:
— Alexia, corre aqui!
Alexia saiu correndo do seu quarto e, descuidada, não viu a casca de banana. Ela escorregou e rolou alguns degraus, sentindo uma dor intensa.
Alícia ficou parada, sem reagir. Os pais das meninas chegaram rapidamente, encontrando Alexia no chão, contorcendo-se de dor. Sem hesitar, eles a levaram imediatamente para o hospital.
William chegou às pressas ao hospital, carregando Alexia em seus braços. Assim que cruzaram as portas do pronto-socorro, as enfermeiras se apressaram para socorrê-la. Uma equipe de médicos a examinou rapidamente, fazendo uma série de perguntas sobre o acidente, enquanto outros a colocavam em uma maca, levando-a para a sala de exames.
Enquanto isso, Emma, Alícia e William aguardavam na recepção, todos preocupados com o bem-estar de Alexia.
— Filha, como sua irmã caiu da escada? - William, com um tom de desconfiança em sua voz, perguntou a Alícia sobre como o acidente havia acontecido.
— Eu estava comendo uma banana, mas não vi quando a casca caiu na escada. Chamei por Alexia, ela veio bem rápido e quando desceu a escada ela pisou na casca e desceu rolando alguns degraus. - Ela explicou enfaticamente.
— Foi um acidente, amor, acontece. - A mãe tentou acalmá-los, dizendo que tudo não passou de um acidente.
— Precisa ter mais cuidado, se sua irmã bate a cabeça? - William, furioso, criticou Alícia, ordenando que sua voz gelada.
— Vocês só se importam com a ela, mas esquecem que tem mais uma filha! Sempre foi assim, desde pequena. Acham que eu não percebia a preferência? - Alícia, visivelmente abalada pelo incidente e com raiva, gritou.
Ela saiu do hospital, deixando a raiva consumir seu coração.
— Amor, já não é de hoje que percebo esse tipo de atitude dela. Não sei, mas Alícia parece ter ciúmes da irmã, e isso não é bom. Algo pode acontecer. - William discutiu com Emma sobre o comportamento de Alícia, expressando suas preocupações.
— Não, amor, as meninas se amam. Fica tranquilo. Alexia sempre foi a mais forte. - Emma tentou convencê-lo do contrário.
— Meu bem, acredite em mim, por mais que ela seja nossa filha, não devemos passar a mão na cabeça dela quando claramente ela fez tudo isso de propósito. Desde pequena, ela parece ter inveja da irmã. - William persistiu em seu argumento, afirmando que não deveriam ignorar o comportamento de Alícia quando tudo parecia ter sido feito intencionalmente.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Helena Ribeiro
Nossa ele trás doces preferido da outra e pra Alícia nada
2025-01-04
1
Marcilia Sidney
Alicia por favor não se transforma numa pessoa ruim vingativo sai fora vai estuda fora e da a volta por cima vingança odeio não te leva a nada
2025-01-10
1
Dagmar Oliveira
Pois é , que pai é esse????
2024-11-04
1