Kate até esperou que James desistisse do encontro e fosse visitar sua mãe, até porque, era um pedido da mãe dele, mas quando ela percebeu que ele não voltaria, Kate foi sozinha ao hospital.
Chegando ao quarto de Sara, percebeu que ela conversava baixo, com um senhor, calvo e alto. Ele usava um óculos apoiado na ponta do nariz e lia alguma coisa para Sara, algo que parou de ler assim que Kate chegou.
— Oi querida, você chegou! E James? Onde está?
Kate foi até Sara e pegou em suas mãos, sentindo que estavam muito frias. Ela sentiu algo ruim em seu peito, percebendo que Sara parecia muito mais abatida do que a Sara que ela viu cedo naquele dia.
— James, ele… ele tinha um compromisso essa noite, não sei se virá.
— Ele não virá? — Kate viu que Sara ficou um pouco triste, naquele momento, o que fez seu coração apertar. Ela parecia menor do que antes, sua voz estava baixa e arrastada.
— Sara, ele… talvez ele ainda venha, tudo bem? E você… você está sentindo alguma coisa? Se sente bem?
— Me sinto sim, minha querida.
Sara apresentou seu advogado para Kate e eles conversaram um pouco, aguardando James até perceberem que ele não viria.
— Bem, acho que James não virá e sinto que não posso mais esperar por ele. Roger, meu advogado tem alguns papéis para você assinar.
— Papéis, mas? Quais papéis?
— Eu estou doando algumas coisas que me pertencem a você. A casa e metade das minhas ações da empresa.
— Não, senhora Sara! Eu não preciso disso, por favor, não faça isso!
— Não querida, você não entende. Se eu não fizer isso agora, podem te tomar isso depois que eu morrer. Eu só tenho James de filho, mas tenho parentes. Eles são uns abutres, não me visitaram nem um dia no hospital, mas com certeza depois que eu morrer vão querer parte de tudo que deixei.
— Mas a senhora pode deixar tudo para James, Sara.
— Ele já vai receber metade de tudo por direito e Roger me aconselhou a deixar a outra metade para você já em vida, porque existem muitas brechas na lei, eles podem entrar na justiça e contestar meu testamento, principalmente porque eu o corrigi no leito de morte. Isso pode trazer muitos problemas para você, minha querida, por favor, aceite, eu sei que não tem a intenção de ficar com meu dinheiro, mas isto é um presente para o meu neto.
Kate não conseguiu mais negar, era um presente de Sara para o neto que ela sempre quis. Seria algo que Kate nunca mexeria, até seu filho crescer e poder tomar posse de tudo.
Kate assina e após, Sara lhe dá uma caixinha, onde continha uma pulseirinha.
— Essa aqui, é uma pulseirinha que dei para James quando ele era criança. Quero que faça o mesmo para o meu neto. Não é alergênico, é de prata, tem o símbolo da nossa família, quero que ele sempre tenha orgulho de ser um Weyland, assim que nascer.
Kate olha a pulseirinha, que tinha um “W” ligado a duas correntinhas muito delicadas. Ela chegou a imaginar a mãozinha do bebê, com a pulseira no pulso, algo que aqueceu seu coração.
— Eu vou guardar com cuidado e ele vai usar sempre, com certeza. — Kate diz e acaricia os cabelos de Sara, ela não queria admitir, mas aquela reunião estava muito estranha, parecia uma… despedida.
— Ótimo, minha doce Kate. Eu queria… posso fazer um último pedido?
Kate acena em positivo e seus olhos ficam avermelhados, a emoção estava aflorando sem que ela conseguisse controlar.
— Pode colocar o nome do menino de Johnny? Era o nome do meu pai, um homem admirável, alguém que eu vou gostar muito de encontrar quando partir. Iria ser o nome de James, mas o pai dele não deixou de forma nenhuma, então faça essa homenagem por mim.
— Claro, senhora Sara! Claro que farei. — era cedo para saber o sexo do bebê ainda, mas Sara cismou que era um menino e Kate não iria negar aquele pedido naquele momento.
Kate envolveu as mãos frias de Saraz e as lágrimas rolavam, ela pedia internamente que Sara aguentasse mais, que não a deixasse sozinha naquele momento.
Ela fez carinho em Sara e disse-lhe que a amava. Sara retribuiu, dizendo a Kate que também a amava, que ela era a filha que ela sempre quis ter.
Entardeceu e Sara pediu a Kate que lhe desse seus analgésicos e seu calmante para ela dormir.
Kate se recusou, mas foi vencida pela insistência de Sara, Kate sabia que ela precisava dos analgésicos, pois sentia dores que ela não podia imaginar.
Sara dormiu e aos poucos, seus sinais vitais foram abaixando. Desesperada Kate tentou manobras de reanimação, chamou o médico responsável pelo plantão para ajudá-la, mas não teve volta, Sara se foi naquela noite.
Kate se sentiu arrasada e sem chão, nunca teve na vida o que Sara lhe dava, carinho, atenção de mãe.
Depois que seus pais morreram ela foi morar com seu tutor legal, alguém que lhe deu suporte sim, lhe levou em terapias, lhe deu estudos, sempre lhe lembrava do legado de seus pais, mas carinho como Sara lhe dava, ela nunca teve.
Sentindo uma dor profunda, se sentindo sozinha novamente, Kate não aguentou as emoções. Ela começou a sentir uma dor cortante embaixo de seu abdômen, seu desespero aumentou, quando ela começou a temer pelo bebê.
Imediatamente conseguiu socorro e foi para a internação para ficar em observação.
Lhe foi administrado um calmante seguro, para acalmar suas emoções e ela dormiu um pouco, só acordando algumas horas depois. Quando abriu os olhos ele estava lá, James, de pé, ao lado de sua cama. Seus olhos estavam avermelhados e dava para ver o luto em seu rosto, mas ele não parecia olhar para Kate com pena, parecia mais raiva.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Rafaela Azevedo
coitada da Kate agora mais um ataque de fúria dele pelo visto sabe da gravidez sendo que ele se considera estéril eita aja coração pra aguentar força Kate de a volta por cima e faça ele sofre bastante melhor ainda autora que ela encontre um HOMEM que ame ela muito e seja feliz ele merece ver ela sendo feliz e realizada com outro cuidando do filho deles /CoolGuy/o marido burro SP da conta quando perde e esfregam a verdade na cara dele
2024-08-13
121
marciamattos mattos
nossa coitada da Kate al de perder a Sara vai sofrer com o James
2025-01-06
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Elza Teodoro
ele vai ter mais raiva porque a mãe fez dela sua herdeira
2024-12-03
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