Enquanto Aric e Eira deixavam a Câmara das Eras, uma sensação de tranquilidade envolvia o ambiente ao redor. As paredes de pedra da caverna, agora impregnadas com a magia restaurada, emitiram um brilho suave que parecia acompanhar seus passos. A jornada estava longe de ser fácil, mas a conclusão do ritual trouxe uma sensação de realização.
“Não podemos nos esquecer de que ainda há mais por fazer,” Eira comentou, observando as mudanças sutis no ambiente. “O equilíbrio foi restaurado aqui, mas a tempestade iminente ainda pode se manifestar em outras formas.”
Aric concordou com um aceno de cabeça, seus pensamentos já voltados para o que viria a seguir. “O Livro dos Ecos falou de um ciclo maior, uma série de eventos que precisam ser alinhados para garantir a estabilidade completa. Precisamos entender o que significa o próximo passo.”
Enquanto caminhavam para fora da câmara, o caminho se tornava cada vez mais claro e a atmosfera parecia mudar. O ar estava mais fresco e limpo, como se a própria caverna estivesse respirando aliviada pela conclusão do ritual.
A saída da caverna conduziu Aric e Eira de volta ao mundo exterior, onde a luz do sol estava começando a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. A beleza do entardecer contrastava com a intensidade da magia que haviam experimentado momentos antes.
“Acho que precisamos retornar ao nosso refúgio e revisar o Livro dos Ecos,” Eira sugeriu. “Há detalhes que podem nos fornecer pistas sobre os próximos passos. Não podemos deixar nada ao acaso.”
Aric concordou, e os dois partiram em direção ao acampamento que haviam estabelecido nas proximidades. O caminho era tranquilo, e o ambiente ao redor parecia refletir a calma que tinham conseguido restaurar. Contudo, um sentimento de inquietação persistia, como se algo estivesse prestes a acontecer.
Quando chegaram ao acampamento, Eira se apressou para abrir o Livro dos Ecos, espalhando as páginas em uma mesa improvisada. Aric se sentou ao seu lado, observando enquanto ela examinava as notas e anotações com atenção.
“Há algo aqui sobre uma nova ameaça que pode surgir se o equilíbrio não for completamente restaurado,” Eira disse, com a expressão séria. “O livro menciona uma entidade que pode emergir em resposta a qualquer desequilíbrio residual.”
Aric franziu a testa. “Uma entidade? Do que estamos falando exatamente?”
Eira passou uma página e encontrou uma ilustração antiga de uma figura sombria, envolta em sombras e emanando uma aura de desolação. “Esta é a Ilumina das Tempestades. De acordo com o livro, ela é uma entidade primordial que pode se manifestar quando o equilíbrio do mundo está comprometido. Sua presença é uma força devastadora.”
A gravidade das palavras de Eira não escapou a Aric. “Então a tempestade que tememos pode não ser apenas uma mudança climática ou uma série de desastres naturais. Pode ser uma força maligna real que precisa ser enfrentada.”
Eira assentiu. “Precisamos localizar e neutralizar essa entidade antes que seja tarde demais. O livro fornece algumas pistas sobre como ela pode ser detida, mas os detalhes são vagos.”
A noite caiu rapidamente, e o acampamento se tornou um refúgio acolhedor em meio à crescente sensação de urgência. Aric e Eira estudaram o Livro dos Ecos até tarde, revisando cada detalhe e tentando decifrar os enigmas deixados pelos antigos magos.
“Há uma menção a um local chamado o Refúgio dos Ventos,” Eira disse, apontando para uma passagem do livro. “Parece ser um lugar sagrado onde a Ilumina das Tempestades pode ser confrontada. A descrição indica que é um local de grande poder e também de grande perigo.”
Aric olhou para o mapa esboçado no livro. “Devemos encontrar esse Refúgio dos Ventos e nos preparar para o que pode vir. Parece que nossa próxima etapa é uma jornada em direção ao desconhecido.”
Na manhã seguinte, Aric e Eira partiram em busca do Refúgio dos Ventos. O terreno era acidentado e desafiador, e a viagem os levou por trilhas sinuosas e paisagens deslumbrantes. A cada passo, a sensação de urgência aumentava, como se uma sombra estivesse se aproximando.
Depois de dias de viagem, finalmente chegaram a uma área montanhosa onde o vento uivava com uma intensidade quase sobrenatural. O ar estava carregado de energia mágica, e as paisagens ao redor pareciam se transformar em um cenário surreal.
“Estamos próximos,” Eira disse, apontando para uma abertura entre as rochas. “Deve ser aqui.”
Aric e Eira se aproximaram da entrada, que parecia ser um portal natural formado por rochas esculpidas pelo vento e pelo tempo. O ambiente estava envolto em uma aura mágica, e uma sensação de expectativa permeava o ar.
Quando atravessaram a abertura, entraram em um vasto salão natural com paredes de cristal que refletiam a luz de maneira hipnotizante. No centro do salão, uma plataforma de pedra estava envolvida por um campo de força mágica, pulsando com uma energia que parecia quase viva.
“Parece que estamos no coração do Refúgio dos Ventos,” Aric disse, admirando a majestade do local. “Mas onde está a Ilumina das Tempestades?”
Antes que pudessem responder, uma presença sombria surgiu, envolvendo o salão com uma escuridão opressiva. A Ilumina das Tempestades estava ali, manifestando-se em sua forma completa e ameaçadora.
Aric e Eira estavam diante do maior desafio de suas vidas, e a batalha pela restauração completa do equilíbrio estava prestes a começar. Eles trocaram um olhar determinado, sabendo que o destino do mundo poderia depender do resultado dessa confrontação.
A tempestade estava prestes a se intensificar, e o desfecho dessa batalha moldaria o futuro de todos.
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Atualizado até capítulo 26
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