O céu estava tingido com as cores da manhã quando Aric e Eira partiram em direção à antiga biblioteca. A jornada os levaria através de florestas densas e terrenos traiçoeiros, e ambos estavam preparados para enfrentar os desafios que surgiriam. Com suas mochilas carregadas com suprimentos e ferramentas, seguiram por uma trilha pouco usada que conduzia ao coração da floresta.
Enquanto caminhavam, Aric pensava na mensagem que encontrara. "Quando a luz da verdade se apaga, o coração eterno se revela." O que exatamente a luz da verdade representava? E como poderia estar relacionada à antiga biblioteca? Ele sabia que Eira tinha um profundo conhecimento sobre as lendas e artefatos de Aetheris, então decidiu buscar mais informações com ela.
— Eira, você mencionou que a biblioteca foi um repositório de conhecimentos antigos. Alguma dessas histórias fala sobre algo relacionado à luz e ao coração eterno? — perguntou Aric, tentando entender a conexão.
Eira refletiu por um momento, seus olhos focados no caminho à frente.
— Sim, há uma lenda que fala de uma época em que os antigos buscavam a verdade sobre a origem do tempo e da existência. A biblioteca abrigava manuscritos e documentos que poderiam conter pistas sobre essas buscas. A luz da verdade pode se referir a uma revelação ou descoberta importante — explicou Eira.
Aric assentiu, absorvendo a informação. A caminhada continuava, e a floresta ao redor deles parecia imersiva, com a luz do sol filtrando-se através das copas das árvores. O ambiente era ao mesmo tempo encantador e misterioso, refletindo o clima da missão que estavam prestes a enfrentar.
Depois de várias horas de caminhada, chegaram à borda de um campo aberto, onde se encontrava o que restava da biblioteca. O local era impressionante, apesar de sua aparência decadente. As paredes de pedra, cobertas por musgo e lianas, erguiam-se como gigantes adormecidos. Aric sentiu um frio na espinha ao ver a magnitude do edifício, com suas torres quebradas e portas desmoronadas.
— Este é o lugar — disse Eira, sua voz carregada de reverência. — Vamos entrar com cautela. Há muitas histórias sobre a biblioteca, algumas que falam de armadilhas e defesas mágicas.
Aric concordou, e juntos se aproximaram da entrada principal. As portas de madeira, desgastadas pelo tempo, estavam parcialmente abertas, revelando um interior escuro e empoeirado. Com uma lanterna acesa, Aric entrou primeiro, seguido por Eira.
Dentro da biblioteca, o ar era pesado com o cheiro de papel envelhecido e umidade. Pilhas de livros e pergaminhos estavam espalhadas pelo chão, e prateleiras caídas revelavam um cenário de devastação e abandono. A luz da lanterna dançava sobre as paredes, revelando imagens e inscrições antigas esculpidas nas pedras.
— Precisamos encontrar qualquer coisa que possa nos dar uma pista sobre a mensagem — disse Aric, começando a explorar as mesas e prateleiras.
Enquanto vasculhavam, Eira encontrou uma sala menor nos fundos da biblioteca. As paredes dessa sala estavam cobertas com símbolos e diagramas complexos. No centro, havia uma mesa circular com um livro aberto e coberto de poeira.
— Este livro... — começou Eira, passando a mão sobre a capa — parece ser um dos manuscritos mais antigos. Pode conter informações sobre o que estamos procurando.
Aric se aproximou, e ambos começaram a examinar o livro. As páginas estavam repletas de escritos em uma língua antiga e figuras que ilustravam o Relógio do Coração Eterno. Havia diagramas detalhados e anotações que mencionavam algo chamado “O Eterno Refúgio”, uma câmara oculta onde se dizia que o Relógio poderia ser escondido.
— Veja isso — disse Eira, apontando para uma seção específica do livro. — Esta parte fala sobre uma câmara secreta que só pode ser revelada quando a luz da verdade se apaga. Parece que precisamos encontrar essa câmara para descobrir mais sobre o Relógio.
Aric analisou as anotações e começou a procurar na sala por qualquer mecanismo ou sinal que pudesse acionar a revelação da câmara secreta. A busca foi meticulosa e demorada. Finalmente, Aric encontrou um mecanismo escondido na parede. Era uma engrenagem antiga que, quando girada, fez um som de encaixe.
— Eu acho que isso pode estar ativando algo — disse Aric, com esperança crescente.
A parede ao lado deles começou a se mover, revelando uma entrada oculta. Aric e Eira trocaram olhares de determinação e entraram na nova passagem. A câmara secreta era muito diferente do resto da biblioteca. Era um espaço pequeno, iluminado por uma luz mágica suave que emanava de um pedestal no centro da sala.
No pedestal, repousava um objeto coberto por um pano. Eira cuidadosamente retirou o pano, revelando um artefato antigo e ornamentado — uma caixa com inscrições e símbolos que brilhavam levemente.
— Isso deve ser importante — disse Eira, examinando a caixa com cuidado.
Aric sentiu uma mistura de excitação e apreensão. Eles estavam mais perto de entender o enigma da mensagem e o destino do Relógio. Com cuidado, Eira abriu a caixa, e dentro havia um antigo mapa e uma chave de metal intricada.
— O mapa pode nos levar aonde o Relógio está escondido — disse Eira. — E a chave pode ser a peça final para desbloquear o local.
Aric olhou para o mapa, que mostrava uma localização próxima, uma antiga fortaleza nas montanhas. O coração de Aric acelerou com a antecipação de uma nova jornada. A biblioteca havia revelado uma nova pista crucial para encontrar o Relógio do Coração Eterno.
— Precisamos seguir esse mapa e encontrar a fortaleza — disse Aric, determinado. — A jornada continua, e a verdade sobre o Relógio está cada vez mais próxima.
Eira concordou, e juntos, eles saíram da biblioteca com uma nova missão em mente. A próxima etapa de sua busca estava prestes a começar, e o mistério do Relógio do Coração Eterno estava se desenrolando de maneiras inesperadas.
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Atualizado até capítulo 26
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