Aric e Eira deixaram a biblioteca ao amanhecer, com o mapa e a chave em mãos. A trilha para a fortaleza nas montanhas parecia promissora, mas também era repleta de perigos. Decidiram fazer uma pausa para reabastecer suas forças e planejar a próxima etapa da jornada. Encontraram um lugar seguro nas proximidades da floresta para montar um acampamento provisório.
Enquanto Eira preparava uma refeição simples com as provisões que haviam levado, Aric estudava o mapa com atenção. A fortaleza estava marcada em uma área montanhosa, e o mapa parecia indicar um caminho sinuoso e repleto de desafios naturais. A chave de metal, com seus intrincados detalhes, era um mistério por si só, mas Aric esperava que se revelasse útil quando chegassem ao destino.
— Este mapa é bastante detalhado — disse Aric, gesticulando para os vários pontos e linhas. — Parece que teremos que passar por um desfiladeiro perigoso e atravessar uma série de cavernas.
Eira assentiu, enquanto mexia no fogo para preparar o jantar.
— Sim, a fortaleza nas montanhas é conhecida por suas defesas naturais. A jornada não será fácil. A chave pode ser usada para desbloquear algo dentro da fortaleza. Deve haver um mecanismo ou uma entrada secreta que só pode ser acessada com ela.
Depois de comerem, Eira e Aric arrumaram suas coisas e se prepararam para a longa caminhada até a fortaleza. A noite estava silenciosa, com a lua iluminando a trilha à frente. Ambos sabiam que precisariam de toda a sua energia e concentração para enfrentar o que viria pela frente.
Na manhã seguinte, partiram cedo. A trilha para as montanhas era íngreme e desafiadora. A cada passo, a vegetação se tornava mais rara, dando lugar a rochas e penhascos. O ar estava mais frio e a altitude começava a fazer sentir seu efeito. Aric e Eira trocavam palavras ocasionais, concentrados em manter o ritmo.
Após horas de caminhada, chegaram ao desfiladeiro indicado no mapa. Era uma fenda estreita nas rochas, com paredes escarpadas que pareciam quase intransponíveis. Aric olhou para o desfiladeiro com um misto de nervosismo e determinação.
— Precisamos encontrar uma maneira de atravessar isso — disse Aric. — O mapa não indica nenhum desvio, então devemos seguir por aqui.
Eira examinou as paredes do desfiladeiro, procurando possíveis pontos de apoio ou trilhas ocultas. Após uma inspeção cuidadosa, encontrou uma série de rochas e raízes que poderiam servir como escalada.
— Parece que essa será a nossa melhor opção — comentou Eira. — Com um pouco de cuidado, podemos escalar essas rochas.
Aric ajudou Eira a montar um sistema improvisado de cordas e ganchos para facilitar a escalada. A operação foi lenta e meticulosa, mas após algum esforço, conseguiram superar o desfiladeiro e chegaram ao outro lado, exaustos, mas aliviados.
A trilha continuava por um terreno montanhoso ainda mais acidentado. Conforme subiam, o vento se tornava mais intenso, e a visibilidade começava a diminuir com a chegada de nuvens pesadas. A fortaleza estava agora claramente visível ao longe, uma estrutura majestosa e imponente erguida nas alturas.
Quando o grupo se aproximou da fortaleza, o ambiente ao redor parecia místico e sombrio. Nuvens de névoa se arrastavam pelas encostas das montanhas, e o som do vento era o único ruído que quebrava o silêncio. As paredes da fortaleza, cobertas de musgo e deterioradas pelo tempo, eram altas e espessas, com torres que se projetavam contra o céu cinzento.
— Vamos encontrar uma entrada — disse Eira, estudando a estrutura da fortaleza. — A chave que encontramos pode ser a chave para abrir algum mecanismo de entrada.
Eles procuraram pela fortaleza, passando por portas desmoronadas e corredores cobertos de teias de aranha. A fortaleza estava em um estado de decadência, mas ainda preservava uma sensação de grandeza e mistério. Após algum tempo de exploração, encontraram uma porta oculta nas profundezas da fortaleza, parcialmente coberta por detritos.
Eira retirou a chave de metal e a inseriu na fechadura ornamentada na porta. Com um giro firme, a chave se encaixou perfeitamente, e a porta se abriu com um rangido baixo. O interior da sala revelava um espaço escuro e vazio, com apenas uma leve luz emanando de uma fonte desconhecida.
Dentro da sala, havia uma mesa antiga coberta de pergaminhos e objetos antigos. Um grande cofre de metal estava no centro, e a chave parecia corresponder ao seu mecanismo de abertura. Aric e Eira se aproximaram do cofre com uma mistura de expectativa e apreensão.
— Este deve ser o local onde o Relógio está escondido — disse Eira, enquanto Aric tentava abrir o cofre.
Com um esforço conjunto, eles giraram a chave na fechadura do cofre, e a tampa se abriu lentamente, revelando um interior forrado de veludo. Dentro, repousava um objeto coberto por um pano branco. Eira retirou o pano, revelando uma caixa de metal intricadamente decorada.
— Isso é o que estávamos procurando — disse Aric, com um sorriso de satisfação.
A caixa tinha símbolos e inscrições semelhantes aos encontrados no livro da biblioteca. Aric e Eira examinaram a caixa com cuidado, percebendo que ela estava fechada com um mecanismo que provavelmente exigia um código ou um padrão específico para ser aberto.
Eira começou a decifrar os símbolos e os padrões na caixa, enquanto Aric observava atentamente. O processo foi meticuloso, mas finalmente Eira conseguiu desbloquear o mecanismo.
Quando a caixa foi aberta, revelou um conjunto de peças de relojoaria e um mapa adicional com instruções sobre como montar o Relógio do Coração Eterno. Aric e Eira estavam agora mais próximos do que nunca de encontrar o Relógio e entender seu verdadeiro propósito.
— Estamos no caminho certo — disse Aric, com confiança. — Mas ainda temos muito a fazer. Vamos seguir as instruções e montar o Relógio. A próxima fase da nossa jornada está apenas começando.
Com o mapa e as peças em mãos, Aric e Eira se prepararam para continuar sua busca, sabendo que o verdadeiro desafio estava apenas começando.
Se precisar de mais detalhes ou ajustes, é só me avisar!
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Atualizado até capítulo 26
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